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Aids é uma doença, até o momento, sem cura, causada por um vírus que afeta o sistema imunológico: o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Essa doença teve seus primeiros registros no início da década de 1980, sendo que, no Brasil, o primeiro registro oficial foi feito em 1982.
Apesar de conhecermos a doença por mais de 30 anos, novos casos ainda surgem, muitas pessoas morrem em decorrência de complicações dela, e as pessoas que são diagnosticadas com aids ainda enfrentam preconceito e discriminação. Sendo assim, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids é um momento para falarmos sobre prevenção, tratamento e amor ao próximo.
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Dia Mundial de Luta Contra a Aids
Na década de 1980, o diagnóstico positivo de HIV era motivo para pânico e uma garantia de morte rápida. Além disso, o preconceito e a discriminação contra os soropositivos eram muito maiores que nos dias atuais. Várias pessoas com o vírus viram suas famílias sendo desfeitas, seus empregos ameaçados e seus amigos simplesmente sumirem.
Em 1987, cerca de 200 mil pessoas protestaram durante a Conferência Internacional de Aids em Washington, e um grande mosaico de colchas foi feito para homenagear as vítimas dessa doença. Essa movimentação foi essencial para a criação do Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
A data, comemorada todo ano, no dia 1º de dezembro, foi estabelecida, pela Assembleia Geral da ONU e pela Organização Mundial de Saúde, como uma forma de conscientizar a população sobre a doença, e é comemorada desde 1988.
Apesar de hoje a grande maioria da população conhecer as formas de transmissão da doença e entender que não existem grupos de risco, muito preconceito envolve os portadores de HIV. Sendo assim a data ainda funciona como uma forma de diminuir a discriminação e de quebrar muitas concepções erradas sobre a doença.
Curiosidade: O laço vermelho passou a ser usado como símbolo dessa luta a partir de 1991. Foi criado pela Visual Aids como uma forma de homenagear todas as pessoas que sofrem e morrem em decorrência da doença. |
O que é a Aids?
A síndrome da imunodeficiência adquirida (aids) é uma doença provocada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Esse vírus ataca o sistema imunológico do doente, sendo as células mais atingidas os linfócitos T CD4+, provocando uma alteração no mecanismo de defesa do corpo, ocasionando o surgimento frequente de doenças.
A aids pode ser transmitida pela relação sexual desprotegida; pelo contato com sangue contaminado, devido à transfusão ou ao compartilhamento de seringas, por exemplo; e da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou aleitamento.
Percebe-se, portanto, que um abraço, um beijo ou um carinho não são responsáveis por transmitir o vírus. Sendo assim, não há motivos para evitar-se contato com os soropositivos. Além disso, é importante frisar que o HIV não escolhe suas vítimas pelo sexo, orientação sexual ou idade.
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Apesar de não haver cura para a aids e infecção pelo HIV, é fundamental que, após a confirmação do diagnóstico, o paciente inicie o tratamento. Esse tratamento baseia-se no uso de medicamentos antirretrovirais. Eles não garantem o fim da doença, porém são capazes de garantir uma melhor qualidade de vida e diminuir a carga viral, deixando-a em níveis muito baixos.
Alguns pacientes conseguem até mesmo atingir a carga viral indetectável, uma condição em que os níveis dos vírus são baixos ao ponto de não serem detectados por testes laboratoriais padrões. De acordo com o Ministério da Saúde, nessas condições, o paciente com HIV não transmite a doença por via sexual.
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Dados sobre aids no mundo
De acordo com dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids - Brasil), existem cerca de 37,9 milhões de pessoas vivendo com HIV atualmente em todo o mundo, sendo que, aproximadamente, 23,3 milhões de pessoas possuem acesso à terapia antirretroviral.
Ainda de acordo com o Unaids, desde o início da epidemia, cerca de 74,9 milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus e novas infeções foram diminuídas — cerca de 40% desde o grande pico em 1997.
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Ter HIV e ter aids é a mesma coisa?
Nem sempre uma pessoa portadora do HIV está com aids. Dizemos que o paciente está com a doença apenas quando se encontra em estágio avançado da infecção pelo vírus. Como sabemos, o HIV é responsável por atacar o sistema imune, deixando a pessoa muito vulnerável a doenças. Em estágios avançados da infecção, portanto, a pessoa enfrenta uma maior frequência de infecções oportunistas, que podem também se complicar mais facilmente do que em uma pessoa sem a doença.
Vale destacar que soropositivos podem viver vários anos sem desenvolver o problema, tendo uma vida praticamente normal. Isso não significa, no entanto, que essas pessoas não possam transmitir a doença. Apesar das manifestações não ocorrerem, o vírus está presente no corpo do paciente, sendo fundamental, portanto, que comportamentos de risco sejam evitados a fim de impedir a sua transmissão para outras pessoas.
No dia 1º de dezembro, é importante que todos realizem uma reflexão sobre solidariedade, amor ao próximo e compaixão. É importante que cada um reveja sua postura em relação aos soropositivos e também utilize esse momento para informar-se sobre a doença e como ela deve ser evitada. O preconceito e a falta de informação são os principais problemas enfrentados na luta contra a Aids.
Atenção: Ao passar por alguma situação de risco, realize o teste! Em caso de dúvidas sobre a doença e locais para retirada de camisinha, ligue para o Disque Saúde (136). |