A sarna, também chamada de escabiose, é uma doença contagiosa que se caracteriza por provocar coceira intensa na pele. Essa doença ocorre em todo o mundo e acomete ambos os sexos, todas idades, raças e níveis socioeconômicos. Vale salientar que animais também podem apresentar a sarna, entretanto, essa infecção decorre do contato com uma subespécie diferente daquela que infecta os humanos.
→ O que causa a sarna?
A sarna é um problema dermatológico causado por um ácaro da espécie Sarcoptes scabiei, variedade hominis. Esse ácaro é transmitido via contato direto (de pessoa para pessoa) ou, ainda, por objetos contaminados como roupas, roupas de cama e toalhas. Para que aconteça a transmissão, é necessário um contato prolongado com o indivíduo parasitado, destacando-se, por esse motivo, a contaminação após contato sexual.
Após o contato direto ou indireto, observa-se a transferência da fêmea recém-fecundada. Ela, então, atravessa a epiderme humana, dando origem a um sulco, chamado de túnel ou galeria. Nesses túneis, os ovos são depositados, a fêmea morre e, após três ou quatro dias, nascem as larvas. Elas sobem até a superfície da epiderme, escavando pequenas bolsas. De uma a duas semanas depois, essas larvas adquirem a forma adulta e copulam. O macho morre, e a fêmea, grávida, escava a galeria para colocar seus ovos, dando início a um novo ciclo.
→ Sintomas da sarna
A sarna desencadeia extrema coceira, causada principalmente pela movimentação do ácaro nos túneis criados por ele e pela hipersensibilidade desenvolvida pelo paciente em resposta ao parasita. Os túneis são as principais lesões de pele causadas pela doença e apresentam em suas extremidades pequenas vesículas. Por causa da coceira intensa, principalmente no período noturno, é comum o surgimento de escoriações, as quais podem servir de entrada para bactérias e provocar, dessa forma, infecções secundárias.
Os sintomas da escabiose, na primeira ocorrência da doença, surgem cerca de três a seis semanas após a infestação. Quando se trata de uma reinfestação, os sintomas aparecem com um a três dias depois da contaminação. As áreas mais afetadas são entre os dedos das mãos, as axilas, o punho, a região glútea, a cintura, as auréolas mamárias de mulheres e os genitais.
→ Tratamento
O tratamento depende das características de cada caso e pode utilizar medicamentos tópicos ou orais. Sendo assim, é necessário consultar um médico e nunca fazer uso de um medicamento que outra pessoa tenha utilizado para tratar o problema.
O tratamento é extremamente importante para frear a cadeia de transmissão, assim como é fundamental evitar o contato íntimo com o doente e com seus objetos. É importante destacar que, mesmo após o tratamento, a pessoa infectada pode apresentar sintomas por vários dias.
→ Sarna norueguesa
A sarna norueguesa é uma variedade mais grave da sarna clássica, causada pelo mesmo ácaro. Nessa doença, há o surgimento de crostas salientes e descamativas em uma grande área do corpo. Esse tipo é altamente contagioso, possui um tratamento mais difícil que a sarna clássica e apresenta risco elevado de infecções secundárias. Doentes imunodeprimidos são mais susceptíveis a essa infecção.
Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos
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SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Sarna "; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/doencas/sarna.htm>. Acesso em 26 de abril de 2018.