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A gravidez é um período extremamente marcante e sonhado por um grande número de mulheres. São nove meses de angústias, dúvidas e também felicidade e novas descobertas. A gestação finaliza-se com o parto, um momento extremamente delicado que se caracteriza pela expulsão do feto e também dos anexos embrionários.
O parto, por ser o momento mais importante de toda a gravidez, deve ser precedido de um pré-natal bastante minucioso. Conhecer as condições de desenvolvimento do bebê é essencial para saber como o nascimento poderá ser conduzido.
Existem dois tipos principais de parto: o normal, em que temos a forma natural de se dar à luz, e a cesariana, em que se realiza um corte no abdômen para a retirada do bebê. O primeiro tipo, apesar de ser o modo mais saudável de parto por não envolver procedimento cirúrgico, nem sempre é a primeira opção da gestante. Isso se deve ao fato principal de que, ao agendar o parto, médicos e mães garantem uma maior comodidade, além de evitarem as longas horas de espera por um parto normal.
Entretanto, apesar de parecer a maneira mais adequada de realizar o parto, o agendamento da cesariana é desestimulado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), principalmente por causar, muitas vezes, partos prematuros. Estima-se que 40% do total de partos do nosso país sejam cesárias. Se analisarmos apenas a rede particular, a cesariana representa 80% dos partos realizados. É importante destacar que a OMS recomenda que a cesariana não represente mais de 15% das formas de nascimento em um país.
De acordo com a OMS, a cesariana é uma cirurgia de emergência e deve ser tratada como tal, sendo, portanto, desnecessária a realização desse procedimento quando a gravidez não for de risco ou a mulher não apresentar sérios problemas de saúde. Diversos estudos relatam que o parto normal é muito mais seguro que as cesarianas, que apresentam um número relativamente alto de mortes maternas e infantis. Entre os principais riscos, podemos citar as infecções, hemorragias e complicações decorrentes da anestesia. Além disso, crianças que nascem de parto normal costumam apresentar menos casos de doenças respiratórias, autoimunes e até mesmo obesidade.
Entretanto, nem sempre é possível realizar um parto normal, momento no qual se faz necessária uma intervenção cirúrgica. Entre os principais problemas que podem indicar uma cesariana, podemos destacar o bebê “sentado”, placenta prévia, ruptura uterina e descolamento precoce da placenta.
Um modelo de parto que vem ganhando força em todo o mundo é o humanizado. Esse tipo de parto deixa o momento do nascimento o mais acolhedor possível, possibilitando que a mulher escolha a posição na hora do parto e as pessoas que estarão com ela nesse momento. Além disso, prioriza-se o mínimo possível de intervenção médica. Por meio dessa forma de dar à luz, o primeiro contato da mãe com o recém-nascido ocorre de forma mais rápida.
No parto humanizado, é comum a presença da doula, uma pessoa responsável por indicar formas de aliviar as dores e também garantir um maior suporte emocional para a gestante e o pai da criança. Apesar da presença dessa pessoa ser muito importante para algumas gestantes, não são todas as maternidades que permitem a sua entrada.
Outro ponto importante sobre o parto humanizado diz respeito à presença de médicos. Essa medida é necessária, apesar de ocorrer poucas intervenções, para garantir um parto seguro e sem complicações para a mãe.
O parto é um momento especial na vida de um casal e, portanto, deve ser realizado respeitando-se as necessidades e vontades de cada indivíduo. Ouvir a mãe nesse momento garante que a experiencia seja o menos traumática possível e é por isso que há o crescente aumento da procura por partos humanizados.
Com os textos que estão dispostos logo mais abaixo, você conhecerá um pouco mais a respeito dos partos, quando cada tipo deve ser realizado e por que a cesária ainda é indicada, apesar de seus riscos. Conhecerá também as diferentes posições de parto e os locais que garantam uma experiência menos dolorosa, como é o caso do parto na água.
Boa leitura!
Por Ma. Vanessa dos Santos