Satélites geoestacionários são aqueles que completam em órbita a rotação ao redor do planeta no tempo de 24 horas. Como esse tempo corresponde ao período de rotação da Terra, um possível observador no solo perceberá o satélite como um ponto fixo no céu.
As órbitas geoestacionárias foram propostas, em 1945, por Arthur Clarke e, por isso, receberam o nome de órbitas Clarke. Geralmente, os satélites geoestacionários são utilizados na comunicação porque seu movimento acompanha o do planeta e, assim, podem oferecer esse serviço ininterruptamente. Além disso, eles possuem uma larga área de atuação, atingindo regiões distantes.
Características dos satélites geoestacionários
As órbitas geoestacionárias estão sobre a linha do Equador e correspondem a aproximadamente 6,6 vezes o raio da Terra. Sendo assim, os satélites desse tipo possuem uma órbita em torno de 36.000 km, contanto a partir da superfície da terrestre.
A velocidade linear de movimento de um satélite geoestacionário deve ser de aproximadamente 11000 km/h.
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Satélite geoestacionário brasileiro
A União Internacional de Telecomunicações (UIT) dividiu a órbita geoestacionária, a qual está a 36.000 km da superfície da Terra, em 180 possíveis posições, e cada uma delas está separada por um ângulo de 2°. O Brasil tem direito a sete posições para lançamento de satélites geoestacionários.
Em maio de 2017, o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), primeiro satélite geoestacionário brasileiro, foi lançado. Esse equipamento será utilizado para dar autonomia à comunicação das Forças Armadas e servirá como parte do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que visa prover o acesso à internet de alta velocidade no país.
O SGDC possui massa de seis toneladas, aproximadamente, e orbita a uma velocidade de 10.000 km/h. Esse equipamento custou R$ 2,7 bilhões e apresenta cerca de 18 anos de vida útil.
Por Joab Silas
Graduado em Física