No mês de dezembro é realizada a campanha Dezembro Laranja que fomenta a conscientização sobre o câncer de pele.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele corresponde a 33% dos casos de cânceres no Brasil. A cada ano são registrados 185 mil novos casos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
A doença provoca o aumento anormal e de forma descontrolada das células que fazem parte da pele. Os tipos mais comuns de câncer de pele são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. O melanoma é menos frequente e mais letal, são cerca de 8,4 mil casos por ano.
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Mitos e verdades sobre o câncer de pele
O dermatologista e coordenador da Dermatologia Oncológica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, professor José Antônio Sanches, fala o que é mito e verdade a respeito do câncer de pele.
A probabilidade é maior de desenvolver o câncer de pele quanto mais clara for a pele. Segundo José Antônio Sanches, a pele que "raramente bronzeia e sempre queima é mais suscetível aos danos causados ao DNA das células da pele, devido à exposição solar (raios ultravioletas)".
A ocorrência do câncer de pele se dá pelo acúmulo de dano ao DNA, isto é, a doença pode ser desenvolvida em qualquer período do ano. O uso de protetor solar é recomendado sempre, mesmo quando o dia está nublado.
A interação do protetor solar com a radiação reduz a chance dos danos provocados ao DNA pela radiação ultravioleta.
Os raios ultravioletas oriundos do sol causam danos que se acumulam no DNA celular. Sanches explica que quanto mais danos, maior será a chance das mutações nas células, e posteriomente o processo de cancerização.
Há muitos tipos de sinas na pele humana. Muitas das pintas não são suscetíveis ao desenvolvimento do câncer de pele.
A incidência de raios ultravioletas ocorre mesmo nos locais com sombra. Esses raios são refletidos por pisos muito claros, pela água, areia ou neve.
Por ser uma barreira física, o guarda-sol reduz a chegada dos raios ultravioletas do sol na pele.
"Importante ressaltar que todos devemos adotar o que chamamos de medidas de fotoproteção. Essas medidas constituem em abrigar-se do sol, procurando sombras de árvores, de construções, de guarda-sóis, usando roupas protetoras e, evitando expor-se ao sol nos períodos de altos índices de UV (entre 10 e 16 horas). Complementam essas medidas, o uso do filtro solar."
José Antônio Sanches - Dermatologista
O desenvolvimento do câncer de pele entre homens e mulheres é idêntico, afirma o dermatologista.
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Quaisquer alterações que ocorrem na pele devem ser mostradas a um médico dermatologista para uma melhor avaliação.
Mesmo tendo maior proteção ao dano solar, o câncer de pele pode acometer pessoas negras. Segundo Sanches, é habitual a maior predisposição de desenovlimento de melanoma nas plantas dos pés e regiões ungueais (regiões de encontro da pele e da unha) nessa população.
José Antônio explica que o melasma é uma pigmentação anômala que ocorre na pele exposta ao sol. Neste caso, não se trata de uma proliferação pré-cancerígena ou cancerígena da pele, afirma.
Por Lucas Afonso
Jornalista