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Guerras de Independência

As guerras de independência foram cruciais para o fim do domínio português
As guerras de independência foram cruciais para o fim do domínio português
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Ao contrário do que representa as imagens que fazem alusão à independência do Brasil, o reconhecimento político do governo de Dom Pedro I não foi obtido por vias pacíficas. Ainda fiéis às autoridades de Lisboa, alguns governadores da província fizeram oposição ao processo de independência do Brasil. Ao saber dos movimentos contrários ao seu governo, Dom Pedro I ordenou a aquisição de navios e a contratação de militares. A partir daí, diversas tropas foram organizadas com o objetivo de consolidar os territórios e a supremacia política do novo país.

Na Bahia, o brigadeiro Inácio Madeira de Melo não reconheceu o governo de Dom Pedro. Em contrapartida, a Câmara de Vila da Cachoeira manifestou seu apoio à nova autoridade imperial e pediu auxílio militar contra Madeira de Melo. Em resposta, o governo enviou algumas centenas de homens comandados pelo comandante Rodrigo Antônio de Lamare. Nesse meio tempo, Madeira de Melo havia recebido o apoio de tropas vindas de Portugal. As tropas brasileiras buscaram reforço de outros combatentes localizados em Alagoas e Pernambuco.

Em menor número, as tropas brasileiras cercaram a cidade de Salvador, tentando acabar com os suprimentos que mantinham as tropas lusitanas na região. Do lado de Dom Pedro I, o almirante britânico lorde Cochrane apertou o cerco a Salvador bloqueando as vias de acesso marítimo. Prevendo que não resistiria por muito tempo, Madeira de Melo acabou cedendo às pressões das tropas brasileiras e abandonou o país rumo a Portugal.

Na província do Piauí, as autoridades também fizeram oposição ao novo governo, enquanto outros grupos simpatizavam com o governo de Dom Pedro I. O então governador João José da Cunha Fidié enviou tropas para combater um levante patriota organizado na vila de São João da Paraíba. Derrotados pelo governador, os revoltosos pediram a ajuda da Junta Governativa do Ceará. Mesmo tendo derrotado algumas das sublevações patriotas, Fidié logo não resistiu aos novos ataques de Dom Pedro I e se rendeu em 26 de julho de 1823.

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No mês de junho de 1822, tropas da região da Cisplatina haviam declarado sua total fidelidade ao governo de Portugal. Liderados por Álvaro da Costa de Sousa Machado, as tropas da cidade de Montevidéu não prestaram contas à Dom Pedro I. Em contrapartida, o então Barão de Laguna, Carlos Frederico Lecor declarou seu apoio a Dom Pedro I. Estava assim instituída a rivalidade entre as forças militares da região sul do país.

Em pouco tempo, o Barão de Laguna mobilizou tropas para obrigar Álvaro da Costa a reconhecer a independência do Brasil. Em outubro de 1823, navios brasileiros fizeram a interdição do Rio da Prata, a única saída marítima da província da Cisplatina. Sem o reforço militar de Portugal, Álvaro da Costa firmou um acordo com as tropas imperiais de Dom Pedro I e bateu-se em retirada rumo a Lisboa, dando fim aos combates pela independência do Brasil.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

Escritor do artigo
Escrito por: Rainer Gonçalves Sousa Escritor oficial Brasil Escola

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SOUSA, Rainer Gonçalves. "Guerras de Independência"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/guerras-independencia.htm. Acesso em 21 de dezembro de 2024.

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