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A leishmaniose visceral é uma doença causada pelo protozoário tripanossomatídeo Leishmania chagasi. É também chamada de calazar, esplenomegalia tropical e febre dundun. Se não tratada, pode levar a óbito em 90% dos casos.
É transmitida pela picada das fêmeas dos chamados “mosquitos-palha”, que picam animais infectados (como cães) e, depois, picam seres humanos. Entre os sintomas, estão aumento do fígado e baço, febre de longa duração, fraqueza etc. O diagnóstico pode ser feito com exames de sangue, e o tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Leia também: Toxoplasmose — outra doença causada por protozoários
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre a leishmaniose visceral
- 2 - Transmissão da leishmaniose visceral
- 3 - Sintomas da leishmaniose visceral
- 4 - Diagnóstico e tratamento da leishmaniose visceral
- 5 - Prevenção da leishmaniose visceral
Resumo sobre a leishmaniose visceral
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A leishmaniose visceral é uma doença causada por protozoário que pode levar a óbito se não tratada de forma efetiva.
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Entre os sintomas da leishmaniose visceral, estão febre de longa duração, fraqueza, aumento do fígado e baço, etc.
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O vetor de transmissão da leishmaniose visceral são mosquitos da espécie Lutzomia longipalpis e L. cruzi, que picam animais infectados e, depois, picam seres humanos.
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O diagnóstico é feito com exames específicos, e o tratamento é gratuito, disponibilizado pelo SUS.
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São formas de prevenção da leishmaniose visceral: usar repelentes, armazenar adequadamente o lixo, controlar a propagação dos vetores da doença e tratar os doentes.
Transmissão da leishmaniose visceral
A leishmaniose visceral é transmitida por vetores da espécie Lutzomia longipalpis e L. cruzi, mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico (ex.: galinheiros). Suas fêmeas se alimentam de sangue, preferencialmente ao fim da tarde, para o desenvolvimento de seus ovos.
Pessoas e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmiti-lo a outros indivíduos ao picá-los. Em região rural e de mata, os roedores e raposas são os principais; no ambiente urbano, os cães fazem esse papel. Quanto a este fato, podemos entendê-lo ao considerarmos a proximidade que esses animais têm com a nossa espécie e que nem todos, quando infectados, apresentam os sinais da doença (emagrecimento, perda de pelos e lesões na pele).
Sintomas da leishmaniose visceral
Indivíduos humanos apresentam febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e palidez como sintomas. Fígado e baço podem ter seu tamanho aumentado, já que a doença acomete esses órgãos, podendo atingir também a medula óssea. O período de incubação é muito variável: entre dez dias e dois anos.
Diagnóstico e tratamento da leishmaniose visceral
Para diagnóstico, exame de sangue para análise de anticorpos específicos, punção — com inoculação do material em cobaias — ou biópsia dos possíveis órgãos afetados são as principais formas de confirmar a presença do patógeno. O tratamento é feito com fármacos específicos, distribuídos pelo governo em hospitais de referência.
Leia também: Lista de doenças causadas por protozoários
Prevenção da leishmaniose visceral
Medidas de prevenção e controle ainda não foram capazes de impedir a ocorrência de novos surtos do calazar. Entretanto, usar repelentes quando estiver em região com casos de leishmaniose visceral e armazenar adequadamente o lixo orgânico (a fim de evitar a ação do mosquito), além de não utilizar agulhas de terceiros, são medidas individuais que diminuem a probabilidade de ser contaminado. Vale ressaltar, também, que existem repelentes especiais para cães. O controle dos vetores e tratamento das pessoas doentes são outras importantes formas para evitar a leishmaniose visceral.
Quanto aos cães contaminados, muitos veterinários indicam a eutanásia, sem frisar que existe tratamento para o cão, embora com ressalvas. Este não os cura, mas promove melhor qualidade e tempo de vida. No entanto, não são todos os animais que podem passar por tais procedimentos, uma vez que os fármacos utilizados são significantemente fortes, podendo colocar em risco a vida do indivíduo.
Assim, o tratamento é indicado àqueles que não alcançaram a velhice e cujo rim não se encontra comprometido; desde que o dono se responsabilize pela continuidade do tratamento (caro e longo) e promoção de cuidados específicos, orientados pelo médico veterinário. Dentre tais procedimentos, dois muito importantes são a utilização semanal de inseticidas na residência, e o uso de repelentes no cão, que impedem o contato de tais animais com os mosquitos transmissores da doença. Assim, nota-se a grande e nobre responsabilidade que o dono de um cão portador de leishmaniose tem perante seu animal e a sociedade.
Créditos das imagens
[1] Ray Wilson, Liverpool School of Tropical Medicine (Wikimedia Commons)