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O artigo de opinião é um texto jornalístico de base argumentativa em que o seu autor defende um ponto de vista sobre determinado tema. O autor do artigo de opinião é chamado de articulista e geralmente é um jornalista ou figura pública com autoridade sobre o tema a ser tratado.
Atualmente, os artigos são lidos em meio impresso e digital e são responsáveis por fomentar as principais discussões nas redes sociais, justamente por trazerem uma série de temas e assuntos polêmicos que mobilizam a sociedade.
Saiba mais: Dissertação — uma das modalidades textuais mais cobradas em concursos e vestibulares
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre artigo de opinião
- 2 - Videoaula sobre artigo de opinião
- 3 - O que é um artigo de opinião?
- 4 - Quais são as características do artigo de opinião?
- 5 - Qual a estrutura do artigo de opinião?
- 6 - Como se faz um artigo de opinião?
- 7 - Exemplo de artigo de opinião
Resumo sobre artigo de opinião
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O artigo de opinião é um texto jornalístico de caráter argumentativo em que o seu autor (articulista) defende um ponto de vista sobre determinado tema de relevância social.
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Apresenta características associadas ao gênero jornalístico, como o uso de linguagem acessível, a preferência por verbos na voz ativa, a escrita leve, concisa e agradável, a ausência de elementos coloquiais, salvo exceções, e o uso de períodos curtos nas orações.
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Estruturalmente, é organizado em introdução, desenvolvimento e conclusão.
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Para desenvolvê-lo, é preciso definir um tema e uma tese, colocar um título instigante, contextualizar o seu leitor, trazer argumentos com base em uma construção de raciocínio linear, e, por fim, apresentar uma solução para o problema ou deixar uma reflexão ao leitor.
Videoaula sobre artigo de opinião
O que é um artigo de opinião?
O artigo de opinião é um texto predominantemente argumentativo em que o autor defende um ponto de vista, o qual se dá sobre determinado tema de relevância social, sendo publicado em um veículo de circulação impresso ou digital.
Por se tratar de um texto que traz uma opinião pessoal, o artigo de opinião, diferentemente do editorial, não reflete necessariamente a opinião do veículo de comunicação que publicou o seu conteúdo. Assim, essa modalidade de texto visa trazer um debate ao público decorrente de uma vontade do articulista de jogar luz sobre determinado tema para a sociedade.
O articulista deve, portanto, utilizar recursos argumentativos a fim de convencer e persuadir o seu leitor acerca da sua opinião sobre o tema debatido. Em seu texto, ele pode trazer uma série de dados, fatos e informações que comprovem a sua tese.
Veja também: Manifesto — outro tipo de texto em que há predomínio da argumentação em defesa de um ponto de vista
Quais são as características do artigo de opinião?
O artigo de opinião é um texto que pertence ao universo do jornalismo. Sendo assim, ele apresenta as seguintes características predominantes em textos dessa esfera:
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uso de linguagem acessível, tendo em vista um público universal;
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preferência por verbos na voz ativa;
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escrita leve, concisa e agradável;
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ausência de gírias, palavrões ou outros elementos da linguagem coloquial;
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períodos curtos, a fim de evitar que a leitura se torne cansativa.
Além desses elementos, sabe-se que o artigo de opinião é um texto em que prevalecem a argumentação e a persuasão ao leitor. Assim, pode-se atribuir as seguintes características específicas a ele:
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Traz à tona discussões envolvendo temas de grande relevância social.
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Apresenta a opinião de um articulista, geralmente um estudioso ou referência no assunto a ser tratado.
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Sua escrita obedece à norma-padrão da língua, mas, em determinadas situações, a depender do assunto e contexto, admite o uso de algumas informalidades pontuais.
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Pode ser escrito em 1ª pessoa do singular, 1ª pessoa do plural ou 3ª pessoa do singular.
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Ele tem uma autoria e, portanto, é assinado.
Qual a estrutura do artigo de opinião?
O artigo de opinião apresenta a seguinte estrutura em sua composição:
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título;
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introdução;
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desenvolvimento;
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conclusão.
Trata-se da estrutura padrão em textos predominantemente dissertativo-argumentativos. O autor precisa, dentro dessa lógica de estruturação e organização, apresentar ao leitor o tema e a tese a ser defendida, expor os argumentos e dissertar sobre eles trazendo dados, informações ou fatos, e, por fim, trazer uma reflexão final ou mesmo uma proposta de resolução do problema apresentado ao longo do artigo.
Leia também: Tema e título — fatores componentes da construção textual
Como se faz um artigo de opinião?
Para fazer um artigo de opinião, é preciso:
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Definir o tema a ser abordado, definir uma tese e pesquisar dados, informações e fatos capazes de comprovar seu ponto de vista e persuadir o leitor.
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Pensar em um título que chame a atenção do seu leitor. Opte por títulos objetivos e simples, mas que instiguem a curiosidade.
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Contextualizar o tema a ser abordado, na primeira parte do texto (introdução). É nesse momento que você oferecerá os elementos necessários para que o leitor retome o contato sobre o tema ou obtenha informações que o ajudem a compreender o seu conteúdo. As perspectivas do autor sobre o tema também devem estar contidas nessa primeira parte.
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Oferecer a sua construção argumentativa ao seu leitor, na segunda parte (desenvolvimento). Para uma boa exposição e discussão dos argumentos, é importante colocá-los de forma organizada e linear em seu texto. Assim, o leitor consegue acompanhar a lógica do raciocínio construído.
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Retomar sua tese, na terceira parte (conclusão), podendo seguir por dois caminhos:
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apontar possíveis caminhos para a resolução do problema tratado;
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deixar uma reflexão para que o seu leitor possa pensar de maneira crítica na situação apresentada ao longo do texto.
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Exemplo de artigo de opinião
A difícil escolha do Novo Ensino Médio Em 2017 entrou em vigor a nova BNCC, documento que rege a educação no Brasil. Diante de uma série de elementos que tratam do protagonismo estudantil, nas mais diversas áreas, o Novo Ensino Médio foi apresentado como uma verdadeira solução para os problemas educacionais brasileiros. No entanto, o que temos, de fato, é uma difícil escolha por parte da sociedade: ingresso à universidade ou dedicação exclusiva ao mercado de trabalho? No século passado, os estudantes brasileiros se deparavam com duas opções de carreira: a carreira acadêmica, o chamado “científico”, e a carreira profissionalizante, os cursos técnicos. No primeiro grupo, tínhamos aqueles interessados em cursos universitários como Medicina e Direito. No segundo, a opção por cursos como o Magistério e a Contabilidade. Em 1996, o governo percebeu que essa escolha nada mais era que uma forma de segmentação de classes. Em outras palavras, as camadas populares eram direcionadas para os cursos de formação rápida e dedicadas ao mercado de trabalho e com remuneração mais baixa. Por outro lado, as camadas mais altas da sociedade concediam tempo e paciência para que os seus filhos pudessem aderir ao ensino superior. A medida, considerada antiquada, foi revista e optou-se por investir na democratização do acesso às universidades. No entanto, em 2017, demos alguns passos para trás. O Novo Ensino Médio retoma a antiga escolha do século passado. Qual caminho seguir? A formação técnica ou acadêmica? A nova matriz curricular não possibilita as duas opções e, mesmo que a fizesse, não conseguiria atender tantas demandas distintas. A difícil escolha do nosso presente não é novidade e remete aos problemas antigos da educação brasileira.
Eduardo Ramos, professor da rede pública. |