A Revolução Americana é também conhecida como a independência dos Estados Unidos e foi declarada em 4 de julho de 1776. Com esse processo, houve a separação das Treze Colônias da América do Norte do vínculo colonial que existia desde meados do século XVII e a transformação dos Estados Unidos em uma nação independente, com um sistema republicano e federalista.
Apesar de baseada nos ideais iluministas, que pregavam ideais de liberdade e de igualdade de direitos, a independência dos Estados Unidos foi realizada pela elite colonial e visava à garantia dos interesses e privilégios dessa classe. Ela serviu de inspiração para outros movimentos semelhantes na América.
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Tópicos deste artigo
Resumo sobre a Revolução Americana
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Também conhecida como independência dos Estados Unidos, foi declarada em 4 de julho de 1776 e resultou na autonomia das Treze Colônias em relação à metrópole inglesa.
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Suas causas estavam relacionadas com o endividamento inglês pós-guerras e a consequente cobrança exacerbada de impostos da colônia para o pagamento das dívidas.
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A Leis Intoleráveis, como a Lei do Selo e a Lei do Chá, resultaram na revolta dos colonos, que foram duramente reprimidos.
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Após o primeiro e o segundo Congresso Continental da Filadélfia, a elite social e econômica das Treze Colônias deu início ao processo de independência.
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Tal processo foi revidado pela colônia, no que ficou conhecido como as Guerras de Independência dos EUA.
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Após o fim desses conflitos, houve a assinatura do Tratado de Paris, no qual os ingleses reconheceram a independências das colônias americanas, agora nomeadas Estados Unidos da América.
Videoaula sobre Revolução Americana (1776)
Causas da Revolução Americana
O movimento de independência dos Estados Unidos foi motivado pelo descontentamento com a ampliação da exploração da metrópole sobre a colônia. As Treze Colônias foram constituídas com um alto grau de autonomia (diferentemente do que aconteceu com as colônias espanholas e portuguesas), e, a partir do século XVIII, as tentativas inglesas de reduzir essa autonomia geraram insatisfação.
Durante o século XVII, a Inglaterra envolveu-se em uma série de conflitos, tanto na Europa como na América do Norte, o que afetou seus cofres. Desses conflitos, o de maior importância foi a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), que colocou ingleses e franceses em oposição. Ao final dela, a Inglaterra saiu vitoriosa, porém bastante endividada.
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A vitória inglesa na guerra deu ao país acesso a uma grande quantidade de terras no oeste que eram do interesse dos colonos. A Coroa inglesa, porém, proibiu a ocupação dessas terras para evitar confrontos com as nações indígenas, desagradando aos colonos da América.
Com o envolvimento nessas guerras, a Inglaterra viu-se endividada, e a colônia passou a ser enxergada como forma de obter a recuperação econômica. Isso fez com que diversos impostos, visando ao aumento da arrecadação, fossem decretados pela Inglaterra. Esses impostos e leis também pretendiam impor controle sobre a economia da colônia para torná-la mais dependente da metrópole. Essa necessidade de controle sobre a economia das Treze Colônias e de torná-la dependente das mercadorias inglesas era consequência do desenvolvimento fabril da metrópole, que acontecera com a Revolução Industrial.
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O que foram as Leis Intoleráveis?
O aumento do controle metropolitano sobre a colônia levou a Inglaterra a decretar leis bastante impopulares na América e que ficaram conhecidas como Leis Intoleráveis. Foram elas:
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Lei do Selo: datada de 1765, nela se decretou que todo documento impresso na colônia somente seria válido ao receber um selo inglês. Esse decreto provocou muitos protestos na América, o que fez os ingleses revogarem-no no ano seguinte.
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Lei do Chá: foi o estopim do movimento de independência, determinando o monopólio da venda do chá na América para a Companhia das Índias Orientais. Isso desagradou às elites locais e causou uma pequena revolta conhecida como Festa do Chá de Boston, na qual colonos invadiram o porto de Boston e lançaram mais de 300 caixas de chá ao mar.
A demonstração de rebeldia dos colonos foi acompanhada de forte repressão da colônia, que respondeu ocupando a colônia de Massachusetts, impondo a proibição de reuniões nessa cidade e exigindo o pagamento dos prejuízos por parte dos colonos.
♦ Quais foram as consequências das Leis Intoleráveis?
Após as Leis Intoleráveis, a elite colonial reuniu-se no Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, em que representantes das colônias, com exceção da Geórgia, redigiram um documento para o rei inglês Jorge III, no qual protestavam contra as medidas impostas, mas reafirmavam a lealdade para com o rei. A resposta da metrópole foi mais repressão, com o aumento no número de soldados instalados na colônia.
Isso resultou na realização do Segundo Congresso Continental da Filadélfia, em que a elite colonial reuniu-se novamente e concluiu que não era mais possível manter-se sob o domínio inglês em vista do desrespeito da metrópole com os interesses coloniais. Assim, foi redigida a declaração de independência, emitida no dia 4 de julho de 1776.
O processo de independência das colônias inglesas levou a um conflito armado com a Inglaterra, que procurava assegurar o seu domínio sobre a colônia. As guerras de independência dos Estados Unidos estenderam-se até 1781, com uma batalha na cidade de Yorktown.
Com o fim da guerra, os ingleses assinaram o Tratado de Paris, em 1783, no qual reconheceram a independência de sua ex-colônia. A partir da independência, as Treze Colônias adotaram um modelo republicano e um sistema federalista, que garantiu a aplicação de autonomia para os estados. O nome adotado para a nova nação foi o de Estados Unidos da América.
Mapa Mental: Revolução Americana
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Por Daniel Neves
Graduado em História