Importante período cultural da história europeia, o Renascimento retomou as influências da Antiguidade para se contrapor à produção cultural da Idade Média.
Renascimento foi o período da história europeia em que houve a retomada de temas, ideais e técnicas utilizadas durante a Antiguidade greco-romana, nos campos da arte, da ciência e da filosofia. Esse movimento cultural ocorreu entre os séculos XIV e XVI, principalmente em algumas cidades italianas, mas não se limitando à Itália, e se contrapôs aos valores católicos cultivados durante a Idade Média.
Esse período cultural se baseou nas concepções humanista e racionalista, colocando a figura humana e o empirismo como medida e método de compreensão das coisas e dos fenômenos que ocorrem na Terra. Embora se opusesse aos valores da Idade Média, não negou a religião, apenas a humanizou, o que pode ser conferido em boa parte das obras de arte produzidas na época.
O renascimento urbano e comercial deu início à concretização da ideologia burguesa na Europa, expressa culturalmente pelo resgate de valores antigos greco-romanos via contato com outros povos que os mantiveram, como os bizantinos.
Foi o período histórico europeu que compreendeu os séculos XIV e XVI, tendo a Itália como principal referência geográfica.
Baseou-se nas ideias do humanismo e do racionalismo, procurando opor-se aos valores medievais, contudo, sem negar a religião.
Foi o momento em que o comércio e as cidades voltaram a se fortalecer, permitindo também o primeiro grande passo da ideologia burguesa no continente europeu.
Teve como principais expoentes nomes como: Cervantes, Maquiavel, Camões, Galileu Galilei, Da Vinci, e Bosch.
Videoaula sobre Renascimento
Características do Renascimento
O termo renascimento possivelmente foi utilizado pela primeira vez pelo crítico de arte Giorgio Vasari, por volta de 1550, para marcar a diferença em relação ao período medieval. A diferença era marcada principalmente pelo humanismo e pelo racionalismo adotado pelos renascentistas.
Humanismo no Renascimento: se expressava principalmente com base no antropocentrismo, buscando colocar o homem como centro do Universo e medida de todas as coisas. Dessa forma, opunha-se ao caráter religioso das concepções filosóficas medievais, que tinha Deus como centro do Universo.
Racionalismo no Renascimento: estava ligado à utilização da observação empírica e, principalmente, de conhecimentos matemáticos para a produção artística e do conhecimento humano sobre o mundo.
Religião no Renascimento: a perspectiva renascentista afastava-se dos dogmas católicos, mas não excluía totalmente os temas religiosos. O que os artistas do Renascimento fizeram foi dar um caráter humano à representação das histórias religiosas, principalmente no campo das artes. Nesse sentido, é interessante notar que boa parte dos temas dos quadros pintados no período tinha caráter bíblico, mas com os personagens humanizados, fosse em suas formas (definição corporal, expressões, sentimentos etc.), fosse no posicionamento dos personagens nos quadros, não havendo necessariamente uma hierarquia expressa nessas localizações, como era adotado pelos artistas medievais (Jesus sempre acima, os anjos em locais superiores aos santos etc.).
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Fases do Renascimento
O Renascimento dividiu-se em três fases:
Trecento (século XIV ou os anos trezentos);
Quattrocento (século XV ou anos quatrocentos);
Cinquecento (século XVI ou anos quinhentos).
Contudo, não foi apenas nas cidades italianas que houve produções artísticas renascentistas. Em países como Inglaterra, Países Baixos, Espanha, Portugal, Alemanha e França, também houve artistas ligados ao Renascimento.
Renascimento científico
Nas ciências, a oposição foi mais acentuada, com os cientistas passando a questionar teorias milenares, como a substituição do geocentrismo ptolomaico (a Terra como centro do Universo) pelo heliocentrismo (o Sol como centro do Universo).
A emergência do Renascimento esteve relacionada ao novo processo de urbanização de algumas regiões europeias e à reabertura de rotas comerciais, principalmente no Mediterrâneo. Essas mudanças proporcionaram o enriquecimento e o fortalecimento da burguesia nascente, que pôde financiar a produção de inúmeros artistas, principalmente por meio dos mecenas. As trocas comerciais em diversos pontos do Mediterrâneo possibilitaram o contato dos europeus com os bizantinos e os árabes, que haviam conservado as obras e os conhecimentos da Antiguidade greco-romana.
Dessa forma, o Renascimento foi a primeira manifestação ideológica da burguesia europeia, que pretendia, com valores como o individualismo, o naturalismo e o hedonismo, se diferenciar da produção cultural medieval. Caso queira saber mais sobre o renascimento comercial e urbano, clique aqui.
Principais nomes do Renascimento
⇒ Artistas do Renascimento
Destacaram-se no campo das artes plásticas nomes como:
Sandro Boticelli;
Rafael Sanzio;
Pieter Brueghel;
Bosch;
El Greco;
Ambrogio Lorenzetti;
Michelangelo;
Leonardo da Vinci.
Estes dois últimos são exemplos de que os artistas do período não se limitavam a uma especialidade artística, contribuindo para a arquitetura e as ciências, por exemplo.
Na literatura, houve nomes como:
Dante Alighieri;
William Shakespeare;
Rabelais;
Miguel de Cervantes;
Nicolau Maquiavel;
Luiz Vaz de Camões.
Se quiser aprender mais sobre os artistas do Renascimento, leia nosso texto.
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
PINTO, Tales dos Santos.
"O que foi o Renascimento?"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-renascimento.htm. Acesso em 21 de novembro
de 2024.