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Romance urbano foi um tipo de narrativa produzida por autores do romantismo brasileiro no século XIX. Também chamado de “romance de costumes”, ele expõe o estilo de vida da elite burguesa da cidade do Rio de Janeiro enquanto conta uma história de amor. Assim, grande parte da crítica considera A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, como o primeiro romance urbano nacional.
Leia também: O que é um romance?
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre o romance urbano
- 2 - Características do romance urbano
- 3 - Obras do romance urbano
- 4 - Autores do romance urbano
- 5 - Criação do romance urbano
- 6 - Contexto histórico do romance urbano
Resumo sobre o romance urbano
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No romance urbano, o espaço da ação da narrativa é a cidade, em oposição ao meio rural.
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O romance urbano romântico retrata os costumes da elite burguesa carioca do século XIX.
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O primeiro romance urbano do Brasil, segundo alguns estudiosos, foi A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo.
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Já outros críticos consideram O filho do pescador, de Teixeira e Sousa, como o primeiro romance urbano nacional.
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Os romances urbanos do romantismo brasileiro foram produzidos no contexto histórico do Segundo Reinado.
Características do romance urbano
O romance urbano é uma narrativa longa cujo principal espaço de ação dos personagens é a cidade, em oposição ao campo. Nesse sentido, a cultura e os problemas da cidade são evidenciados nesse tipo de narrativa. Assim, os personagens são construídos de acordo com as características inerentes a moradores dos centros urbanos.
O romance urbano do romantismo brasileiro, também chamado de romance de costumes, apresenta as seguintes características:
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aspecto melodramático;
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prevalência de um final feliz;
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amor idealizado;
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costumes da elite burguesa;
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eventual crítica política e social;
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Rio de Janeiro como espaço da ação;
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mulher idealizada;
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heroísmo;
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dificuldade amorosa;
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divulgação de valores morais;
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linguagem simples.
Vale ressaltar que, apesar de a expressão “romance urbano” ser fortemente associada ao século XIX, ela também pode ser usada, na atualidade, para se referir a romances cujo espaço da ação são os grandes centros urbanos brasileiros. No entanto, nesse caso, as características do romance romântico já não se aplicam.
Afinal, na contemporaneidade, os problemas sociais são outros. Além disso, os protagonistas de nossos romances atuais não são mais apenas membros da elite brasileira, mas também integrantes de diferentes grupos sociais. De qualquer forma, são recorrentes características temáticas como: individualismo, solidão e violência.
Confira no nosso podcast: A figura do malandro na literatura brasileira
Obras do romance urbano
A seguir, os principais romances urbanos da literatura romântica brasileira:
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Joaquim Manuel de Macedo:
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A Moreninha (1844);
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A carteira de meu tio (1855);
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A luneta mágica (1869).
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José de Alencar:
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Lucíola (1862);
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Diva (1864);
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Senhora (1875).
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Manuel Antônio de Almeida:
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Memórias de um sargento de milícias (1854).
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→ Videoaula com análise de Memórias de um sargento de milícias
Autores do romance urbano
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Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882)
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José de Alencar (1829-1877)
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Manuel Antônio de Almeida (1830-1861)
Criação do romance urbano
No Brasil, o romance urbano surgiu com a chegada do romantismo. Assim, o primeiro romance urbano de nossa literatura foi A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, publicado em 1844. No entanto, alguns estudiosos defendem que o primeiro romance foi O filho do pescador, de Teixeira e Sousa (1812-1861), publicado em 1843.
Contexto histórico do romance urbano
O romance urbano do romantismo brasileiro está inserido no contexto histórico do Segundo Reinado (1840-1889), cujos principais acontecimentos históricos foram:
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Lei Eusébio de Queirós (1850);
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Guerra do Paraguai (1864-1870);
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Abolição da escravatura (1888);
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Fim da monarquia (1889).
Por Warley Souza
Professor de Literatura