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Biotina (vitamina B7 ou vitamina H) é uma vitamina do complexo B que participa de diferentes reações em nosso organismo. É bastante conhecida por seu papel no fortalecimento de cabelos e unhas. A biotina é obtida por meio da dieta, entretanto, sua síntese ocorre também em nosso intestino. A deficiência de biotina é considerada rara, porém pode acontecer em algumas situações, como em pessoas com má absorção intestinal. Nessas situações, a suplementação da vitamina pode ser recomendada.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre a biotina
- 2 - O que é biotina?
- 3 - Fontes de biotina
- 4 - Importância da biotina
- 5 - Deficiência de biotina
- 6 - Uso da biotina
Resumo sobre a biotina
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A biotina é também chamada de vitamina B7 ou vitamina H.
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É uma vitamina do complexo B necessária em diferentes funções metabólicas.
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Pode ser encontrada, por exemplo, em vegetais, leite, levedura e oleaginosas.
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Também é sintetizada por bactérias intestinais.
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Sua deficiência é considerada rara.
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Alguns dos sintomas da sua deficiência são perda de cabelo e conjuntivite.
O que é biotina?
A biotina (vitamina B7 ou vitamina H) é uma vitamina pertencente ao grupo das vitaminas do complexo B. Trata-se de uma vitamina hidrossolúvel, ou seja, é solúvel em compostos polares. Essas vitaminas são difíceis de armazenar, sendo seu excesso liberado na urina. A fórmula química da biotina é: C10H16O3N2S.
Fontes de biotina
A biotina pode ser obtida por meio da alimentação ou por meio de suplementação, sendo esta realizada apenas quando por recomendação médica. Vale salientar que a vitamina é também sintetizada por bactérias que vivem em nosso intestino.
Dentre os alimentos que contêm biotina, podemos citar:
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avelã;
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amendoim;
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amêndoa;
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noz;
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castanha de caju;
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farelo de trigo;
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farelo de aveia;
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ovos;
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leite;
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leveduras;
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cogumelos;
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batata-doce;
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peixes.
A maior quantidade de biotina pode ser observada em alimentos do grupo das oleaginosas. A dose diária recomendada dessa vitamina é de 30-100 μg/dia.
Importância da biotina
A biotina é uma vitamina participante de diferentes vias metabólicas, estando relacionada com reações do metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas. Destaca-se também por ser coenzima para reações de carboxilação metabólica e participar da síntese de algumas proteínas.
A biotina também está relacionada com o processo de queratinização. Essa função é o motivo pelo qual a biotina é recomendada por alguns profissionais para a manutenção de unhas e cabelos saudáveis. Entretanto, alguns pesquisadores sugerem que a suplementação deve ser feita apenas por pessoas com deficiências da vitamina.
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Deficiência de biotina
A deficiência de biotina trata-se de um evento considerado raro. Em pessoas que possuem problemas de absorção intestinal, no entanto, esse problema é observado com maior frequência.
Além disso, pessoas que ingerem grande quantidade de ovo cru também podem desenvolver o problema. Nesse caso, a deficiência ocorre, pois, no ovo cru, há uma glicoproteína chamada avidina, a qual impede a aborção intestinal de biotina.
O indivíduo que apresenta deficiência da vitamina biotina pode apresentar sintomas como:
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dermatite esfoliativa ao redor de olhos, nariz e boca;
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queda de cabelo por atrofia dos folículos pilosos;
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conjuntivite;
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dificuldade de manter a coordenação motora.
Uso da biotina
A biotina é vendida no Brasil em associação com polivitamínicos, sendo a forma isolada da vitamina obtida apenas em farmácia de manipulação. Seu uso é recomendado, por exemplo, no tratamento da deficiência de biotinidase — um erro inato do metabolismo em que o paciente se apresenta incapaz de reciclar a biotina endógena ou utilizar a biotina ligada às proteínas da dieta. Desse modo, o paciente com deficiência de biotinidase perde a biotina pela urina.
A biotina é também recomendada por alguns profissionais para fortalecer as unhas e no tratamento de queda de cabelo.
Importante: Ainda há muito debate sobre o tema. Alguns estudos demonstram, por exemplo, que apenas pessoas com a deficiência de biotina se beneficiam com a suplementação.
Fontes
Alberts, B. et al. Fundamentos da biologia celular. 3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
Chaves, K. L. L.; Maia, F. A.; Almeida, M. T. C. Efeitos da deficiência e do excesso de vitaminas no organismo. Disponível em: http://www.fepeg2014.unimontes.br/sites/default/files/resumos/arquivo_pdf_anais/resumo_expandido_extensao_pronto_0.pdf.
Novaes, V. V.; Gomes, N. A. A. A. Uso de Biotina na prevenção e tratamento da queda capilar: Uma revisão da literatura. Disponível em: https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/bitstream/123456789/3391/1/Artigo%20TCC%20%20-%20Vit%C3%B3ria%20Novaes.pdf.
Silva, I. C. F.; Cho, L. Y.; Sakane, K. K. Análise da biotina em amostras de vitaminas comerciais e manipulada utilizando espectroscopia no infravermelho FTIR-UATR. XX Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVI Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VI Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. Disponível em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2016/anais/arquivos/RE_0426_0145_01.pdf.