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A barreira do som é na verdade uma barreira física que dificulta que os objetos atinjam velocidades muito altas (velocidades supersônicas). É bastante mencionada nos estudos que envolvem aerodinâmica.
Hoje sabemos que quando estamos nos deslocando no ar, as moléculas de ar são afastadas, dando-nos lugar. Isso também acontece com outros tipos de objetos. Mas nem sempre houve essa concepção.
Por muito tempo acreditou-se que a velocidade do som era a maior velocidade que um veículo poderia atingir na Terra. Pelo fato de os sons se propagarem com a mesma velocidade, ou seja, as moléculas do ar se propagarem à mesma velocidade do som, muitos não acreditavam que tais moléculas poderiam se afastar a tempo de o veículo passar por elas.
Um fato interessante foi observado na Segunda Guerra Mundial. Por voar com velocidades bem próximas à velocidade do som, os pilotos da época relataram sentir trepidações e instabilidades de voo. Erroneamente, interpretaram esses efeitos como sendo em razão da barreira do som.
Uma melhor conclusão acerca do assunto foi comprovada em 1947, quando um avião protótipo realizou um voo de mergulho. Nesse mergulho a velocidade atingida foi maior que a velocidade do som, comprovando então que a velocidade do som não era a maior velocidade com a qual se podia viajar.
Com esse mesmo teste, foi possível comprovar também que os efeitos da trepidação e instabilidade de voo em altas velocidades são provocados pela formação das ondas de choque na atmosfera com a passagem do avião.
Por Domiciano Marques
Graduado em Física
Equipe Brasil Escola
Ondas - Física - Brasil Escola