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Píton

Píton é o nome dado a diferentes espécies de serpentes da família Pythonidae. Não possuem veneno e são animais constritores, assim como a jiboia e a sucuri.

Uma píton-verde-arborícola com o corpo enrolado em um galho de árvore.
Existem diferentes espécies de pítons, as quais podem ser encontradas na Ásia e na África. Na foto, está representada a espécie Morelia viridis.
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Píton é o nome usado para fazer referência a diversas espécies de serpentes da família Pythonidae. São serpentes que não ocorrem naturalmente no Brasil, sendo encontradas na Ásia e África. As pítons estão entre as maiores serpentes conhecidas, sendo a píton-reticulada a maior espécie de serpente em comprimento do planeta.

Essas serpentes são espécies constritoras, o que significa que elas se enrolam no corpo de sua presa e o apertam, causando a morte devido à interrupção do fluxo sanguíneo. São animais que não possuem veneno.

Veja também: Serpentes peçonhentas brasileiras

Tópicos deste artigo

Características da píton

Píton é o nome dado a diferentes espécies de serpentes pertencentes à família Pythonidae. Esses animais ocorrem nos continentes africano e asiático. No Brasil, pítons não ocorrem naturalmente, entretanto, há muitos indivíduos criados em cativeiros.

Assim como outras serpentes, as pítons apresentam corpo alongado repleto de escamas. Trata-se de animais ectotérmicos, ou seja, não capazes de regular a temperatura corporal por meio de mecanismos internos. Um fato interessante sobre pítons é que algumas espécies podem aumentar sua temperatura corporal por meio de contrações musculares, processo o qual é realizado normalmente para incubação dos ovos.

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Esses animais não apresentam patas anteriores, porém possuem vestígios dos membros posteriores. Essas estruturas vestigiais também podem ser observadas na família Boidae, a família das jiboias. Apesar de os membros serem considerados vestigiais nesses animais, eles apresentam função reprodutiva em rituais de acasalamento e em competição por fêmeas, sendo essas estruturas mais visíveis em machos.

As pítons se destacam pelo grande tamanho que algumas espécies podem atingir. Por exemplo, a píton-reticulada é conhecida como a maior serpente em comprimento do planeta, podendo atingir 8 metros. Vale salientar que enquanto a píton-reticulada ganha o título de maior serpente em comprimento, a sucuri recebe o título de maior serpente em massa.

Além disso, em relação às cores, há muita variação entre as espécies de píton, sendo possível observar serpentes de coloração verde, laranja ou amarela e diferentes padrões de desenho em seu corpo.

Píton-reticulada

Dentre as espécies de pítons existentes, a píton-reticulada (Malayopython reticulatus) chama a atenção pelo seu grande tamanho, sendo reconhecida como a maior serpente em comprimento do mundo. O comprimento médio da píton-reticulada é de 4,78 metros, porém há registros de indivíduos que atingiram mais de 9 metros.

Em relação à massa, em média, esses animais apresentam cerca de 170 kg, com registros de animais com mais de 270 kg. Cabe ressaltar ainda que, nessa espécie as fêmeas são maiores que os machos.

Píton-reticulada enrolada em um galho de árvore.
A píton-reticulada se destaca como a maior serpente em comprimento do mundo.

A píton-reticulada apresenta uma coloração que vai do amarelo-claro ao marrom na sua porção dorsal. Ela apresenta ainda um padrão repetido de X pretos por todo o dorso, criando uma padronagem em forma de diamante.

Trata-se de uma espécie nativa da Ásia, encontrada em áreas próximo a fontes de água e que habita, predominantemente, florestas e pântanos. Essas pítons são ótimas nadadoras e, de acordo com a IUCN, já foram relatadas até mesmo em alto-mar, o que fez com que a espécie colonizasse muitas ilhas dentro de seu alcance.

A espécie se alimenta de mamíferos e aves encontrados em seu habitat, como morcegos e musaranhos. A píton-reticulada é uma espécie de predador de emboscada, ou seja, ela não caça suas presas, e sim espera que suas vítimas passem por ela, momento em que faz o ataque. Apesar de raros, já ocorreram ataques de pítons a seres humanos, alguns deles fatais.

Geralmente, a espécie está pronta para reproduzir quando atinge a faixa de três a cinco anos. Em um ano de reprodução, uma fêmea coloca em média de 25 a 50 ovos, os quais incuba por cerca de 90 dias.

A fêmea permanece enrolada em cima dos ovos, fornecendo-os calor. Ela é capaz de aumentar a temperatura dos ovos por meio de um processo de contrações musculares. Ao nascerem, os filhotes já são independentes. A píton-reticulada mais velha encontrada na natureza tinha 23 anos.

Leia também: Dragão-de-komodo — uma espécie de réptil nativa da Indonésia

Pítons possuem veneno?

Pítons são serpentes que não possuem veneno e que matam sua presa por constrição, assim como a jiboia e a sucuri. Esses animais mordem a vítima e se enrolam nela, apertando-a de modo a interromper o fluxo sanguíneo, o que acaba levando à parada cardíaca.

 

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Píton"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/animais/piton.htm. Acesso em 17 de novembro de 2024.

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