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A aurora polar é um fenômeno físico natural que ocorre nas regiões dos polos do planeta e é caracterizada pela formação de manchas esverdeadas no céu. As auroras são observadas no período noturno e ocorrem na altura da ionosfera terrestre. Quando esse fenômeno acontece no hemisfério norte, ele é denominado de aurora boreal; caso a ocorrência seja no hemisfério sul, o fenômeno é definido como aurora austral.
Tópicos deste artigo
- 1 - Como ocorre a aurora polar
- 2 - Ocorrência em outros planetas
- 3 - Auroras artificiais
- 4 - As auroras não são apenas um fenômeno bonito!
- 5 - Tempestades solares e as auroras polares
Como ocorre a aurora polar
A todo o instante, o Sol emite partículas elementares de altíssima energia e que possuem carga elétrica. Essa considerável emissão de partículas é denominada de vento solar. Quando elas chegam às proximidades da Terra, interagem com o campo magnético terrestre. Qualquer partícula eletricamente carregada que se movimente em uma região de campo magnético está sujeita a uma força magnética, que, nesse caso, conduz as partículas, de acordo com o sinal de suas cargas elétricas, para a região norte ou sul da Terra.
O movimento das cargas elétricas na atmosfera gera choques entre as partículas e as moléculas de oxigênio e nitrogênio. A partir desse momento, começa a ocorrer um fenômeno semelhante ao que acontece nas lâmpadas fluorecentes. As cargas elétricas transferem energia para os íons de oxigênio e nitrogênio, que, para retornarem ao seu estado fundamental, liberam a energia adquirida na forma de luz.
Ocorrência em outros planetas
As auroras não são fenômenos que ocorrem somente na Terra. Como o fenômeno depende do campo magnético gerado por um planeta e das partículas emitidas pelo Sol, sua ocorrência é percebida em outros planetas do Sistema Solar. As auroras dos planetas Júpiter e Saturno foram percebidas por observações feitas por meio do telescópio espacial Hubble. Em 2004, a sonda espacial Mars Express detectou a ocorrência de uma aurora no planeta Marte.
Auroras artificiais
Auroras podem ser criadas a partir da emissão de partículas elementares por uma explosão nuclear. Em julho de 1962, uma aurora foi criada artificialmente após o teste nuclear Starfish Prime, feito pelos Estados Unidos da América. O fenômeno artificial ocorre da mesma forma que o natural. A diferença está na origem das partículas elementares de alta energia.
As auroras não são apenas um fenômeno bonito!
Se as partículas que compõem o vento solar não fossem desviadas pelo campo magnético terrestre, elas poderiam causar uma série de transtornos, a saber:
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exposição à radiação solar;
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interrupção de sistemas elétricos;
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impossibilidade de comunicação via satélite;
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interrupção da transferência de dados pela internet;
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interrupção dos meios de telecomunicação.
Com a ocorrência das auroras, as comunicações de voos em regiões extremas do norte e sul do planeta, por exemplo, ficam prejudicadas em razão da interferência gerada pela presença das partículas elementares.
Tempestades solares e as auroras polares
Tempestades solares intensas podem maximizar a ocorrência de auroras polares e gerar prejuízos a tecnologias terrestres. Em setembro de 1859, uma tempestade solar elevou a quantidade normal de partículas emitidas e impossibilitou a comunicação via telégrafo. Nessa ocasião, o efeito foi batizado de Carrington Event, em homenagem ao astrônomo Richard Carrington. Estima-se que, se algo parecido ocorresse nos dias atuais, os impactos econômicos seriam 20 vezes maiores que aqueles causados pelo furacão Katrina.
Por Joab Silas
Graduado em Física