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As febres hemorrágicas são síndromes que, como o nome indica, apresentam como característica marcante a ocorrência de febre e manifestações hemorrágicas. Essas doenças podem ser consideradas um grave problema de saúde pública, uma vez que apresentam alta letalidade. A febre amarela, a malária, a febre hemorrágica da dengue e a leptospirose são exemplos desse tipo de ocorrência.
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Tópicos deste artigo
Características das febres hemorrágicas
Além dos quadros de febres e sangramentos, as febres hemorrágicas também podem causar outras manifestações clínicas nos pacientes, uma vez que os sintomas variam muito a depender do agente causador da febre hemorrágica e também de como o corpo reage ao agente causador.
As febres hemorrágicas podem apresentar-se de maneira mais leve ou evoluir rapidamente, podendo levar o paciente à morte. Desse modo, o recomendado é que o paciente receba tratamento rapidamente, antes mesmo da confirmação do agente causador da doença, a fim de garantir maior sucesso no tratamento. Entre as ações recomendadas, está a tentativa de correção das anormalidades de coagulação e a preservação das funções corporais.
Como as febres hemorrágicas podem ser desencadeadas por diferentes agentes etiológicos, há diferentes formas de transmissão. O vírus Ebola, por exemplo, é responsável por desencadear febre hemorrágica e é transmitido por meio do contato direto com sangue e fluidos corporais. Já a dengue, que apresenta a febre hemorrágica da dengue como uma de suas formas clínicas, é transmitida por meio da picada do mosquito Aedes aegypti contaminado.
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Exemplos de febres hemorrágicas
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Febre amarela: é uma doença viral transmitida por meio da picada de mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. Nas áreas silvestres, a transmissão ocorre por mosquitos do gênero Haemagogus ou Sabethes; na área urbana, a transmissão é feita pelo gênero Aedes. São sintomas da febre amarela: febre alta, dor de cabeça, dor muscular, vômito, fadiga e fraqueza. A doença pode levar a complicações como icterícia (coloração amarelada da pele e mucosas) e hemorragia.
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Febre hemorrágica da dengue: A dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti contaminado. Ela apresenta duas formas clínicas principais, a chamada dengue clássica e a febre hemorrágica da dengue. Dentre os sintomas da doença estão dores musculares, dor de cabeça, prostração, dor atrás dos olhos, febre e manchas na pele. Na febre hemorrágica da dengue temos febre alta, hemorragia e aumento anormal do fígado.
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Febre hemorrágica brasileira: doença provocada pelo vírus da família Arenaviridae que pode ser transmitida pela inalação de partículas formadas a partir da saliva, fezes e urina de pequenos mamíferos contaminados ou pelo contato prolongado e próximo com o doente por meio de suas secreções ou excreções. São sintomas: febre, dores no corpo, dor de cabeça, manchas vermelhas, sensibilidade à luz e sangramento de mucosas. À medida que a doença avança, pode-se observar confusão mental, convulsões e alterações comportamentais.
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Febre tifoide: doença contraída, principalmente, por meio de água e alimentos contaminados pela bactéria Salmonella enterica sorotipo Typhi. Dentre os sintomas atribuídos à febre tifoide, podemos citar febre alta, dor de cabeça, retardamento do ritmo cardíaco, manchas no corpo, aumento do baço e tosse seca. A febre tifoide pode apresentar complicações, sendo a hemorragia intestinal a principal delas.
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Leptospirose: é contraída a partir do contato com urina de animais contaminados com a bactéria Leptospira interrogans. São sintomas: febre, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, vômito, icterícia. Na forma grave da doença, observa-se uma manifestação clássica (síndrome de Weil) com a presença da tríade icterícia, hemorragia e insuficiência renal.
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Malária: doença causada por um protozoário transmitido por meio da picada de um mosquito do gênero Anopheles infectado. Seus principais sintomas são dores de cabeça, febre alta, calafrios, sudorese, cansaço e vômito. Nos quadros graves da doença, o paciente pode apresentar hemorragias, convulsões, falta de ar e alterações de consciência.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia