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O nosso organismo é uma máquina perfeita que necessita que cada variável esteja completamente ajustada para que o seu funcionamento ocorra de maneira correta. Se a temperatura está muito elevada, por exemplo, podem ocorrer alterações no estado mental, o comprometimento de órgãos e, até mesmo, a morte do indivíduo.
A homeostase, termo criado por Walter Cannon, pode ser definida como a habilidade de manter o meio interno em um equilíbrio quase constante, independentemente das alterações que ocorram no ambiente externo. O meio interno, por sua vez, é definido como os fluidos que circulam pelas nossas células, o chamado líquido intersticial.
Para manter a homeostasia, nosso meio interno deve manter certos valores sem alterações. Isso é conseguido graças a diversos processos fisiológicos que ocorrem de maneira coordenada e que garantem o equilíbrio. Os processos de respiração, digestão e excreção garantem, por exemplo, que o meio interno tenha oxigênio e nutrientes necessários à célula e que substâncias tóxicas que possam causar danos ao corpo sejam retiradas do organismo.
Quando o meio interno não está em equilíbrio, seja por mudanças externas, seja por disfunções internas, ocorre uma perturbação da homeostase, o que pode resultar em doença. Caso a homeostase não seja restabelecida, pode ocorrer a morte do indivíduo. Entre as variáveis que devem permanecer em equilíbrio para que haja a homeostase, podemos destacar a temperatura corpórea, o pH dos líquidos corporais, a pressão arterial e a frequência cardíaca.
Para garantir a homeostase, o nosso organismo conta com alguns recursos: o sistema nervoso e o sistema endócrino. O sistema nervoso informa que algo de errado está acontecendo no interior do corpo e produz uma resposta a determinado estímulo. O sistema endócrino, por sua vez, secreta mensageiros químicos.
Os mecanismos de controle da homeostase ocorrem normalmente por processos de feedback negativo, ou seja, processos que revertem a direção de uma determinada mudança. Se a pressão arterial está alta, por exemplo, diversas reações acontecem para que a pressão caia. Por meio dessas alterações, é possível controlar quando uma variável está em excesso ou deficiente no organismo.
Por Ma. Vanessa dos Santos