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Esclerodermia é uma doença que acomete o tecido conjuntivo, promovendo o endurecimento e/ou espessamento da pele e a fibrose dos tecidos envolvidos. A esclerodermia pode ser classificada em dois tipos principais: localizada e sistêmica. A forma localizada afeta a pele e poupa os órgãos internos, enquanto a forma sistêmica afeta os órgãos internos.
A localizada é mais comum em crianças, enquanto a sistêmica ocorre, principalmente, na quarta década de vida. O diagnóstico é feito por meio de análise de sintomas e realização de exames complementares. Não há cura para a esclerodermia.
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Tópicos deste artigo
- 1 - Resumo sobre esclerodermia
- 2 - O que é esclerodermia?
- 3 - Esclerodermia localizada e sistêmica
- 4 - Sintomas da esclerodermia
- 5 - Diagnóstico da esclerodermia
- 6 - Tratamento da esclerodermia
Resumo sobre esclerodermia
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A esclerodermia afeta o tecido conjuntivo.
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A doença afeta a pele e pode também acometer órgãos internos.
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Pode ser classificada em localizada e sistêmica.
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Não existem tratamentos para curá-la, mas há os que evitam sua progressão.
O que é esclerodermia?
Esclerodermia é uma doença que afeta o tecido conjuntivo e se caracteriza pelo endurecimento e/ou espessamento da pele e pela fibrose dos tecidos envolvidos. A doença se realiza no endurecimento do tecido conjuntivo, o qual se torna cicatricial e fibrótico. O termo deriva do grego esclero, que significa “dura”, e derma, que significa “pele”. A etiologia da doença é desconhecida, mas já foi associada com problemas como infecções, traumas, vacinação e doenças autoimunes.
Esclerodermia localizada e sistêmica
A esclerodermia pode ser de dois tipos: localizada e sistêmica. A esclerodermia localizada afeta a pele e os tecidos subcutâneos, poupando os órgãos internos. Essa forma ocorre, geralmente, na idade escolar.
A esclerodermia localizada pode ser subclassificada em: morfeia e linear. A morfeia é a forma mais comum e apresenta-se como zonas de pele espessada, normalmente de formato oval e com mais frequência no tronco, apesar de também aparecer em braços, pernas ou fronte. Já a forma linear apresenta-se como áreas em tiras ou bandas de pele endurecida que surgem no tronco ou nos membros. Recebe a denominação “em golpe de sabre” quando aparece na região frontal.
Na esclerodermia sistêmica, também chamada de esclerose sistêmica, por sua vez, além da pele, órgãos internos também são afetados. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a forma sistêmica é quatro vezes mais frequente no sexo feminino que no sexo masculino e incide, principalmente, na quarta década de vida.
A esclerodermia sistêmica pode ser subdividida em limitada e difusa. Na difusa há maior envolvimento de órgãos internos, enquanto a limitada apresenta um comprometimento de órgãos internos mais tardio e confinado.
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Sintomas da esclerodermia
As manifestações clínicas da esclerodermia dependem do tipo que a pessoa apresenta. Na esclerodermia localizada, os sintomas variam desde pequenas placas até deformidades de carácter estético e também funcional. Nas suas formas mais leves, observa-se apenas a discreta atrofia da região afetada, enquanto, nas formas mais graves, tecidos mais profundos são acometidos, como tecido subcutâneo, músculos e ossos. Como acomete, principalmente, crianças, uma das complicações possíveis dessa esclerodermia é o retardo no crescimento ósseo.
No que diz respeito à esclerodermia sistêmica, os sintomas são inespecíficos, podendo incluir cansaço, queixas musculares e esqueléticas, inchaço das mãos, refluxo gastroesofágico, disfagia, falta de ar, aumento da pressão arterial, palpitações e fenômeno de Raynaud. O fenômeno de Raynaud provoca mudanças na coloração das extremidades do corpo, as quais podem se tornar pálidas ou azuladas, quando expostas a baixas temperaturas, ou avermelhadas, quando aquecidas.
Diagnóstico da esclerodermia
O diagnóstico da esclerodermia é feito com base na análise dos sintomas apresentados pelo indivíduo bem como pela realização de exames. Alguns dos exames que podem ser feitos são: capilaroscopia periungueal, exames de sangue e biópsias.
Tratamento da esclerodermia
O tratamento varia entre a esclerodermia localizada e a sistêmica. A primeira é uma doença que não possui cura, e seus tratamentos procuram alterar seu avanço. Entre as medidas adotadas, estão fototerapia, uso de medicamentos orais e tópicos, além de fisioterapia. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, esse tipo de esclerodermia, em geral, apresenta um curso autolimitado, tornando-se inativa e com melhora espontânea de três a cinco anos.
A segunda também não possui cura. A depender do órgão acometido pela doença, diferentes medicamentos podem ser recomendados. Para o tratamento do fenômeno de Raynaud são indicados medicamentos vasodilatadores, bem como recomenda-se evitar a lavagem das mãos com água fria e aquecer as extremidades com luvas e meias.
Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia