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Furacão é uma tempestade tropical (ou ciclone) que corresponde a um sistema de baixa pressão, ou seja, a pressão dessa região é menor do que a das áreas ao seu redor. Essas áreas são instáveis e associadas à formação de nuvens, à umidade e a ventos fortes. Normalmente os furacões formam-se sobre os oceanos, em áreas tropicais, com temperatura superior a 26°C.
Os furacões são fenômenos meteorológicos que podem causar enorme destruição por onde passam. Os meteorologistas classificam-nos segundo a velocidade dos ventos e os danos provocados nas áreas atingidas.
Leia também: Como são escolhidos os nomes dos furacões?
Tópicos deste artigo
- 1 - Como se formam os furacões?
- 2 - Características dos furacões
- 3 - Furacão e tornado
- 4 - Furacão e tufão
- 5 - Maiores furacões do mundo
- 6 - Furacões no Brasil
Como se formam os furacões?
Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), um furacão forma-se quando há o encontro entre um centro de baixa pressão e águas que apresentam temperatura acima de 26°C, sobre os oceanos tropicais.
Esse encontro possibilita o aumento da evaporação das águas oceânicas. O ar úmido, mais leve, eleva-se próximo ao centro e sofre resfriamento, formando então grandes nuvens, repletas de umidade. O vapor d'água, ao sofrer condensação, libera calor graças à mudança do estado físico da água.
O calor, então, aquece o ar, que torna a elevar-se, provocando a redução da pressão no centro do sistema. A redução da pressão faz com que o ar desloque-se para o centro do sistema, alimentando-o. Segundo o CPTEC, quanto menor a pressão no centro do sistema, mais fortes serão os ventos que giram ao seu redor.
Assim, de acordo com a pesquisadora da Universidade de Campinas, a professora doutora Ana Maria de Avila, o calor e a umidade cedidos pelas águas tropicais são os ingredientes para a formação do furacão, visto que provocam a movimentação do ar, formando então a tempestade tropical. Caso tenha curiosidade sobre o tema, leia nosso texto: Como se formam os furacões.
Leia também: Diferença entre tempo e clima
Características dos furacões
Os furacões possuem um centro de circulação fechada, no qual os ventos sopram para dentro, em torno dele. Essa circulação é diferente nos dois hemisférios. No Hemisfério Norte, os ventos giram no sentido anti-horário, e no Hemisfério Sul, no sentido horário. Para serem classificados como um furacão, os ventos precisam estar acima de 119 km/h.
A formação dos furacões, além de estar associada com a temperatura das águas tropicais, também tem especificidades em relação a sua área de formação. Geralmente esses fenômenos meteorológicos não se formam próximos à Linha do Equador, pois precisam estar um pouco mais distantes, a fim de sentirem os efeitos da rotação da Terra, que colaboram para que os ventos movimentem-se em torno do centro de baixa pressão.
A intensidade dos furacões é medida segundo a escala Saffir-Simpson, criada em 1970 pelo engenheiro Hebert Saffir e o diretor do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos, naquele período. A escala descreve a categoria, os danos e a velocidade dos ventos. As categorias vão de 1 a 5, e os danos, de mínimos a catastróficos.
Veja mais: Por que os Estados Unidos são tão atingidos por furacões?
Furacão e tornado
Furacões e tornados não são sinônimos. Como já observado, furacão é um sistema de baixa pressão com circulação fechada de ventos. Já o tornado é um redemoinho de ventos fortes formado, em meio a uma tempestade, em como um funil. Esse último, ao atingir a superfície, é capaz de provocar bastante destruição, seus ventos podem atingir mais de 400 km/h.
As principais diferenças entre furacão e tornado são o seu local de formação, visto que os furacões formam-se sobre águas tropicais e os tornados formam-se no continente, e também o seu tempo de duração, já que os tornados duram bem menos que um furacão. Os últimos duram cerca de minutos, têm em torno de 100 m a 600 m de diâmetro e percorrem, aproximadamente, 500 a 1500 metros, segundo o CPTEC.
Furacão e tufão
Furacão e tufão são exemplos de tempestades tropicais, portanto são o mesmo fenômeno. O que os difere são o seu local de origem e a sua intensidade. Quando essas tempestades formam-se na porção leste do Oceano Pacífico ou no Oceano Atlântico, são chamadas de furacão. Já quando se formam na porção oeste do Pacífico, especificamente na região do continente asiático, são chamadas de tufão. Tem maior interesse nesse assunto? Leia nosso texto: Furacão e tufão.
Veja também: Os efeitos do tufão Haiyan
Maiores furacões do mundo
→ Katrina
O furacão Katrina atingiu a costa leste dos Estados Unidos, destruindo especialmente a região de Nova Orleans, em 2005. O furacão atingiu categoria 3, com ventos de aproximadamente 280 km/h. Além de provocar a destruição de diversas áreas, o Katrina causou também a morte de cerca de 1800 pessoas, sendo, portanto, considerado um dos piores furacões dos últimos tempos.
→ Irma
O furacão Irma atingiu o estado da Flórida, nos Estados Unidos, em 2017, e foi considerado o maior já registrado no Oceano Atlântico. O furacão atingiu a categoria 5, portanto, foi capaz de provocar danos catastróficos. Os ventos chegaram a 297 km/h na região do Caribe.
Esse furacão formou-se dia 30 de agosto de 2017 e inicialmente foi classificado na categoria 2. Cerca de 24 horas depois, passou para a categoria 3, até atingir a categoria 5, em 5 de setembro. O furacão atingiu diversas regiões do Caribe e dos Estados Unidos, provocando cerca de 90 mortes.
→ Michael
O furacão Michael formou-se em outubro de 2018 sobre o mar do Caribe e dirigiu-se para a costa leste dos Estados Unidos. Classificado na categoria 4, esse fenômeno metereológico apresentou ventos de até 250 km/h, causando bastante destruição nas áreas pelas quais passou. Algumas dezenas de pessoas morreram, e cerca de 370 mil pessoas na Flórida receberam aviso de evacuação.
Furacões no Brasil
Muitas pessoas acreditam que o Brasil não pode ser atingido por um furacão. Um equívoco. Apesar de ser um fenômeno incomum no país, casos já foram registrados. O mais conhecido ocorreu em 2004, na região Sul brasileira, especificamente no estado de Santa Catarina.
Alguns estudiosos discordam que a tempestade tropical seja classificada como furacão, contudo essa foi classificada na categoria 2 e seus ventos atingiram cerca de 180 km/h. O furacão Catarina, como foi chamado, foi o primeiro a ser registrado oficialmente no Atlântico Sul. Cerca de 20 mil pessoas ficaram desabrigadas e houve 11 mortes registradas.
Créditos de imagem
[1] Terry Kelly / Shutterstock
[2] NAntoine / Shutterstock