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Leishmaniose tegumentar

A leishmaniose tegumentar é uma doença provocada por protozoário e não contagiosa. Seus sintomas começam de 10 dias a três meses após contágio.

Mapa mental sobre a leishmaniose tegumentar americana
A leishmaniose tegumentar é endêmica da Amazônia, mas ocorre em vários lugares do mundo.
Crédito da Imagem: Gabriel Fraco | Brasil Escola
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A leishmaniose tegumentar é uma doença provocada por protozoário e não é contagiosa. É transmitida pela fêmea do mosquito do gênero Lutzomyia, por meio de sua picada. Os sintomas da doença são as lesões, que podem ser nas formas cutânea, mucocutânea e cutânea difusa.

Seu diagnóstico pode ser dado por exame de sangue. Seu tratamento pode ser pelo uso de um antimonial pentavalente. E sua prevenção envolve o uso de roupas adequadas e de repelente quando em meio à natureza, bem como o descarte correto de lixo.

A principal diferença entre a leishmaniose tegumentar e a leishmaniose visceral é que esta pode ser mortal.

Leia mais:  Malária — doença causada por protozoário e transmitida pela picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles 

Tópicos deste artigo

Resumo sobre leishmaniose tegumentar

  • Leishmaniose tegumentar é uma doença provocada pelo protozoário do gênero Leishmania.
  • É transmitida pela fêmea do mosquito do gênero Lutzomyia
  • Seus sintomas são as lesões cutâneas e nas mucosas, podem vir nas formas cutânea, mucocutânea e cutânea difusa.
  • Seu diagnóstico pode ser feito por exame de sangue e biópsia.
  • Seu tratamento está disponível pelo SUS e envolve o uso de antimonial pentavalente.
  • Para sua prevenção, sugere-se uso de repelentes e roupas adequadas quando em meio à natureza, evitar tomar banho em rios no final do dia, e o descarte correto do lixo, entre outros.

Videoaula sobre leishmaniose tegumentar

O que é a leishmaniose tegumentar?

A leishmaniose tegumentar americana caracteriza-se como feridas indolores na pele ou mucosas do indivíduo afetado. Conhecida popularmente como úlcera de Bauru, nariz de tapir e ferida-brava, é causada por protozoários do gênero Leishmania, como o L. braziliensis, L. guyanensis e L. amazonensis — parasitas de vertebrados mamíferos.

A doença é endêmica da Amazônia, mas tem ocorrência em várias regiões do mundo. Não se restringe às florestas, constando também em ambientes urbanos, em razão da destruição das coberturas vegetais nativas.

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Agente transmissor da leishmaniose tegumentar

Fêmeas de mosquitos do gênero Lutzomyia são os vetores da leishmaniose tegumentar, transmitindo-a por meio de suas picadas. De tamanho pequeno (menores que pernilongos), eles podem também ser chamados de mosquito-palha, birigui, cangalhinha, bererê, asa-branca ou asa-dura. Vivem em locais úmidos e escuros, preferindo regiões onde há acúmulo de lixo orgânico, e movem-se por meio de voos curtos e saltitantes.

Sintomas da leishmaniose tegumentar

Imagem forte Mão com lesões típicas da leishmaniose tegumentar.
A leishmaniose tegumentar, na sua forma mucocutânea, costuma atingir os membros.[1]

Os sintomas da leishmaniose tegumentar são suas feridas. Quando um indivíduo é picado, ele pode desenvolver a ferida de 10 dias a três meses, caso o vetor esteja sendo hospedeiro do protozoário da doença.

A lesão terá suas características influenciadas pela espécie do gênero Leishmania (L. braziliensis, L. guyanensis e L. amazonensis, entre outras) e pelas condições imunológicas da pessoa, ocorrendo frequentemente nas regiões do corpo descobertas pela roupa.

  • Na forma cutânea (mais comum), a lesão se inicia pequena, arredondada, profunda e com borda avermelhada, crescendo progressivamente. Pode surgir apenas uma ou em maior quantidade. Na maioria dos casos, as lesões não são curadas naturalmente, tampouco com o uso de medicamentos cicatrizantes comuns.
  • Na forma mucocutânea, evolução da primeira, há a presença de feridas no nariz, boca ou garganta cujo aumento pode comprometer essas estruturas.
  • Na forma cutânea difusa, surgem nódulos em várias regiões do corpo, principalmente nos membros.

As cicatrizes dessas ulcerações podem permanecer, e, caso o tratamento não seja feito de forma correta, após meses ou anos a doença pode ressurgir.

Ainda, de acordo com o Ministério da Saúde, as lesões na forma mucocutânea provocam sintomas como:

  • No nariz: entupimentos, sangramentos e coriza.
  • Na garanta: dor ao engolir, rouquidão e tosse.

Diagnóstico da leishmaniose tegumentar

Para diagnóstico pode ser feito exame de sangue a fim de se encontrar anticorpos específicos; biópsia ou raspadura da lesão.

Tratamento da leishmaniose tegumentar

O tratamento, que pode ser feito pelo SUS, visa à cura clínica, ao impedimento de que a doença evolua para as outras formas mais graves, e a evitar recidivas. Como alopático, pode ser receitado um antimonial pentavalente. Quando o tratamento com ele não apresenta resultados satisfatórios, imunoterapia e imunoprofilaxia podem ser requeridos.

Leia mais: Doença de Chagas — doença causada por protozoário e cujo tratamento também pode ser feito pelo SUS

Prevenção da leishmaniose tegumentar

Algumas ações de prevenção da doença são:

  • usar de roupas adequadas e de repelente quando em ambiente de mata;
  • consultar o médico em casos de feridas;
  • destinar adequadamente o lixo;
  • evitar banho de rio ao entardecer;
  • evitar animais domésticos com feridas características;
  • procurar a prefeitura a fim de que o sangue desses animais seja recolhido para análise.

O uso de determinadas telas e mosquiteiros pode não ser eficaz em face do tamanho diminuto do vetor.

Diferença entre leishmaniose tegumentar e leishmaniose visceral

A principal diferença entre a leishmaniose tegumentar e a leishmaniose visceral está na gravidade de manifestação de cada uma.

A leishmaniose tegumentar é mais branda, atingindo comumente nariz, boca e garanta, bem como os membros. Acontece em todo o Brasil, e sua incubação é concentrada num período de 10 dias a três meses.

Já a leishmaniose visceral encontra-se tipicamente no Norte e Nordeste brasileiros e pode ser mortal, com alto índice de mortalidade (até 90% dos casos). Acomete órgãos como o baço e o fígado. E tem período de manifestação mais amplo, de 10 dias a 24 meses. Caso queira saber mais sobre a leishmaniose visceral, leia nosso texto.

Créditos da imagem

[1] Dr. Muzammil Irshad / Shutterstock

Fontes

FIOCRUZ. O que são as leishmanioses? Disponível em: https://portal.fiocruz.br/pergunta/o-que-sao-leishmanioses

MINISTÉRIO da Saúde. Leishmaniose tegumentar. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/lt#:~:text=A%20Leishmaniose%20Tegumentar%20é%20uma,ocorrência%20de%20casos%20de%20LT.

MINISTÉRIO da Saúde. Leishmaniose visceral. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/l/leishmaniose-visceral

ORGANIZAÇÃO Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS). Leishmaniose. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/leishmaniose

VASCONCELOS, M. J. et al. Leishmaniose tegumentar americana: perfil epidemiológico, diagnóstico e tratamento. Revista RBAC. Disponível em: https://www.rbac.org.br/artigos/leishmaniose-tegumentar-americana-perfil-epidemiologico-diagnostico-e-tratamento/

Escritor do artigo
Escrito por: Mariana Araguaia Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

ARAGUAIA, Mariana. "Leishmaniose tegumentar"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/leishmaniose-tegumentar.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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