Notificações
Você não tem notificações no momento.
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

Dioniso

Dioniso era o deus grego do vinho, das festas, da alegria e do teatro. Ele se relacionava diretamente com as celebrações e com a embriaguez causada pelo consumo de vinho.

Ilustração do deus grego Dioniso segurando uma taça de vinho
Dioniso era reconhecido pelos gregos como o deus do vinho, das festas, da alegria e do teatro.
Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

Dioniso era para os gregos antigos o deus do vinho, das festas, do teatro, da alegria, entre outros atributos. Ele era um deus que se relacionava diretamente com as festividades e a alegria trazida por estas, com suas danças e o consumo sem limites de vinho. A embriaguez também era relacionada a essa divindade.

Filho de uma mulher mortal, Dioniso foi transformado em deus por Hera por tê-la libertado de correntes que foram feitas por Hefesto. O culto a Dioniso ficou marcado também por celebrações que incluíam o consumo de vinho, orgias e pelo estado de transe que algumas pessoas alcançavam.

Confira nosso podcast: 5 coisas que você precisa saber sobre os deuses gregos

Tópicos deste artigo

Quem era Dioniso?

Dioniso era uma divindade presente na religiosidade dos gregos antigos. Era reconhecido como o deus do vinho, das festas, do teatro e da alegria. Ele estava muito relacionado com a alegria humana durante as festas e com o ato de se embebedar com vinho.

Era conhecido como filho de Zeus e de uma mulher mortal chamada Sêmele. Zeus, deus dos céus e do trovão para os gregos, teve um caso extraconjugal com essa mulher. Os casos de Zeus fora de seu casamento incomodavam profundamente sua esposa, chamada Hera. Ela tentava se vingar de todas aquelas que se envolviam com Zeus. Com Sêmele, não foi diferente.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Hera foi disfarçada até Sêmele e a convenceu de pedir que Zeus mostrasse a ela todo o seu esplendor. Sêmele não sabia que se relacionava com Zeus e inocentemente fez como Hera havia lhe pedido. Zeus assumiu sua forma, e o seu esplendor fulminou Sêmele. Ela estava grávida de Dioniso, então Zeus pegou seu filho, que ainda era gestado no útero de Sêmele, e o colocou dentro de sua coxa para que ele pudesse nascer com saúde.

Zeus teria entregado Dioniso a ninfas e sátiros para que eles o criassem, mas existem versões que falam que ele teria sido criado por Sileno, um homem idoso. Há outras versões acerca do nascimento de Dioniso, sendo que uma delas afirma que o deus do vinho era, na verdade, filho de Zeus e Perséfone.

A versão que narra que Dioniso era filho de uma mulher mortal acabou sendo a mais popular, e isso é corroborado por outro mito, o qual conta que Hera transformou Dioniso em deus. Assim, podemos concluir que ele era considerado um semideus e que foi aceito no panteão grego como deus. O mito fala que isso aconteceu porque Dioniso, embebedando-o, conseguiu convencer Hefesto a soltar Hera das correntes que a aprisionavam.

A descrição de Dioniso na tradição popular dos gregos antigos determina que ele era um deus que estava sempre acompanhado de ninfas e sátiros, seres estes que possuíam o corpo parte humano e parte na forma de bode. Com o tempo, surgiram também as Ménades, mulheres seguidoras de Dioniso que ficaram enlouquecidas pelo consumo de vinho e viviam em um permanente estado de frenesi.

Leia também: Apolo — o deus grego do Sol, da música, das artes e da profecia

Dioniso e os mitos gregos

As histórias mencionadas acima já demonstram algumas das menções a esse deus na mitologia grega, mas suas aparições nos mitos gregos não se resumem a essas, pois várias outras narrativas citam o deus do vinho. Por exemplo, a mitologia grega afirma que Dioniso foi o deus responsável por inventar o vinho.

Além desse, outro mito grego afirma que em determinada ocasião Dioniso descansava à beira de uma praia quando foi avistado por um grupo de piratas que o confundiram com um príncipe e decidiram sequestrá-lo. Os piratas tentaram amarrá-lo, mas as cordas não se fixavam nele, até que Dioniso assumiu a forma de um leão.

Os piratas planejavam vender Dioniso como escravo, mas ao vê-lo na forma do animal, decidiram saltar do navio. Aqueles que saltaram imediatamente se transformaram em golfinhos. Entre os piratas, só um timoneiro saiu ileso da situação. Isso aconteceu porque ele foi o único a manifestar-se contra o sequestro de Dioniso desde o início.

Uma das menções mais conhecidas a Dioniso aconteceu no mito do rei Midas, um mito bastante popular. Midas era rei da Frígia, uma região na Ásia Menor (atual Turquia). Ele encontrou um idoso bêbado e em péssimas condições em seus jardins. O rei então percebeu que se tratava de Sileno, o idoso que cuidou de Dioniso e que era um seguidor fanático desse deus.

Midas ofereceu todo o cuidado a Sileno e o enviou de volta a Dioniso. O deus do vinho ficou profundamente agradecido com o gesto do rei e decidiu dar a ele o direito de fazer um pedido. Ele respondeu dizendo que gostaria de transformar em ouro tudo aquilo que ele tocasse.

Dioniso assim o fez, mas logo Midas percebeu que isso o condenaria a morte, pois ele não conseguia se alimentar nem beber água, já que quando tocava nos alimentos e bebidas, eles se transformavam em ouro. Midas entrou em desespero e solicitou que Dioniso revertesse a situação. Este interveio em favor daquele e acabou com o sofrimento do rei.

Culto a Dioniso

Acredita-se que Dioniso já era venerado na Grécia durante o período micênico — por volta do século XIV a.C. Isso porque existem inscrições micênicas que mencionam o nome desse deus. O culto a Dioniso ficou marcado pelo consumo sem limites de vinho.

Além disso, os participantes das celebrações entravam em estado de transe e participavam de orgias. O culto a Dioniso era influente na Grécia Antiga, e vários festivais eram realizados em sua homenagem. Havia as festas dionisíacas, as Antestérias, os mistérios dionisíacos, entre outros eventos.

 

Por Daniel Neves Silva
Professor de História

Escritor do artigo
Escrito por: Daniel Neves Silva Formado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e especialista em História e Narrativas Audiovisuais pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atua como professor de História desde 2010.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SILVA, Daniel Neves. "Dioniso"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/mitologia/dioniso.htm. Acesso em 29 de março de 2024.

De estudante para estudante