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Taxa de Fecundidade

A Taxa de Fecundidade é um indicador demográfico útil para o planejamento de políticas públicas de educação, saúde e previdência.

As taxas de fecundidade possuem íntima relação com a renda e escolarização de uma população
As taxas de fecundidade possuem íntima relação com a renda e escolarização de uma população
Crédito da Imagem: Shutterstock
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A taxa de fecundidade é uma estimativa da quantidade de filhos que uma mulher teria ao longo de sua vida reprodutiva. É geralmente expressa como o número de nascimentos por 1.000 mulheres em idade fértil. No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a idade fértil da mulher está na faixa dos 15 a 49 anos.

Os governos acompanham as taxas de fecundidade para analisar se a sua população vai crescer, encolher ou ficar do mesmo tamanho. Esses dados são importantes para guiar políticas públicas, ações governamentais e até para antecipar um mercado consumidor. Por meio da taxa de fecundidade, é possível avaliar a quantidade de alimento que deve ser produzida, que tipo de transporte público será mais útil e que ações devem ser tomadas nas áreas de saúde, previdência e educação.

As taxas de fertilidade tendem a ser menores nos países desenvolvidos, como a França, Itália, Alemanha e Japão, e maior nos países subdesenvolvidos. Embora não seja regra, há diversas razões para isso.

As mulheres têm, nos países desenvolvidos, maior acesso a serviços de planejamento familiar e a métodos contraceptivos e vivem mais nas áreas urbanas. Além disso, têm mais acesso à educação e ao desenvolvimento profissional. Muitas mulheres optam por estudar ou investir na carreira profissional em vez de ter filhos. Muitos casais também optam por não ter filhos. Isso reduz a taxa de fertilidade nos países industrializados.

Renda e fertilidade

Os países desenvolvidos geralmente têm taxa de fertilidade muito menor, muitas vezes correlacionada com o maior poder aquisitivo, educação, urbanização e outros fatores. As taxas de mortalidade são baixas, o planejamento familiar é amplo e o acesso a métodos contraceptivos é facilitado. Outro fator impactante na baixa taxa de fecundidade são os custos muito altos para se ter um filho, pois há muitos gastos com educação, saúde, vestuário, alimentação e lazer.

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Além disso, períodos mais longos de tempo gasto na obtenção de ensino superior e de investimento na carreira profissional fazem com que as mulheres tenham o primeiro filho mais tarde ou optem por não ter. Vale ressaltar também que a taxa de participação feminina no mercado tem impacto negativo substancial sobre a fertilidade.

Já os países subdesenvolvidos, em geral (não é regra), possuem taxas de fertilidade mais elevadas que as dos países industrializados desenvolvidos. Diversos fatores são responsáveis por essa disparidade:

  • Nos países pobres, geralmente o acesso a contraceptivos é mais difícil;

  • Há adesão mais rigorosa às crenças tradicionais religiosas que não permitem o uso de métodos contraceptivos;

  • Possuem menos esclarecimento quanto à prevenção e ao planejamento familiar;

  • Há menores taxas de emprego para mulheres na indústria e em empregos qualificados;

  • Em países com taxas inferiores de urbanização, é comum que as famílias tenham muitos filhos para que eles possam auxiliar no trabalho no campo.

Existem muitos fatores que contribuem para a variação da taxa de fecundidade no mundo
Existem muitos fatores que contribuem para a variação da taxa de fecundidade no mundo

Há uma tendência mundial de queda das taxas de fecundidade, entretanto, nem sempre a relação entre desenvolvimento e taxa de fecundidade acontece da mesma maneira. Os Estados Unidos, por exemplo, apresentam taxas de fecundidade (2,02) mais altas que diversos países considerados subdesenvolvidos – como o Uruguai (1,9), Brasil (1.7) e a Tailândia (1,6). A taxa de fecundidade depende muito do investimento em planejamento familiar, da facilidade de acesso aos métodos contraceptivos e da taxa de urbanização. Por isso, embora alguns países subdesenvolvidos tenham questões sociais importantes a serem solucionadas, já possuem uma taxa baixa de fecundidade.


Por Amarolina Ribeiro
Graduada em Geografia

Escritor do artigo
Escrito por: Amarolina Ribeiro Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

RIBEIRO, Amarolina. "Taxa de Fecundidade"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/taxa-fecundidade.htm. Acesso em 13 de novembro de 2024.

De estudante para estudante


Lista de exercícios


Exercício 1

A respeito da taxa de fecundidade, avalie as proposições a seguir:

I) A taxa de fecundidade corresponde ao número de pessoas em um país ou região que optam por ter um ou mais filhos.

II) Damos o nome de taxa de fecundidade à estimativa do número médio de filhos que uma mulher tem ao longo da vida.

III) O número de nascimentos ocorridos em uma cidade, país ou região em um determinado período é o que chamamos de taxa de fecundidade.

IV) A taxa de fecundidade é a diferença entre nascimentos e mortes em um dado local durante um dado período.

V) Constitui a taxa de fecundidade a soma dos nascimentos ocorridos em um determinado país ou região, menos o número de crianças que morrem antes de completar um ano de vida.

Estão corretas as alternativas:

a) II e III.

b) II, III e IV.

c) I, II e III.

d) Todas as alternativas.

e) Apenas a alternativa II.

Exercício 2

Nas últimas décadas, tem havido um declínio acentuado nas taxas de fecundidade em vários países, em especial nos mais desenvolvidos. Sobre os fatores que ocasionaram essa mudança na demografia, estão corretas as proposições abaixo, exceto:

a) Aumento do êxodo rural e crescimento da urbanização.

b) Redução significativa das despesas para criação dos filhos.

c) Ampliação da participação da mulher no mercado de trabalho remunerado.

d) Disseminação e ampliação de métodos contraceptivos disponíveis.

e) Projetos de educação sexual que esclarecem a respeito dos métodos contraceptivos.