A sepse é o nome dado a uma condição conhecida anteriormente como infecção generalizada. Apesar de seu antigo nome, ela não se trata de uma infecção que se espalha pelo corpo, e sim de uma resposta inflamatória sistêmica que decorre de infecção. Esse processo inflamatório é grave e pode comprometer o funcionamento adequado do organismo do paciente, levando-o à morte.
Sepse é uma condição inflamatória generalizada no organismo humano.
Decorre de quadros de infecção como uma forte resposta imunológica.
Entre seus sintomas, estão: febre, taquicardia, dificuldade respiratória e confusão mental.
Pode comprometer o funcionamento de diferentes órgãos e até levá-los à falência.
É comum em pacientes que estão na UTI, apresentando alta taxa de mortalidade.
Deve ser tratada, assim que identificada, por meio do uso correto de antibióticos.
Com o tratamento adequado, pode ser curada.
O que é sepse e como ela acontece?
Ela ocorre frequentemente em pessoas que estão em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e apresenta alta taxa de mortalidade, principalmente quando não descoberta e tratada rapidamente. Sabe-se que a sepse mata mais do que os infartos e até mesmo alguns tipos de câncer, sendo a principal causa de mortes em UTI.
Os grupos de risco da sepse são:
bebês prematuros;
idosos acima de 65 anos;
pacientes com aids, câncer e doenças crônicas;
pessoas que estão fazendo uso de medicamentos que agem na defesa do organismo.
Pacientes usuários de drogas e álcool, bem como aqueles que sofreram graves acidentes, como queimaduras e traumatismos, também são mais suscetíveis à doença. Apesar de atingir pessoas mais debilitadas, qualquer pessoa pode vir a ter sepse.
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O que sente um paciente com sepse?
A doença não apresenta sintomas específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce. Entretanto, pessoas com infecções devem ficar atentas aos sintomas como:
febre;
hipotermia (perca de calor muito rápida que deixa o corpo com temperatura muito baixa);
taquipneia (respiração rápida e curta);
edema;
hipotensão (pressão arterial baixa);
taquicardia (aumento da frequência cardíaca) inexplicada;
dispneia (dificuldade respiratória);
agitação;
fraqueza;
redução da quantidade de urina;
dor extrema;
confusão mental.
Além dos sintomas descritos, o médico averiguará outros sinais, tais como a quantidade de glóbulos brancos no sangue, que normalmente tendem a estar mais elevados, e o acúmulo de ácido lático no organismo do paciente.
Diferença entre sepse e choque séptico
A sepse, em casos mais graves, pode levar ao choque séptico, quando ocorre um grande aumento de toxinas produzidas por microrganismos no sangue. Esse estágio é o que mais necessita de atenção, pois caso o paciente não receba o tratamento adequado, pode ocorrer a falência múltipla dos órgãos e até mesmo a morte.
Sepse tem cura?
Apesar de ter mortalidade alta, a sepse, se tratada precocemente e de maneira adequada, pode ser curada. É importante ressaltar que qualquer infecção pode se tornar uma sepse e esta deve ser tratada rapidamente. Para isso, é necessário inicialmente detectar o agente causador, pois o médico direcionará o tratamento de acordo com o local da infecção e seu agente patogênico.
Caso o paciente desenvolva a sepse, deve-se iniciar imediatamente a administração de antibióticos e o controle das atividades vitais do corpo. Em alguns casos, pode ser necessário adotar procedimentos como a diálise, a respiração artificial e o uso de medicamentos que aumentem a pressão arterial do paciente.
Como prevenir sepse?
Para prevenir a sepse, deve-se prevenir infecções de maneira geral. A medida preventiva mais indicada é manter as vacinas em dia. Além disso, hábitos de higiene adequados e estilo de vida saudável ajudam na prevenção de uma forte doença. Outro ponto importante é o uso correto de antibióticos, que só podem ser usados com recomendação médica e em obediência rigorosa ao tratamento. Desse modo, evita-se o risco de surgimento de bactérias resistentes aos medicamentos.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.
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SANTOS, Vanessa Sardinha dos.
"O que é sepse?"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-sepse.htm. Acesso em 21 de novembro
de 2024.