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Ciclone

Ciclones são tempestades tropicais que se originam em zonas de baixa pressão atmosférica, podendo causar diversos estragos ao atingirem o continente.

Representação de um ciclone
Ciclone são tempestades tropicais que se formam geralmente nos oceanos, em uma zona de baixa pressão atmosférica.
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Ciclones são tempestades tropicais formadas em centros de baixa pressão, áreas associadas à formação de nuvens, à umidade e a tempestades. A instabilidade nessas áreas provoca uma intensa movimentação do ar convergente no seu centro, concentrando umidade e calor.

Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, um ciclone é um fenômeno que representa um sistema rotativo de nuvens e tempestades formado em águas tropicais ou subtropicais.

Tópicos deste artigo

Características do ciclone

Os ciclones, ou sistemas de área de baixa pressão, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, são uma área que apresenta pressão atmosférica inferior à das áreas vizinhas e possuem centro de circulação fechada, cujos ventos sopram para dentro, no entorno desse centro. A circulação dos ciclones difere-se nos dois hemisférios: no Hemisfério Norte, giram no sentido anti-horário, e no Hemisfério Sul, no sentido horário.

De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), os ciclones surgem normalmente nos oceanos, podendo durar vários dias e percorrer um longo caminho, com bastante intensidade.

Saiba também: Por que os Estados Unidos são tão atingidos por furacões?

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Causas do ciclone

Os ciclones são causados pela movimentação do ar em uma zona de baixa pressão atmosférica: o ar quente e úmido eleva-se para as camadas mais altas da atmosfera, enquanto o ar frio, mais seco e mais denso, desce para a superfície, provocando a redução da pressão atmosférica.

Assim, há uma grande liberação de calor provocado pela condensação — quando o ar quente e úmido sobe e condensa —, consequentemente, aquecendo a massa de ar. O que origina o processo de convecção e cria uma área de instabilidade, iniciando, então, o fenômeno ciclone.

Ciclone x furacão

Furacão Michael atingiu a Flórida, nos Estados Unidos, em 2018, causando diversos estragos.*
Furacão Michael atingiu a Flórida, nos Estados Unidos, em 2018, causando diversos estragos. [1]

O termo ciclone é uma definição genérica para os meteorologistas. Assim, tornados, tufões e furacões são exemplos de ciclones, sendo, portanto, todos esses fenômenos tempestades tropicais. As diferentes denominações variam conforme o local de origem e a intensidade.

Os ciclones que apresentam velocidade acima de 119 km/h são considerados furacões, e essa denominação é utilizada para as tempestades que ocorrem na porção leste do Oceano Pacífico ou no Oceano Atlântico.

As tempestades tropicais que ocorrem na porção oeste do Pacífico são chamadas de tufão. Essas ficam conhecidas como tornado quando se formam em terra e apresentam velocidade acima de 400 km/h.

Leia também: A diferença entre tornado, furacão e ciclone

Tipos de ciclone

Representação dos tipos de ciclone.
Os ciclones são classificados segundo sua origem, intensidade e também por suas características, como formato e modo de circulação do ar.

Os ciclones podem ser classificados em:

Tropical

Sistema de baixa pressão que apresenta circulação fechada de ventos, umidade elevada e alta temperatura, associado a intensas tempestades e a ventos em alta velocidade. Não possui frente fria associada e é caracterizado por apresentar-se em forma de uma massa de nuvem arredondada.

Esse tipo de ciclone pode variar o seu tamanho e é medido a partir da distância limite em relação ao centro, conhecida como “raio de vento máximo”. Forma-se geralmente na latitude entre 20º ao sul e 20º ao norte, ou seja, no entorno dos trópicos.

Subtropical

Sistema de baixa pressão, assim como os ciclones tropicais, não possui frente fria associada à sua formação e apresenta-se também como uma massa de nuvem arredondada. O centro desse tipo de ciclone apresenta temperatura mais elevada do que a da atmosfera ao redor. Possui tamanho horizontal menor do que os ciclones extratropicais e provoca grande volume de chuva e ventos de maior intensidade. Forma-se entre os trópicos.

Extratropical

Sistema de baixa pressão caracterizado por ser formado em médias e altas latitudes, ou seja, fora dos trópicos. Difere-se do ciclone tropical e subtropical por estar associado a frentes frias. Seu formato remete a um espiral, e o seu centro apresenta baixa temperatura em relação à atmosfera vizinha. Esse sistema favorece a formação de chuvas moderadas e ventos fortes.

Leia mais: Trópicos da Terra

Ciclone e anticiclone

Enquanto os ciclones representam áreas de baixa pressão atmosférica, ou seja, uma zona de convergência de ventos, os anticiclones representam áreas de alta pressão atmosférica, ou uma zona de dispersão de ventos.

Isso ocorre porque as massas de ar tendem a movimentar-se de uma zona de alta pressão para uma de baixa pressão. Assim, o sistema de baixa pressão, ou ciclones, representa regiões de instabilidade, caracterizadas por chuvas intensas e fortes ventos. Já o sistema de alta pressão, ou anticiclones, representa regiões de tempo estável, normalmente seco e sem a presença de nuvens.

A movimentação dos ventos para os dois sistemas é diferente. Nos ciclones, os ventos circulam em sentido horário no Hemisfério Sul e em sentido anti-horário no Hemisfério Norte. Já nos anticiclones, os ventos movimentam-se em sentido horário no Hemisfério Norte e em sentido anti-horário no Hemisfério Sul.

Saiba também: Movimento das águas dos mares e dos oceanos

Ciclones no Brasil

Uma pesquisa, realizada pela Faculdade de Oceanografia, da Universidade do Rio de Janeiro, aponta que, entre os anos de 2004 e 2016, ocorreram, no Brasil, dois ciclones tropicais e cinco ciclones subtropicais, constatando-se que a maioria dessas tempestades ocorre no litoral sul do país. Apenas uma dessas tempestades tropicais atingiu a costa brasileira. Em 2004, o ciclone extratropical Catarina atingiu o litoral do estado de Santa Catarina, provocando 11 mortes e deixando mais de 27 mil pessoas desabrigadas. Essa tempestade formou-se inicialmente como um ciclone extratropical e mudou de categoria transformando-se em um ciclone tropical, ou furacão.

Dois ciclones subtropicais, Eçaí (2016) e Cari (2015), também causaram danos ao litoral brasileiro. Apesar de não terem chegado ao continente, ambos provocaram fortes ventanias e chuvas, causando estragos em algumas cidades em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul e também em partes do estado do Rio de Janeiro.

Crédito de imagem

[1] Terry Kelly / Shutterstock

Escritor do artigo
Escrito por: Rafaela Sousa Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUSA, Rafaela. "Ciclone"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/ciclone.htm. Acesso em 18 de abril de 2024.

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