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Desde as primeiras civilizações, homens e mulheres, de maneira geral, desempenham papéis diferentes na sociedade. Em muitos desses momentos, existiu a visão do papel da mulher em posição de subordinação em relação ao homem. A história está também permeada pela resistência e protagonismo de muitas mulheres que se rebelaram contra os esteriótipos e a imposição de papéis sociais menos importantes. Historicamente, esses papéis estiveram relacionados com uma visão reducionista do universo feminino, intimamente relacionada com o papel de submissão, servidão e ausência de protagonismo.
Na atualidade, essa visão não está completamente superada, entretanto, é visível a gradual desconstrução social dos estereótipos negativos e reducionistas do papel da mulher na sociedade. A figura da mulher unicamente no papel de submissão, que possuía a função exclusiva de ser esposa servil, mãe cuidadora e dona de casa exemplar, foi sendo vencida.
A mulher contemporânea acumula vitórias como a sua inserção no mercado de trabalho, ampliação de sua liberdade sexual e reprodutiva, a conquista da independência financeira e dos direitos políticos.
A coletânea de avanços que a emancipação feminina trouxe não veio sozinha. Com essa evolução, vieram também alguns novos obstáculos da mulher na atualidade, como:
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A dificuldade de conciliar atividades da vida familiar e da vida profissional;
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Necessidade de priorizar a atividade profissional em detrimento da vida pessoal;
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Dificuldade de desempenhar com excelência tantos papéis (mãe, profissional, esposa, dona de casa e outros);
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Necessidade de incorporar atitudes e características tidas como masculinas (objetividade, frieza racional e dureza nas decisões) para ser valorizada na esfera profissional.
Apesar de ter antigos e novos obstáculos a serem transpostos, a mulher hoje possui uma ampliação da sua liberdade de escolha. Ela pode optar por exercer a grande multiplicidade de papéis que lhe é atribuída ou escolher priorizar a sua vida profissional. No mesmo viés, a mulher moderna, hoje, pode decidir ser uma excelente dona de casa e mãe, sem que isso lhe traga prejuízo em sua valorização como mulher.
A grande conquista da mulher atual é o poder de escolha. Decidir qual o melhor momento para ter filhos e quantos descendentes quer ter ou optar simplesmente por não ter filhos é, na atualidade, um direito que muitas mulheres conquistaram. Esse direito é resultado de uma consciência cada vez mais coletiva de que os papéis sociais relacionados historicamente com o universo feminino podem ser reavaliados e, caso seja de vontade da mulher, superados.
Por Amarolina Ribeiro
Graduada em Geografia