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O Brasil é campeão em cesáreas, mesmo quando não há a necessidade de se recorrer a ela. Em situações ainda mais graves, a mulher é submetida a esse tipo de parto sem, ao menos, ter optado por isso. Além disso, em muitos centros de atendimento, a gestante não pode requerer a presença de alguém de sua estima durante o parto e, tampouco, durante sua internação, caso seja necessário; e não são raros os relatos nos quais há um abuso, ou falta de consideração pelos sentimentos da futura mãe, durante este momento tão importante.
Assim, partos humanizados têm sido cada vez mais requeridos e reivindicados, e consistem em um processo no qual o respeito aos processos fisiológicos e emocionais da gestante e de seu bebê são objetivados. Desta forma, a não ser em casos extremos, em detrimento da cesárea, o parto normal é adotado, e na posição que a mulher preferir; cabendo ao obstetra somente acompanhar o processo, interferindo o mínimo possível, ou seja: somente quando necessário ou requerido. Assim, a raspagem de pelos pubianos, corte do períneo, o uso de soro com ocitocina, restrição dos movimentos, e separação do bebê logo após o parto, dentre outros aspectos, não são considerados. A presença do companheiro, e/ou de outro acompanhante é estimulada, principalmente porque oferece mais tranquilidade à parturiente, e evita abusos por parte dos profissionais da saúde. Além disso, métodos alternativos para driblar a dor são adotados, como massagens, banhos e exercícios.
Nem todos os médicos são preparados para tal, principalmente porque muitos acreditam que tal processo “desperdiça tempo”. Assim, caso a mulher deseje ter esta experiência, ao dar a luz a seu filho, deve pesquisar desde já como deve proceder para ter um parto humanizado, lembrando que o mesmo proporciona recuperação mais rápida à mulher, e menores riscos ao bebê.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia