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Em todo o planeta, uma grande quantidade de doenças afeta a população. Algumas são velhas conhecidas de todos e frequentemente somos acometidos por elas, outras, no entanto, surgem sem sinais e causam grande destruição. Existem ainda doenças que não eram mais motivo de preocupação, mas que acabaram retornando e fazendo novas vítimas.
As doenças infecciosas podem ser classificadas de acordo com o seu comportamento epidemiológico em dois tipos: doenças emergentes e reemergentes. Esses dois conceitos são utilizados quando analisamos uma população especificamente, uma vez que uma doença pode emergir em um local e reemergir em outro.
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O que são doenças emergentes?
A doença emergente é um problema de saúde novo em que sua incidência cresceu nos últimos anos. Pode ser também um problema conhecido, mas que, ultimamente, tem aparecido com mais frequência.
Um exemplo importante de doença emergente é a AIDS, que se iniciou em dois principais locais: Estados Unidos e África. Posteriormente, ela se espalhou por todo mundo e teve um grande impacto negativo, uma vez que matou milhares de pessoas.
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O que são doenças reemergentes?
As doenças são reemergentes quando são conhecidas há algum tempo, estavam controladas, mas agora retornaram, causando preocupação aos seres humanos. As doenças podem aparecer novamente quando, por exemplo, um novo vetor é inserido no local. A reemergência também pode indicar problemas na vigilância sanitária.
Como exemplo de doença reemergente, podemos citar a dengue, uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Ela emergiu no Brasil em 1982 com uma epidemia em Roraima e, posteriormente, foi erradicada, após uma campanha contra a febre amarela que acabou com todos os vetores. Entretanto, o mosquito retornou e, com ele, a doença, que mata várias pessoas todos os anos.
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Quais fatores influenciam a emergência e reemergência de doenças?
Podemos citar fatores demográficos, ambientais e econômicos, baixo desempenho do setor da saúde, mudanças e adaptação dos micro-organismos e manipulação de organismos. A degradação ambiental merece destaque por permitir o aparecimento de novas enfermidades e o reaparecimento de outras consideradas como erradicadas, uma vez que garante que vetores e agentes etiológicos desloquem-se e acabem contaminando a população.
Não podemos nos esquecer também de citar a facilidade de migração observada nos dias atuais, que acaba por levar organismos causadores de doenças de uma área para outra de maneira extremamente rápida, o que favorece a emergência e reemergência de doenças. Por essa razão, é essencial que investimentos em pesquisas sobre essas doenças sejam feitos a fim de evitar sua disseminação e garantir o tratamento de pacientes quando o avanço é incontrolável.
Por Ma. Vanessa dos Santos