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A cistite, também chamada de infecção urinária baixa, é uma doença inflamatória ou infecciosa da bexiga urinária, órgão responsável pelo armazenamento da urina antes de sua eliminação para o meio externo. A cistite, geralmente, é desencadeada pela colonização da bexiga por bactérias presentes em nosso intestino, sendo a principal delas a Escherichia coli.
Vale destacar que a bactéria pode não apenas afetar a bexiga, podendo acometer também outros órgãos do sistema urinário, como uretra e os rins. Nesse caso, temos um caso de uretrite e pielonefrite, respectivamente.
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Tópicos deste artigo
- 1 - → Causas da cistite
- 2 - → Cistite é transmissível?
- 3 - → Sintomas da cistite
- 4 - → Diagnóstico de cistite
- 5 - → Tratamento da cistite
- 6 - → Prevenção da cistite
- 7 - → Cistite na gestação
- 8 - → Cistite intersticial
→ Causas da cistite
Uma das principais bactérias causadoras da cistite é a Escherichia coli.
A cistite é causada por bactérias que penetram pela uretra e seguem em direção à bexiga. Geralmente, as bactérias são provenientes do próprio organismo, principalmente do trato gastrointestinal, sendo a Escherichia coli o agente etiológico mais frequente. Essa bactéria é responsável por quase 75% dos casos de cistite. Outras bactérias também podem causar o problema, como Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus saprophyticus.
Você sabia que, em razão de a uretra feminina ser mais curta que a do homem e estar mais próxima da região anal, as mulheres apresentam risco aumentado de desenvolverem infecção urinária? |
→ Cistite é transmissível?
A cistite não é uma doença transmissível. Vale salientar, no entanto, que a relação sexual pode favorecer o desenvolvimento da cistite por causa fato da fricção entre os órgãos no momento do ato que pode ajudar as bactérias a migrarem da região anal para uretra e, posteriormente, atingir a bexiga. Sendo assim, um ponto que reduz os riscos de cistite é urinar após a relação sexual, pois pode ajudar a eliminar as bactérias que podem ter entrado na uretra.
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→ Sintomas da cistite
A cistite causa dor ao urinar, dor na bexiga, baixo ventre e costas e necessidade de urinar frequentemente.
A cistite pode ser assintomática ou então desencadear alguns sintomas bastante desagradáveis. Veja a seguir os principais sintomas desse problema de saúde que afeta tanto mulheres quanto homens:
Sintomas da cistite |
Dor ou ardência ao urinar |
Dor na região da bexiga, nas costas e baixo ventre |
Eliminação de pequena quantidade de urina em cada micção |
Febre baixa (sintoma pouco comum) |
Necessidade de urinar com maior frequência no período noturno |
Necessidade de urinar frequentemente |
Urina contendo sangue (casos mais graves) |
→ Diagnóstico de cistite
O diagnóstico de cistite será feito, principalmente, analisando-se os sintomas do paciente e por meio de exames de urina que irão buscar identificar se há bactérias na urina e qual tipo de bactéria está presente. Um dos métodos mais importantes para o diagnóstico é a cultura de urina, em que se colhe a urina e coloca-se uma pequena amostra em um meio de cultura.
Caso haja a presença de bactérias, elas crescerão nesse meio nutritivo. Após a realização da cultura da urina, é importante realizar o antibiograma que visa a determinar qual antimicrobiano será mais eficaz no tratamento daquela infecção.
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→ Tratamento da cistite
A cistite é desencadeada pela colonização da bexiga por bactérias, sendo o tratamento, portanto, voltado para a eliminação desses micro-organismos. Os medicamentos utilizados são os antibióticos, os quais devem ser ingeridos no horário correto e pelo tempo recomendado pelo médico. Vale destacar que mesmo que os sintomas tenham cessado, o tratamento deve ser continuado pelo tempo estabelecido pelo médico, pois desse modo garante-se a completa destruição das bactérias.
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→ Prevenção da cistite
A cistite é uma infecção ou inflamação da bexiga que pode ser prevenida com algumas atitudes bem simples. O quadro abaixo apresenta algumas dicas importantes para prevenir esse problema de saúde tão comum:
Dicas para se prevenir da cistite |
Beber sempre muita água. |
Após a relação sexual, lembrar-se sempre de esvaziar a bexiga. |
As mulheres ao se limparem após ir ao banheiro devem ter em mente a importância de sempre fazer a higienização da frente para trás. |
Evitar roupas e roupas íntimas muito apertadas que retenham calor e umidade. |
Mulheres devem sempre se lembrar de trocar o absorvente com frequência. |
Urinar sempre que sentir vontade, evitando sempre reter a urina por um período longo de tempo. |
→ Cistite na gestação
A cistite é uma condição que afeta cerca de 1% a 1,5% das gestantes. Assim que feito o diagnóstico, o tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível para evitar possíveis complicações, por exemplo, a migração das bactérias da bexiga para a região renal. Vale destacar que alguns medicamentos não são adequados para gestante, entretanto, há antibióticos seguros para esses casos.
→ Cistite intersticial
A cistite intersticial, também conhecida como síndrome da bexiga dolorosa e síndrome da dor pélvica crônica, é diferente da cistite aguda que foi tratada neste texto. Na cistite intersticial, o que se observa é que se trata de uma doença inflamatória crônica, sem uma causa completamente conhecida.
A cistite intersticial causa dor principalmente quando a bexiga está cheia.
Nessa situação, percebe-se um aumento da sensibilidade da bexiga. Seus sintomas são dor na bexiga, dor na pelve, aumento da frequência e da urgência urinária, dificuldade de urinar e noctúria (urinar com frequência durante a noite).
A dor e o desconforto é prolongado, sendo esse quando observado por mais de seis meses. Alguns pacientes percebem o aumento da dor com o consumo de alguns alimentos e bebidas, principalmente alimentos condimentados e ácidos, bebidas alcoólicas e alimentos e bebidas com cafeína.
Para se realizar o diagnóstico, é fundamental analisar os sintomas e excluir o diagnóstico de outras doenças, como a cistite desencadeada por bactéria. Após o diagnóstico, o tratamento será feito a fim, principalmente, de se controlar os sintomas do problema. A cistite intersticial apresenta períodos de crise e períodos de remissão, desse modo, é fundamental descobrir o que intensifica o problema e evitar hábitos que podem desencadear as dores.
Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos