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Eufemismo

O eufemismo é uma figura de pensamento usada para suavizar uma informação em contextos formais. É a troca de uma palavra ou expressão por outra menos ofensiva.

Texto sobre o que é eufemismo.
Texto sobre o que é eufemismo.
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Eufemismo é uma figura de pensamento. Ela é empregada para suavizar uma expressão. Seu uso é adequado para contextos formais, jornalísticos ou jurídicos. Afinal, o eufemismo elimina a agressividade ou caráter ofensivo de uma frase. Já a hipérbole é uma figura de linguagem marcada pelo exagero.

Leia também: Quando usar uma hipérbole?

Tópicos deste artigo

Resumo sobre eufemismo

  • Eufemismo é uma figura de linguagem que consiste em amenizar uma informação.

  • Essa figura de pensamento é utilizada em contextos formais e não ofensivos.

  • A hipérbole é uma figura de linguagem caracterizada pelo exagero.

  • As figuras de linguagem podem ser de palavras, de pensamento, de sintaxe ou de som.

O que é eufemismo?

O eufemismo é uma figura de linguagem ou de pensamento caracterizada por amenizar a informação, isto é, diminuir ou eliminar o caráter agressivo ou ofensivo de um enunciado. Para isso, o enunciador troca uma palavra ou expressão por outra menos ofensiva, apesar de ambas indicarem a mesma coisa.

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Exemplos de eufemismo

SEM EUFEMISMO

COM EUFEMISMO

Lúcio está gordo.

Lúcio está com excesso de peso.

Minha avó é velha.

Minha avó é da terceira idade.

O médico foi acusado de roubo.

O médico foi acusado de enriquecimento ilícito.

Vivo em um país subdesenvolvido.

Vivo em um país emergente.

A passagem de ônibus teve aumento de preço.

A passagem de ônibus teve atualização de tarifa.

Sempre foi pobre.

Sempre foi de classe baixa.

Em 1500, Portugal invadiu o Brasil.

Em 1500, Portugal colonizou o Brasil.

Cleide começou a trabalhar em um matadouro.

Cleide começou a trabalhar em um abatedouro.

O vendedor teve prejuízo este mês.

O agente comercial teve prejuízo este mês.

Não podem me condenar por mentir.

Não podem me condenar por alterar a verdade.

Não há vacina contra o câncer.

Não há vacina contra aquela doença.

O adultério é muito comum na maioria dos casamentos.

O relacionamento extraconjugal é muito comum na maioria dos casamentos.

Encontraram o cadáver de meu primo.

Encontraram os restos mortais de meu primo.

Quando usar eufemismo?

Ilustração de um homem correndo atrás de um ladrão em texto sobre eufemismo.
“Subtrair bens alheios” é um eufemismo para o ato de roubar ou furtar. O termo ameniza ou torna a informação menos ofensiva.

Usamos o eufemismo em situações formais ou que requerem maior civilidade. Ao usar o eufemismo, o enunciador evita ser desagradável ou mesmo ofender seus ouvintes ou interlocutores. O uso dessa figura de linguagem é muito comum no jornalismo, já que os textos jornalísticos chegam a uma diversidade de pessoas. Empresas comerciais também devem se preocupar com a linguagem se não querem perder clientes e diminuir o lucro.

Veja também: O que é pleonasmo?

Eufemismo x hipérbole

EUFEMISMO

HIPÉRBOLE

Figura de linguagem responsável por amenizar uma informação

Figura de linguagem responsável por exagerar na informação

EXEMPLO

EXEMPLO

Meu filho não foi feliz nos exames.

(O filho tomou bomba.)

Meu filho morreu de rir.

(O filho riu muito.)

As figuras de linguagem

  • Figuras de palavras ou semântica: comparação, metáfora, metonímia, perífrase ou antonomásia, catacrese e sinestesia.

  • Figuras de pensamento: hipérbole, litotes, eufemismo, ironia, prosopopeia, antítese, paradoxo ou oximoro, apóstrofe e gradação.

  • Figuras de sintaxe ou construção: elipse, zeugma, anáfora, pleonasmo, anacoluto, silepse, hipérbato e polissíndeto.

  • Figuras de som ou harmonia: aliteração, assonância, onomatopeia e paronomásia.

Saiba mais: Ironia e sarcasmo são a mesma coisa?

Exercícios resolvidos sobre eufemismo

Questão 1 (Ufam)

Assinale a opção cujo enunciado contém um eufemismo:

A) Que belas notas você apresenta: zero em Português, zero em Geografia.

B) Flor, tu és a virgem das campinas, Virgem, tu és a flor da minha vida! (Castro Alves)

C) No seu depoimento, a testemunha faltou com a verdade.

D) No último fim de semana, li Clarice Lispector.

E) Você se esqueceu de tirar a xerox de tão importante documento?

Resolução:

Alternativa C.

A expressão “faltou com a verdade” é eufemismo de mentir.

Questão 2 (Uenp)

Leia o período do texto a seguir.

Ele sabia despertar significado, senso de propósito, vontade de “chegar lá” ou qualquer outro nome que você dê àquele brilho nos olhos que leva todos nós a mover céus e terra até atingir o objetivo traçado.

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a figura de linguagem presente no trecho sublinhado.

A) Antítese.

B) Eufemismo.

C) Hipérbole.

D) Prosopopeia.

E) Sinédoque.

Resolução:

Alternativa C.

A expressão “mover céus e terra” é uma hipérbole, pois consiste em um exagero.

Fontes

OLIVEIRA, Roseli. Dicionário de eufemismos da língua portuguesa. Foz do Iguaçu: Editares, 2015.

SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática: teoria e prática. 26. ed. São Paulo: Atual Editora, 2001. 

Escritor do artigo
Escrito por: Warley Souza Professor de Português e Literatura, com licenciatura e mestrado em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SOUZA, Warley. "Eufemismo"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/redacao/eufemismo.htm. Acesso em 09 de abril de 2025.

De estudante para estudante


Videoaulas


Lista de exercícios


Exercício 1

O cartunista recorreu aos recursos expressivos da linguagem para conferir humor à tirinha
O cartunista recorreu aos recursos expressivos da linguagem para conferir humor à tirinha

O discurso de uma das personagens da tirinha sofreu algumas alterações, provocadas pelo uso de uma figura de linguagem muito empregada no discurso político. Laerte construiu o efeito de humor baseado em:

a) hipérboles

b) paronímias

c) polissemias

d) eufemismos

e) ironias

Exercício 2

O eufemismo está presente nos seguintes fragmentos, exceto:

a) "A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer."  Mario Quintana.

b) “Não chorem! que não morreu!/ Era um anjinho do céu/ Que um outro anjinho chamou!/ Era uma luz peregrina,/ Era uma estrela divina/ Que ao firmamento voou!”. Álvares de Azevedo.

c) “Na chuva de cores/ da tarde que explode,/ a lagoa brilha./ A lagoa se pinta/ de todas as cores”. Carlos Drummond de Andrade.

d) “Quando a Indesejada das gentes chegar/ (Não sei se dura ou caroável),/ talvez eu tenha medo./ Talvez sorria, ou diga:/ - Alô, iniludível!”. Manuel Bandeira.

e) “Os amigos que me restam são de data recente; todos os antigos foram estudar a geologia dos campos santos.” Machado de Assis.

Exercício 3

Sobre o eufemismo, estão corretas:

I. Figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra ou expressão cuja principal intenção é expressar uma ideia com exagero.

II. Figura de linguagem que consiste no emprego de uma palavra ou expressão no lugar de outra palavra ou expressão considerada desagradável ou chocante.

III. O eufemismo é uma figura de linguagem que, além de ser empregada para amenizar um discurso cujo conteúdo semântico seja mais “pesado”, também pode ser utilizada com certa comicidade na intenção do falante, denotando ironias e ideologias presentes no discurso.

IV. O eufemismo é a figura de linguagem mais adequada quando a intenção do falante é afirmar o contrário do que se quer dizer.

V. O eufemismo é um importante recurso para a construção de sentidos de um texto, pois existem situações em que é preciso substituir palavras que, historicamente, carregam em seu significado conotações negativas.

a) II, III e V.

b) I, II e V.

c) I e IV.

d) III, IV e V.

e) Apenas V.

Exercício 4

(Exercício sobre eufemismo no Enem 2011)

Leia o texto abaixo e assinale a alternativa incorreta:

O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) surgiu no final dos anos 70 e seu objetivo era protestar contra a censura na publicidade
O Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) surgiu no final dos anos 70 e seu objetivo era protestar contra a censura na publicidade

Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos infalíveis. Que não cometemos nem mesmo o menor deslize. E só não falamos isso por um pequeno detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra “mentira”, como acabamos de fazer, poderíamos optar por um eufemismo. “Meia-verdade”, por exemplo, seria um termo muito menos agressivo. Mas nós não usamos esta palavra simplesmente porque não acreditamos que exista uma “Meia-verdade”. Para o Conar, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, existem a verdade e a mentira. Existem a honestidade e a desonestidade. Absolutamente nada no meio. O Conar nasceu há 29 anos (viu só? Não arredondamos para 30) com a missão de zelar pela ética na publicidade. Não fazemos isso porque somos bonzinhos (gostaríamos de dizer isso, mas, mais uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque é a única forma da propaganda ter o máximo de credibilidade. E, cá entre nós, para que serviria a propaganda se o consumidor não acreditasse nela? Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode fazer uma reclamação ao Conar. Ele analisa cuidadosamente todas as denúncias e, quando é o caso, aplica a punição. 

Anúncio veiculado na Revista Veja. São Paulo: Abril. Ed. 2120, ano 42, nº 27, 8 jul. 2009.

a) É possível identificar elementos das linguagens literárias e não literárias no texto.

b) O texto que acompanha o anúncio publicitário tem como objetivo informar os consumidores sobre a atuação do Conar, visando a uma reação por parte do receptor da mensagem.

c) A linguagem empregada no texto é predominantemente literária.

d) O principal objetivo do texto é alertar os publicitários sobre a importância da ética na publicidade.

e) Em “E ele é 100% eficiente nesta missão”, a tarja preta sobre a sentença atua como um elemento literário, evidenciando o compromisso do órgão com a ideia de ética e responsabilidade social.

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