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O parto de cócoras é realizado assim como o parto normal, mudando somente a posição da gestante. Ele possui diversas vantagens, como maior rapidez, já que a força da gravidade auxilia na saída do bebê, e o próprio agachamento permite um alargamento do canal vaginal em cerca de 30%, em razão da separação natural dos ossos da pelve e relaxamento dos músculos que ali se encontram. Dessa forma, a dor também é menor, assim como a compressão de diversos vasos sanguíneos. A recuperação imediata da mãe e a possibilidade da participação do companheiro, em todo o processo, são outros pontos favoráveis à técnica.
Bastante utilizado até meados do século XVII, até a introdução do parto deitado, pelos franceses, esse tipo de parto tem sido resgatado nos últimos anos. Isso porque a preocupação em relação ao bem-estar da parturiente e do bebê tem aumentado significantemente, fazendo com que as futuras mães recorram a métodos menos traumáticos a ambos. Os médicos Moisés e Cláudio Paciornik são os precursores do retorno da técnica em nosso país.
Como a vida moderna permite com que tenhamos cadeiras, almofadas e outras formas confortáveis de nos sentar e nos locomover sempre à nossa disposição, em contraste ao hábito de se agachar e fazer longas caminhadas encontrados em grupos indígenas; manter-se nessa posição, até por pouco tempo, nem sempre é uma tarefa fácil de ser realizada. Dessa forma, para esses partos, existe uma banqueta especial, que auxilia o ato de assumir tal postura. Além disso, existem grupos que orientam a prática de exercícios específicos, para a mulher, e também sugerem como os futuros pais devem conduzir o parto. O lado ruim disso tudo é que nem todas as clínicas possuem a tal banqueta e poucos médicos se habilitam a realizar esse procedimento.
Importante:
O parto de cócoras só pode ser feito por mulheres que tiveram gestação saudável e em situações nas quais o bebê esteja posicionado de cabeça para baixo.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia