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Ginástica laboral

A ginástica laboral é a prática de exercícios corporais realizada por trabalhadores a fim de prevenir acidentes de trabalho e melhorar as condições de saúde.

Mulher se alongando em frente à mesa de trabalho, um exemplo de realização de ginástica laboral.
O alongamento é o principal exercício realizado na ginástica laboral.
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Ginástica laboral é a prática corporal realizada em ambiente de trabalho em prol do bem-estar dos trabalhadores. Entre os objetivos da ginástica laboral estão a prevenção de acidentes de trabalho, combate às doenças ocupacionais, tais como a ansiedade e o estresse, e aumento das capacidades funcionais dos colaboradores.

São tipos de ginástica laboral: preventiva, preparatória, corretiva e de relaxamento. Os exercícios orientados durante essa prática devem ser supervisionados por um profissional de Educação Física.

A redução de dores corporais decorrentes da má postura, a melhora da qualidade de vida no trabalho e o alívio do estresse acumulado são alguns benefícios proporcionados pela prática da ginástica laboral.

Leia também: Hidroginástica — uma atividade corporal realizada em um ambiente aquático

Tópicos deste artigo

Resumo sobre ginástica laboral

  • A ginástica laboral se divide em: preparatória, compensatória, de relaxamento e corretiva.

  • A ginástica laboral contribui para uma melhor qualidade de vida dos trabalhadores, atuando na prevenção de acidentes de trabalho.

  • O principal exercício realizado na ginástica laboral é o alongamento. Entre os tipos de alongamento estão: dinâmico, estático e passivo.

  • O surgimento da ginástica laboral está associado à ginástica de pausa, prática realizada em períodos de repouso por operários europeus.

  • A Rádio Taissô ou ginástica de rádio foi regulamentada em 1928 e começou a ser aplicada em empresas e escolas.

  • Em 1969, o programa Ginástica Matinal foi uma das iniciativas pioneiras de práticas corporais aplicadas aos trabalhadores no Brasil.

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Tipos de ginástica laboral

Existem alguns tipos de ginástica laboral, e alguns deles são definidos de acordo com o momento em que é realizada a prática — se antes, durante ou após a jornada de trabalho. Entenda melhor a seguir.

Ginástica laboral preparatória

A ginástica laboral preparatória é realizada antes do expediente de trabalho ou nas primeiras horas. A intenção é provocar uma preparação corporal de grandes musculaturas dos colaboradores que serão utilizadas ao longo das tarefas de trabalho.

A duração desse tipo de ginástica é de 15 minutos em média. As ações realizadas na ginástica laboral preparatória proporcionam melhor circulação sanguínea, bem como a melhora da oxigenação dos músculos. Esses efeitos são fundamentais para uma jornada de trabalho com mais qualidade.

Ginástica laboral compensatória

A ginástica laboral compensatória é feita durante o horário de trabalho e pode ser realizada de 10 a 20 minutos. O objetivo é justamente pausar as atividades de trabalho para poder compensar, por meio de exercícios específicos, os esforços repetitivos e a postura inadequada.

Ginástica laboral de relaxamento

A ginástica laboral de relaxamento acontece após o expediente e pode durar de 15 a 20 minutos. A intenção é alongar as musculaturas e causar um alívio do estresse acumulado no corpo. Os exercícios essencialmente se baseiam em alongamentos e evitam o acúmulo de ácido lático, prevenindo possíveis lesões.

Ginástica laboral corretiva

A ginástica laboral corretiva é utilizada para reduzir os efeitos negativos causados pelas atividades de trabalho. Sua prática deve ser ajustada de acordo com a realidade do ambiente de trabalho, isto é, observando quais ações os trabalhadores executam.

Por exemplo, uma pessoa que costuma levantar e carregar pesos do chão. Esse trabalhador recruta a musculatura do bíceps braquial para sustentar os objetos que são carregados e necessita de uma musculatura que envolve a coluna vertebral (como é o caso do quadrado lombar) fortalecida.

Dessa forma, os exercícios da ginástica laboral corretiva serão prescritos e orientados seguindo essas ações. A intenção, nesse caso, é fortalecer os músculos envolvidos nesses movimentos. As atividades da prática atuarão também na correção da má postura que é adquirida por meio do trabalho.

Saiba mais: Boa postura — um aspecto essencial para uma boa qualidade de vida

Benefícios da ginástica laboral

Confira a seguir quais são os benefícios da ginástica laboral:

Ilustração apontando vários benefícios proporcionados pela prática da ginástica laboral.

Além dos benefícios da prática, há também os benefícios proporcionados às empresas que aplicam programas de ginástica corporal:

  • oportunidade de maior integração entre os membros da equipe;

  • aumento da produtividade;

  • redução na quantidade de faltas dos colaboradores;

  • diminuição dos acidentes de trabalho.

Exercícios de ginástica laboral

Ilustração de uma mulher realizando diferentes tipos de alongamento durante uma sessão de ginástica laboral.
Na imagem, são apresentados vários exemplos de exercícios de alongamento que podem ser executados em uma sessão de ginástica laboral.

Na ginástica laboral, podem ser realizados os seguintes exercícios:

  • Alongamento passivo: é realizado com o auxílio de uma outra pessoa, que aplicará determinada força para aumentar a amplitude do movimento de quem está se alongando. É essencial realizar movimentos suaves, sem rapidez, bem como respeitar o limite de cada um. O processo de inspiração e expiração são fundamentais nesse e em qualquer tipo de alongamento.

  • Alongamento ativo ou dinâmico: é desempenhado pela própria pessoa que está se alongando. A prática consiste na maior amplitude alcançada em movimentos que permitem alongamento muscular. É necessário suavidade e ritmo tanto no mover quanto no respirar.

  • Alongamento estático: posição de alongamento de determinado grupamento muscular até a percepção da resistência máxima alcançada. É importante manter uma boa postura na execução.

Trabalhadores realizando ginástica laboral, com instrução de um profissional de educação física.
Trabalhadores em prática de ginástica laboral. Eles estão realizando um alongamento estático de membro inferior. [1]

Veja também: Ginástica de trampolim — um tipo de ginástica esportiva

História da ginástica laboral

A origem da ginástica laboral está associada à ginástica de pausa, termo utilizado pela indústria nos momentos de repouso dos operários europeus. A primeira vez que a ginástica de pausa foi registrada foi em um manual editado em 1925, na Polônia.

Em 1928, no Japão, foi regulamentada a prática do Rádio Taissô, que significa ginástica pelo rádio. A atividade foi inicialmente aplicada em empresas e escolas e atualmente é transmitida na emissora oficial de rádio japonesa. São comandos e orientações de exercícios padronizados que mobilizam milhares de japoneses a se exercitarem pela manhã.

A consolidação da ginástica laboral no Japão ocorreu nos anos 1960, com a obrigatoriedade da prática do tipo compensatória visando a prevenir acidentes de trabalho e aumentar a produtividade.

Os Estados Unidos começaram a utilizar a ginástica laboral no ano de 1968, a partir da criação da International Management Review. A iniciativa se tornou uma das mais importantes avaliações sobre a saúde do trabalhador.

No Brasil, um programa intitulado Ginástica Matinal começou a ser realizado pela equipe técnica da Fundação Ishibrás em 1969. Inspirado nos métodos sueco e francês, essa atividade era aplicada a 2.500 trabalhadores antes da jornada de trabalho. O objetivo era possibilitar maior disposição e melhor aprimoramento físico dos trabalhadores.

Em 1978, foi criada a primeira Associação de Rádio Taissô no Brasil. Com isso, empresas de origem japonesa que estavam instaladas no país adotaram a metodologia entre seus colaboradores.

A partir da década de 1990, a ginástica laboral da forma como é popularmente conhecida passou a ser disseminada pelo país. O período ficou marcado pela contratação de profissionais da Educação Física na condução desse tipo de atividade.

A Associação Brasileira de Ginástica Laboral (ABGL) foi criada em 2007, com o objetivo de fomentar o debate sobre a promoção da saúde no espaço de trabalho.

Crédito de imagem

[1] Joa Souza / Shutterstock

 

Por Lucas Afonso
Jornalista e profissional de Educação Física

Escritor do artigo
Escrito por: Lucas Afonso Jornalista pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e bacharel em Educação Física pelo Centro Universitário Internacional (Uninter).

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

AFONSO, Lucas. "Ginástica laboral"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/ginastica-laboral.htm. Acesso em 27 de abril de 2024.

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