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As mitocôndrias são organelas celulares relacionadas com o processo de respiração celular. São frequentemente referidas como “casas de força” das células, pois, por meio do processo de respiração celular, uma grande quantidade de ATP é gerada.
Leia também: O que é ATP?
Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre mitocôndrias
- 2 - Características das mitocôndrias
- 3 - Função das mitocôndrias
- 4 - Origem das mitocôndrias
Resumo sobre mitocôndrias
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As mitocôndrias são encontradas em células eucariontes.
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Mitocôndrias estão relacionadas com o processo de respiração celular e são encontradas em maior número em células que apresentam grande atividade metabólica.
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Mitocôndrias são organelas que apresentam dupla membrana.
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A membrana mais interna da mitocôndria forma as cristas mitocondriais.
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As cristas mitocondriais delimitam a matriz mitocondrial, na qual são encontradas proteínas, DNA, RNA e ribossomos.
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O DNA das mitocôndrias é semelhante ao de bactérias.
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A origem das mitocôndrias pode ser explicada pela teoria endossimbiótica.
Características das mitocôndrias
As mitocôndrias são organelas de formato esférico ou alongado encontradas em quase todas as células eucariontes, isto é, células que se caracterizam pela presença de material genético envolto pela membrana nuclear. Em células procariontes, as mitocôndrias não estão presentes.
O número de mitocôndrias varia de uma célula para outra, porém, normalmente, observam-se centenas de mitocôndrias em uma única célula. Um número maior é observado em células que apresentam grande atividade metabólica. Além disso, as mitocôndrias acumulam-se nos locais do citoplasma que possuem maior gasto de energia.
Essas organelas apresentam um comprimento que varia de 1,0 µm a 10 µm e largura entre 0,5 µm e 1,0 µm. Apresentam duas membranas: uma membrana interna, que apresenta projeções para seu interior (cristas mitocondriais), e uma membrana mais externa, que é lisa. Entre a membrana externa e a interna, há o chamado espaço intermembranoso. A membrana interna, por sua vez, delimita um espaço interno, o qual contém a matriz mitocondrial.
As cristas mitocondriais são responsáveis por garantir o aumento da superfície da membrana interna. Nessa crista, é possível perceber a presença de enzimas e também outros componentes que são importantes no processo de respiração celular. As células que consomem muita energia apresentam mitocôndrias com grande quantidade de cristas.
Na matriz mitocondrial, encontra-se uma grande quantidade de enzimas que atuam na respiração celular, outras proteínas, material genético (DNA e RNA) e ribossomos. O DNA encontrado nas mitocôndrias é muito semelhante ao das bactérias, apresentando-se como filamentos duplos e circulares. Os filamentos de DNA são sintetizados na própria organela, e sua duplicação ocorre sem interferência do DNA nuclear.
Como dito, o RNA está também presente nas mitocôndrias. Nessas organelas, ocorrem o RNA ribossomal, RNA mensageiro e RNA transportador. Os ribossomos também são encontrados no interior das mitocôndrias, porém são diferentes daqueles encontrados no citoplasma da célula. Esses ribossomos da mitocôndria são menores e assemelham-se muito aos das bactérias.
Nas mitocôndrias, também são sintetizadas algumas proteínas, mas em menor quantidade. As mitocôndrias são capazes de se fundir e de se dividir por fissão binária, assim como organismos procariontes.
Função das mitocôndrias
As mitocôndrias funcionam como um sítio do processo de respiração celular. Esse processo metabólico extrai energia armazenada na glicose e também em outros combustíveis orgânicos, havendo decomposição desses combustíveis, na presença de oxigênio, em gás carbônico e água. A energia liberada é utilizada para realizar diversas atividades celulares, como o transporte através da membrana. Se quiser compreender mais detalhadamente o processo de respiração celular, acesse o texto: Respiração Celular.
Origem das mitocôndrias
A origem das mitocôndrias, e também dos cloroplastos, é explicada por meio da teoria endossimbionte. De acordo com essa teoria, um ancestral das células eucariontes fagocitou um pequeno procarionte ancestral aeróbio (utilizava oxigênio para metabolizar as moléculas orgânicas), que começou a viver em seu interior. Esse procarionte ancestral foi englobado, mas não foi digerido pela célula e, por fornecer vantagem a essa célula, começou a viver de maneira simbiótica, isto é, em uma relação que beneficiava todos os envolvidos.
Algumas características das mitocôndrias sugerem que essa teoria realmente está correta, como a presença de duas membranas, a capacidade de se dividir como alguns procariontes, a presença de DNA circular e a presença de ribossomos semelhantes aos de procariotos.Leia também: Teoria endossimbiótica