Em agosto de 1945, o mundo conheceu os efeitos devastadores de uma bomba nuclear. Nessa ocasião, os Estados Unidos da América (EUA), para demonstrar seu poderio bélico, lançaram bombas nucleares nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. As consequências foram terríveis: desastres ambientais, centenas de milhares de pessoas morreram, desenvolvimento de queimaduras, cegueiras, surdez e cânceres.
Diante dos efeitos destrutivos das armas nucleares, os países vencedores da Segunda Guerra Mundial, utilizando o discurso ideológico de inibir a expansão dessas armas, foram os principais responsáveis pela elaboração do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP). Esse tratado foi assinado em 1968 e passou a vigorar em 1970, possuindo, atualmente, 189 países.
De acordo com as normas do TNP, apenas as nações que explodiram a bomba atômica antes de 1967 têm direito de possuir esse tipo de armamento. Esses países são: Estados Unidos da América, Federação Russa (que sucede a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), Reino Unido, França e China. Ironicamente, são os cinco países com poder de voto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
Essas nações “privilegiadas” podem manter seu armamento nuclear, no entanto, é extremamente proibido o fornecimento tanto de bombas quanto de tecnologia de fabricação para outros países. Outra exigência estabelecida pelo TNP é que o arsenal nuclear deve ser reduzido, porém isso nunca foi posto em prática por nenhum dos detentores de bombas atômicas.
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As outras nações do planeta, que não explodiram bombas atômicas antes de 1967, se comprometem, conforme assinado no TNP, a jamais produzir tais armas. Contudo, elas podem desenvolver tecnologia nuclear, desde que seja para fins pacíficos, como, por exemplo, para a produção de energia elétrica. Esses projetos, porém, devem passar pela inspeção da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e, caso algo de errado seja detectado, o projeto é encaminhado para o Conselho de Segurança da ONU.
Com relação aos países derrotados na Segunda Guerra Mundial, principalmente a Alemanha, a Itália e o Japão, o Tratado de Não Proliferação Nuclear estabeleceu regras ainda mais rígidas sobre o enriquecimento de urânio. Entretanto, as relações desses países com os que compõem o Conselho de Segurança da ONU se estabilizaram, fato que reduziu a “perseguição” aos seus projetos nucleares.
É importante ressaltar que algumas nações não assinaram o tratado e possuem bombas atômicas, como a Índia, Paquistão e Israel, que não confirma oficialmente. A Coreia do Norte, por sua vez, se retirou do tratado e é outro país que tem armas nucleares. Atualmente, a grande preocupação é com relação ao projeto nuclear iraniano, o qual muitos acreditam que seja para fins bélicos.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
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