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Força e movimento

A relação entre força e movimento já foi objeto de inúmeras discussões ao longo da história. As propostas feitas por Newton puseram fim a esses questionamentos.

A força não está relacionada com a velocidade em si, mas com a sua variação
A força não está relacionada com a velocidade em si, mas com a sua variação
Crédito da Imagem: Shutterstock
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A força é uma das principais grandezas estudadas em Física, e sua definição geralmente está associada a ações como puxar, chutar, empurrar e arrastar, o que transmite a ideia de coexistência entre força e movimento. Por mais que esses verbos realmente expressem a ideia dessa grandeza vetorial, nem sempre isso é feito de forma completa.

Ao associar simplesmente a força a ações, exclui-se sua atuação a distância. A Terra, por exemplo, sofre a ação da força gravitacional do Sol, que está a aproximadamente 150 milhões de quilômetros. Também não é verdadeira a afirmação de que força e movimento sempre vão coexistir.

A atuação de forças na estrutura de uma ponte mostra que nem sempre ela está relacionada a movimento
A atuação de forças na estrutura de uma ponte mostra que nem sempre ela está relacionada a movimento

Em uma ponte ou prédio, por exemplo, existem inúmeras forças que atuam por meio de cabos e estruturas rígidas, e a atuação dessas forças mantém toda esse construção em repouso.

Força e movimento ao longo da história

Ao longo do desenvolvimento da história da ciência, surgiram muitas discussões a respeito da relação entre força e movimento. Para o filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.), só poderia existir velocidade caso houvesse a aplicação de uma força. Segundo essa linha de raciocínio, um objeto só pode atingir o repouso se a força que atua sobre ele deixar de agir.

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Somente no século XVII, a partir das contribuições do italiano Galileu Galilei (1564-1642), foi possível ter clareza a respeito das ideias relacionadas a força e movimento. Para Galileu, a força é responsável pela variação do valor da velocidade, desse modo, um objeto que se movimente com velocidade constante não estaria submetido à ação de força alguma. Segundo a visão do físico italiano, um objeto, após ser impulsionado, só entraria em repouso por causa da ação de forças externas, como as forças de atrito com o solo e o ar. Caso não exista atrito, um objeto, uma vez impulsionado, permaneceria infinitamente em movimento.

Newton explica!

As contribuições trazidas pelo físico inglês Isaac Newton (1643-1727) puseram um fim às discussões relativas a força e movimento. O conceito da inércia, conhecido como Primeira Lei de Newton, expõe a relação existente entre a aplicação de forças e o movimento dos objetos.

De acordo com Newton, “uma força imprimida é uma ação exercida sobre um corpo a fim de modificar o seu estado, seja de repouso ou de movimento uniforme para a frente em linha reta. Essa força consiste somente na ação e não mais permanece no corpo quando a ação termina…”

A ideia da inércia mostra-nos que a força é responsável por alterar a velocidade dos objetos, portanto, caso um objeto movimente-se com velocidade constante, não existirá sobre ele a ação de uma força resultante.


Por Joab Silas
Graduado em Física

Escritor do artigo
Escrito por: Joab Silas da Silva Júnior Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

JúNIOR, Joab Silas da Silva. "Força e movimento"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/forca-movimento.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

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