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PIB do Brasil

O PIB brasileiro registrou um valor de R$ 10,9 trilhões no ano de 2023. Os dados foram divulgados pelo IBGE, órgão responsável pelo cálculo desse indicador no país.

O cálculo do PIB brasileiro é atualmente feito pelo IBGE.
O cálculo do PIB brasileiro é atualmente feito pelo IBGE.
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O PIB do Brasil é atualmente de R$ 10,9 trilhões. O cálculo desse indicador é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e leva em consideração todos os serviços e os bens finais produzidos no país durante um intervalo de tempo, que normalmente é de um ano ou de três meses, podendo variar.

Leia também: Brasil: subdesenvolvido ou emergente?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre PIB do Brasil

  • O PIB do Brasil é de R$ 10,9 trilhões segundo os últimos dados divulgados pelo IBGE, referentes ao ano de 2023.

  • O cálculo do PIB brasileiro é feito com base no montante, em reais, de todos os serviços e bens que são produzidos pelo país.

  • O período da pandemia afetou a economia negativamente entre 2019 e 2020.

  • O PIB do Brasil apresentou crescimento de quase 3% entre os anos de 2022 e 2023.

  • A tendência é a de que esse indicador continue variando positivamente.

  • Os maiores PIBs estaduais do país se concentram nas regiões Sul e Sudeste.

  • No ranking mundial, o Brasil representa a 8ª maior economia do mundo.

Como é feito o cálculo do PIB do Brasil?

O cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é feito periodicamente pelo IBGE, que também realiza a sua divulgação. O IBGE calcula o PIB do Brasil por meio de diversos níveis territoriais e os dados ficam disponíveis para a consulta pública.

Para se chegar ao valor final do PIB, o IBGE leva em consideração o montante, em reais, de todos os serviços e bens que são produzidos pelo país (ou área territorial determinada) em um intervalo de tempo. Esse tempo é comumente de um ano ou de três meses, o que é importante para que se tenha um quadro detalhado da evolução da economia brasileira, tornando as análises conjunturais mais efetivas.

Como forma de evitar que os mesmos valores sejam contabilizados mais de uma vez, o IBGE reforça que são considerados no cálculo do PIB apenas os bens e os serviços finais, ou seja, as matérias-primas empregadas na fabricação de um determinado objeto, por exemplo, não são consideradas, somente o produto em sua forma acabada. Dessa forma, o PIB pode ser calculado a partir da oferta (ou riquezas), da demanda e da renda.

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A oferta consiste na soma de toda a produção do país em período de tempo previamente delimitado. Essa produção é aquela oriunda dos três setores da economia: primário, referente à agropecuária; secundário, à indústria; e terciário, que reúne o comércio e os serviços. Conforme destacado acima, apenas os produtos finais são considerados para fins de cálculo, evitando, assim, a duplicação de valores.

A demanda diz respeito ao consumo, tanto das famílias quanto do governo, e às despesas efetuadas, sendo essas referentes aos gastos governamentais de um modo geral, à balança comercial e aos investimentos efetivados pelas empresas. A renda, por sua vez, é expressa pela soma das remunerações e rendimentos, o que representa os salários pagos aos trabalhadores, os juros, os lucros das empresas e os aluguéis.

O IBGE se utiliza tanto de dados próprios quanto de dados produzidos por outros órgãos para a composição do PIB. A publicação dos resultados acontece sempre no início do ano, e as informações são referentes ao ano anterior.

Veja também: O que é IDH? 

Evolução do PIB do Brasil

O PIB do Brasil para o ano de 2023 foi de R$ 10,9 trilhões. A economia do país registrou crescimento com relação ao ano de 2022, o que foi liderado principalmente pela produção desenvolvida no setor primário. Entre os anos de 2022 e 2023, a taxa de crescimento do PIB brasileiro chegou a quase 3%.

Diversos fatores interferem na dinâmica econômica do país e contribuem diretamente para as flutuações no valor do PIB. Esses fatores podem estar atrelados tanto às conjunturas política e econômica externas quanto a questões inerentes ao Brasil. Um dos exemplos é a crise econômica desencadeada em 2008, que afetou diretamente o desempenho de diversas economias, inclusive a brasileira.

Em 2016, todos os setores da economia entraram em queda, e o resultado foi a retração do PIB. No ano anterior, 2015, apenas a agropecuária havia apresentado valores positivos|1|. Após um breve período de recuperação, o PIB do Brasil sofreu novamente recuo entre 2019 e 2020. O motivo associado é a pandemia do coronavírus e os seus efeitos diretos sobre a vida cotidiana, o consumo das famílias, o funcionamento dos serviços e a produção industrial.

Tendo em vista a forma como se dá a propagação do vírus e as recomendações sanitárias feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), houve diminuição da circulação de pessoas por um período de tempo e paralisação de atividades econômicas de forma total ou parcial, explica o IBGE|2|. Isso causou uma expressiva retração no setor de serviços, que foi de 4,5%. Houve queda também na parcela do PIB referente à indústria (-3,5%), e somente o setor agropecuário experimentou crescimento, que foi de 2%.

Evolução do PIB do Brasil, de 1996 a 2024.
Evolução do PIB do Brasil ao longo das últimas décadas. (Fonte: IBGE)

A figura acima mostra como se deu a evolução trimestral do PIB do Brasil no período que vai de 1996 até 2024. O maior crescimento da economia do país aconteceu no ano de 2010, quando houve crescimento de 7,5% com relação ao ano anterior.

Hoje em dia, o crescimento do PIB pode ser explicado por muitos outros fatores que vão além do fim da pandemia. A retomada do consumo pelas famílias foi um importante incentivo para que a economia nacional tivesse um impulso necessário, ao mesmo tempo que novas ondas de investimentos e a ampliação da produção agropecuária, principalmente, ocasionaram o aumento do PIB nacional. A tendência é a de que esse indicador continue variando positivamente, malgrado as crises ambientais que o Brasil tem vivenciado nos últimos meses.

PIB dos estados brasileiros

O IBGE divulga também a relação do PIB dos estados brasileiros. A tabela abaixo apresenta os valores para o ano de 2021, organizados em ordem decrescente.

Posição

Estado

PIB em 2021 (em milhões de reais)

São Paulo

2.719.751

Rio de Janeiro

949.301

Minas Gerais

857.593

Rio Grande do Sul

581.284

Paraná

549.973

Santa Catarina

428.571

Bahia

352.618

Distrito Federal

286.944

Goiás

269.628

10º

Pará

262.905

11º

Pernambuco

220.814

12º

Ceará

194.885

13º

Mato Grosso

233.390

14º

Espírito Santo

186.337

15º

Mato Grosso do Sul

142.204

16º

Amazonas

131.531

17º

Maranhão

124.981

18º

Rio Grande do Norte

80.181

19º

Paraíba

77.470

20º

Alagoas

76.266

21º

Piauí

64.028

22º

Rondônia

58.170

23º

Sergipe

51.861

24º

Tocantins

51.781

25º

Amapá

20.100

26º

Acre

21.374

27º

Roraima

18.203

Os maiores PIBs estaduais se concentram nas regiões Sul e Sudeste. Em 2021, São Paulo respondia por 30,2% do PIB brasileiro. Ao todo, os cinco estados que encabeçam a lista representavam quase 63% do valor total para o ano em questão. No outro extremo, Roraima, localizado na região Norte, possuía em 2021 o menor PIB estadual, respondendo por uma parcela de 0,2% do PIB do Brasil aproximadamente.

Ranking do PIB mundial

O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) são duas das instituições que divulgam anualmente o PIB dos países. Os dados do FMI para o ano de 2024 mostram que o PIB global é de 109.529.216 (em milhões de dólares). Desses, 26,2% correspondiam ao PIB dos Estados Unidos. No segundo lugar do ranking, estava a China, com participação de 16,9%. O Brasil representa, então, a 8ª maior economia do mundo.

Posição

País

PIB em 2024 (em milhões de dólares)

Estados Unidos

28.781.083

China

18.532.633

Alemanha

4.591.100

Japão

4.110.452

Índia

3.937.011

Reino Unido

3.495.261

França

3.130.014

Brasil

2.331.391

Itália

2.328.028

10º

Canadá

2.242.182

Fonte: Fundo Monetário Internacional (FMI).

Saiba mais: Quais são os 10 países mais pobre do mundo?

Exercícios resolvidos

Questão 1 – (Unesp 2019) O cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) busca expressar o dinamismo de uma economia a partir da soma das riquezas produzidas por um país durante determinado período. No entanto, o cálculo do PIB ignora:

A) os valores consumidos pelas importações, o que artificializa cálculos superavitários.

B) os gastos do governo, o que interfere na produção de bens e serviços.

C) a dimensão territorial, condição que interfere na paridade do cálculo.

D) os investimentos de empresas, mascarados em balanços comerciais positivos.

E) a apropriação da riqueza gerada, o que prejudica análises sociais.

Resolução

Alternativa E. Como o próprio IBGE define, o PIB é um indicador de síntese. Sendo assim, ele não leva em consideração a maneira como acontece a distribuição de renda na sociedade e, portanto, a apropriação de riquezas.

Questão 2 – O IBGE é o órgão responsável pelo cálculo e pela divulgação periódica do PIB do Brasil. Esse indicador pode ser expresso sob três óticas: a da produção, da demanda e da renda. Dessa maneira, pode-se dizer que entram para o cálculo os seguintes elementos, com exceção de:

A) os salários pagos aos trabalhadores, incluindo servidores públicos.

B) os dados referentes à balança comercial brasileira.

C) o consumo das famílias em um intervalo de tempo estabelecido.

D) o valor individual das matérias-primas utilizadas na produção industrial.

E) os diversos gastos que são efetuados pelo governo.

Resolução

Alternativa D. É levado em consideração para fins de cálculo apenas o valor do produto final, no qual já estão inclusos os gastos com matéria-prima. Essa metodologia é adotada para que não haja a dupla contagem, como explica o IBGE.

Notas

|1| CURY, Anay; SILVEIRA, Daniel. PIB recua 3,6% em 2016, e Brasil tem pior recessão da história. G1, 07 mar. 2017. Disponível aqui. Acesso em 06 mar. 2021.

|2| BARROS, Alexandre. PIB cresce 3,2% no 4º tri, mas fecha 2020 com queda de 4,1%, a maior em 25 anos. Agência de Notícias do IBGE, 03 mar. 2021. Disponível aqui. Acesso em 06 mar. 2021.

Fontes

BARROS, Alexandre. PIB cresce 3,2% no 4o tri, mas fecha 2020 com queda de 4,1%, a maior em 25 anos. Agência de Notícias do IBGE, 03 mar. 2021. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/30166-pib-cresce-3-2-no-4-tri-mas-fecha-2020-com-queda-de-4-1-a-maior-em-25-anos

CURY, Anay; SILVEIRA, Daniel. PIB recua 3,6% em 2016, e Brasil tem pior recessão da história. G1, 07 mar. 2017. Disponível em:

DICIONÁRIO FINANCEIRO. O que é e como é calculado o PIB? Disponível em: https://www.dicionariofinanceiro.com/pib/

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produto Interno Bruto – PIB. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). IBGE Explica: PIB. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php

IMF. IMF Datamapper: GDP, current prices. Fundo Monetário Internacional, 2024. Disponível em: https://www.imf.org/external/datamapper/NGDPD@WEO/OEMDC/ADVEC/WEOWORLD.

VEJA. Queda no investimento derruba o PIB brasileiro em 2009. Revista Veja, 11 mar. 2010. Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/queda-no-investimento-derruba-o-pib-brasileiro-em-2009/

WORLD BANK. Gross domestic product 2019. Disponível em: https://databank.worldbank.org/data/download/GDP.pdf

Escritor do artigo
Escrito por: Paloma Guitarrara Licenciada e bacharel em Geografia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e mestre em Geografia na área de Análise Ambiental e Dinâmica Territorial também pela UNICAMP. Atuo como professora de Geografia e Atualidades e redatora de textos didáticos.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

GUITARRARA, Paloma. "PIB do Brasil"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/pib-brasil.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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