Coordenação motora é a articulação entre os sistemas musculoesquelético sensorial e nervoso para execução de movimentos complexos, como andar, correr, pular, escrever e desenhar. Essas atividades integram o funcionamento conjunto e harmonioso de músculos, olhos, ossos e outras partes do corpo. Esses movimentos são realizados por uma série de movimentos menores coordenados, ritmados e sincronizados que permitem precisão, equilíbrio e fluidez.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre coordenação motora
- 2 - O que é coordenação motora?
- 3 - Tipos de coordenação motora
- 4 - Objetivos de trabalhar a coordenação motora
- 5 - Como estimular a coordenação motora?
- 6 - Atividades de coordenação motora
Resumo sobre coordenação motora
- A coordenação motora diz respeito à articulação entre os sistemas nervoso, musculoesquelético e sensorial para realização de movimentos complexos.
- Movimentos complexos envolvem atividades como andar, correr, nadar, desenhar, escrever etc.
- Atividades como correr, pular, andar, nadar e dançar mobilizam grandes grupos de músculos e fazem parte da coordenação motora ampla.
- Atividades como escrever, amassar, digitar e desenhar mobilizam pequenos grupos de músculos e fazem parte da coordenação motora específica.
- Trabalhar a coordenação motora é importante para o desenvolvimento da autonomia nas atividades diárias, para a consciência corporal e para orientação espacial.
- O desenvolvimento da coordenação motora é essencial na infância e continua acontecendo durante toda a vida.
O que é coordenação motora?
A palavra coordenação se refere à organização e funcionamento conjunto de diferentes partes ou sistemas. A palavra motora se refere a movimento ou locomoção. Assim, a coordenação motora diz respeito a capacidade de articular movimentos, ou seja, de realizar atividades que envolvem diversos tipos de movimento e exigem a ação de diferentes sistemas corporais.
Por exemplo, para atravessar a rua, mobilizamos nosso sistema nervoso central ao escolher atravessar na faixa de pedestres e irmos de uma calçada para outra e para comandar o movimento do nosso corpo. Nosso sistema musculoesquelético contém ossos, músculos, ligamentos, tendões e articulações responsáveis por todo o movimento de andar, realizando um passo após o outro. Nosso sistema sensorial percebe o ambiente, onde está a calçada, o asfalto, se estão vindo carros, se o sinal para pedestres está verde, obstáculos no caminho etc.
A coordenação motora diz respeito à articulação de movimentos complexos, sendo o processo que garante sua realização de maneira eficaz. Para funcionar, essa articulação de movimentos necessita de harmonia entre velocidade e ritmo de diversos movimentos independentes, promovendo equilíbrio e precisão na ação realizada.
Essa é uma habilidade desenvolvida ao longo da vida. Recém-nascidos possuem baixa habilidade motora e, ao longo do desenvolvimento, vão aprendendo a realizar movimentos cada vez mais complexos. Segurar um objeto, engatinhar, andar, correr, arremessar são ações que requerem coordenação motora e são essenciais principalmente na infância e adolescência. Embora sejam desenvolvimentos humanos essenciais para a sobrevivência nesses períodos, ela continua sendo aprimorada durante toda a vida. A prática de esportes é um exemplo de atividade que desenvolve a coordenação motora em todas as idades.
Tipos de coordenação motora
A coordenação motora pode ser ampla ou específica. De modo geral, a coordenação dos nossos movimentos é integrada à percepção visual, que ajuda a nos localizar no espaço e a tornar nossos movimentos precisos. Essa integração é chamada de coordenação visomotora e é parte tanto da coordenação motora ampla como da específica.
- Coordenação motora ampla (ou grossa): nesse tipo de coordenação motora, há a mobilização de grandes grupos musculares, como os presentes na cabeça, tronco, braços e pernas. Os movimentos da coordenação motora ampla são de locomoção e equilíbrio, como andar, correr, saltar, pular, arremessar e nadar.
- Coordenação motora específica (ou fina): nesse tipo de coordenação motora, há a mobilização de pequenos grupos musculares, como os presentes nas mãos, pés, dedos e olhos. Os movimentos da coordenação motora fina são de precisão e destreza, como manipular objetos, escrever, desenhar, amarrar, digitar.
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Objetivos de trabalhar a coordenação motora
O desenvolvimento da coordenação motora tem diversos benefícios para a saúde e qualidade de vida. Atividades do cotidiano, como lavar a louça, vestir-se, alimentar-se, tomar banho, exigem coordenação motora. Assim, seu desenvolvimento promove a autonomia, fornecendo independência nas atividades diárias. Isso é especialmente importante para crianças, pois, na infância, desenvolvemos habilidades motoras e gradualmente vamos ficando mais independentes.
Em pessoas idosas, atividades que desenvolvem a coordenação motora são essenciais para a garantia da qualidade de vida e independência. No caso de doenças ou processo natural de envelhecimento, podemos perder uma parte de nossa capacidade de coordenação motora. Trabalhar essa capacidade é essencial para manter a qualidade de vida.
Os benefícios de trabalhar a coordenação motora também contribuem para melhorar a precisão e fluidez dos movimentos e aprimorar a consciência corporal e orientação espacial. Por exemplo, dançar é uma atividade que requer consciência corporal, que significa a percepção do corpo e sua amplitude de movimentos. Requer também orientação espacial, sendo necessária a noção de onde estamos em um espaço que tem limites e obstáculos.
Como estimular a coordenação motora?
A coordenação motora pode ser estimulada com atividades que envolvam a integração dos sistemas nervoso, sensorial e musculoesquelético. São exemplos circuitos de exercícios que envolvem pular, subir, descer, arremessar e outras atividades que exigem a mobilização de músculos presentes em diversas partes do corpo, como pernas, braços, costas, pescoço.
A melhoria da capacidade de coordenação motora pode ser trabalhada com atividades que promovam essa integração e que sejam feitas de uma maneira estruturada com variedade, ou seja, atividades que ofereçam novidades e que não repitam padrões já assimilados. Por isso, a inovação nos exercícios é importante, acrescentando desafios, como uma nova escada, uma nova organização de obstáculos, como cones, a um circuito, entre outros. É importante que tenha repetição, promovendo assim a assimilação de novos padrões e o fortalecimento da memória muscular.
A progressão gradual é essencial para respeitar os limites do corpo, aumentando gradativamente a complexidade e intensidade das atividades. Dessa maneira, os exercícios que estimulam a coordenação motora, como desenhar, seguem uma progressão. Quando estamos aprendendo a desenhar, começamos por formatos mais simples e, uma vez que dominamos o nível, passamos a praticar técnicas mais elaboradas. Treinar desenhos faz parte do estímulo à coordenação motora específica.
Atividades de coordenação motora
Atividades que estimulam a coordenação motora ampla incluem caminhar, correr, pular corda, dançar, praticar esporte, como futebol, vôlei, basquete, e diversas outras. Circuitos de exercícios físicos podem ser úteis no desenvolvimento da coordenação motora, oferecendo obstáculos e exigindo mudanças abruptas de rota.
Atividades que exigem concentração, precisão e destreza são ideais para o desenvolvimento da coordenação motora específica. Por exemplo, o origami consiste em criar esculturas em papel a partir de dobraduras. Criar origamis exige precisão das mãos e dedos, desenvolve o planejamento motor e requer precisão e fluidez nos movimentos.
A ação de escrever é um exemplo de atividade que exige a coordenação motora fina. A percepção visual do papel e do lápis, a pressão que devemos exercer sobre a folha, o tamanho das letras, que deve ser apropriado às linhas e suas formas específicas, são aspectos que exigem precisão e destreza das mãos e dedos. É comum que se incentivem crianças em idade em fase de alfabetização a treinar a caligrafia com cadernos específicos para desenvolver essa habilidade.
Fontes
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