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A incontinência urinária é um problema de saúde em que o indivíduo apresenta perda involuntária de urina pela uretra. Pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres, mas é mais frequente nesse último grupo. Esse problema afeta negativamente a qualidade de vida, comprometendo não só o bem-estar físico, como também psicológico e social.
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Tópicos deste artigo
- 1 - O que é incontinência urinária?
- 2 - Quais são as causas da incontinência urinária?
- 3 - Como é feito o diagnóstico da incontinência urinária?
- 4 - Tratamento da incontinência urinária
O que é incontinência urinária?
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, esse problema é duas vezes mais comum entre as mulheres do que entre os homens, sendo estimado que cerca de 30% a 40% das mulheres com mais de 40 anos possuem algum grau de incontinência.
Estima-se que cerca de 200 milhões de pessoas vivam com incontinência urinária no mundo, mas esse número pode ser ainda maior, pois muitas pessoas têm vergonha de falar sobre o problema ou acreditam que seja um processo natural decorrente do envelhecimento. Entretanto, é importante que um médico seja procurado para se avaliar a causa da incontinência e para que um tratamento seja realizado.
Existem diferentes tipos de incontinência, sendo os principais a incontinência urinária aos esforços e a incontinência urinária de urgência.
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Incontinência urinária aos esforços: como o nome sugere, nessa situação a perda urinária ocorre quando o indivíduo faz um esforço, o qual provoca o aumento da pressão intra-abdominal. Nesse caso, a pessoa pode perder urina ao carregar muito peso, dar risadas, tossir ou espirrar. Ocorre como consequência do enfraquecimento ou lesão do esfíncter urinário, que garante o controle da micção, ou fraqueza dos músculos pélvicos que dão suporte à bexiga. É comum que pessoas com esse problema utilizem o banheiro com maior frequência e evitem muitas vezes a prática de atividades físicas por medo de não serem capazes de segurar a urina.
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Incontinência urinária de urgência: o indivíduo sente uma sensação repentina e incontrolável de urinar e acaba liberando a urina, muitas vezes, antes mesmo de conseguir chegar ao banheiro. Esse processo é resultado do que chamamos de bexiga hiperativa, uma situação em que a bexiga contrai sem a vontade do indivíduo. Pessoas com esse tipo de incontinência apresentam uma vontade de urinar muito desproporcional à quantidade de líquido que consomem. É comum que o indivíduo urine na cama e levante-se várias vezes à noite para urinar.
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Quais são as causas da incontinência urinária?
A incontinência urinária pode ter diferentes causas, como:
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infecções urinárias;
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comprometimento dos esfíncteres ou da musculatura do assoalho pélvico;
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obstrução da uretra devido ao aumento da próstata;
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doenças que comprimem a bexiga;
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obesidade;
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uso de determinados medicamentos;
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procedimentos cirúrgicos.
São considerados fatores de risco para o desenvolvimento do problema a idade, diabetes, obesidade e problemas neurológicos. Em crianças menores de 5 anos de idade, o problema também pode ser observado, uma vez que o controle completo da bexiga só se estabelece nessa idade. Nas mulheres, o maior número de casos está relacionado com a anatomia feminina, isto é, a uretra mais curta e duas falhas naturais no assoalho pélvico, que fazem com que os músculos que sustentam os órgãos pélvicos e que promovem a contração da uretra sejam mais frágeis, bem como o músculo que constitui um anel em volta da uretra.
Como é feito o diagnóstico da incontinência urinária?
Para se diagnosticar a incontinência urinária, o médico analisa os sintomas e histórico do paciente e pode solicitar alguns exames para complementar o diagnóstico, como exame de urina, para identificar uma possível infecção, e o ultrassom, para avaliar forma e tamanho de rins, bexiga e próstata.
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Tratamento da incontinência urinária
O tratamento da incontinência urinária está relacionado com o tipo de incontinência observado, sendo importante destacar que, em alguns casos, pode não ser necessário nenhum tratamento. Quando o tratamento se faz necessário, ele pode incluir fisioterapia para o assoalho pélvico e bexiga, uso de certos medicamentos e até mesmo a realização de cirurgias. Somente um médico pode indicar a melhor alternativa em cada situação.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia