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O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune, ou seja, uma doença em que o sistema imunitário ataca o próprio corpo. Acomete tanto homens quanto mulheres, entretanto existem mais casos relatados em mulheres em idade entre 20 e 40 anos.
É uma doença inflamatória crônica, que pode acometer diversos órgãos do corpo. Ela é caracterizada por períodos de manifestação da doença seguidos de remissão. Os sintomas são variados e podem envolver órgãos e vários sistemas. Dentre os órgãos que podem ser acometidos, podemos destacar o coração, rins, pulmões e olhos.
Os sintomas podem ser inespecíficos, como febre e perda de apetite. Outros sintomas que podem surgir dizem respeito ao órgão afetado. Podem ocorrer inflamação da membrana que envolve o pulmão (pleura) e coração (pericárdio), problemas renais, manchas na pele e dor nas articulações. Também é comum a presença de ínguas. Alterações neuropsiquiátricas que causam geralmente convulsões, depressão e variações de humor também já foram relatadas.
As causas da doença não são totalmente conhecidas, entretanto, muitos pesquisadores acreditam que estão relacionadas com fatores genéticos associados a fatores ambientais e hormonais. Por acometer mais mulheres em idade fértil, não há dúvidas a respeito da sua relação com o estrógeno. Acredita-se que o uso de medicamentos, exposição a raios ultravioletas, infecções e estresse estão associados com essa patologia.
Para a realização do diagnóstico de LES, os médicos podem utilizar alguns critérios sugeridos pela American College of Rheymatology. Se o paciente apresenta pelo menos quatro do total de 11 critérios, ele é considerado portador da doença. Vale destacar que em algumas vezes o paciente não apresenta os quatro critérios mesmo com lúpus.
Observe a seguir esses critérios:
1. Eritema malar;
2. Lesão discoide;
3. Fotossensibilidade;
4. Úlceras orais/nasais;
5. Artrite;
6. Serosite;
7. Comprometimento renal;
8. Alterações neurológicas;
9. Alterações hematológicas;
10. Alterações imunológicas;
11. Anticorpos antinucleares.
O tratamento será diferente para cada paciente, uma vez que as manifestações clínicas são bastante variáveis. Geralmente são utilizados corticoides, antimaláricos e imunossupressores. Também é essencial o uso de protetores solares diariamente, mesmo em dias nublados.
O paciente com LES deve evitar alimentos com muita gordura, não beber excessivamente, manter repouso quando ocorrer manifestação da doença, cuidar da higiene pessoal e praticar atividades que o mantenham relaxado, evitando, assim, situações de estresse. É importante também que, caso o paciente apresente hipertensão e acometimento do rim, ele tenha uma dieta com menor quantidade de sal e carboidratos. O uso de anticoncepcionais e cigarro deve ser evitado, uma vez que já foi comprovado que esses dois fatores agravam os sintomas do portador de lúpus.
Ao diagnosticar a doença, é fundamental que o paciente mantenha sempre contato com o seu médico, nunca falte as consultas e, principalmente, siga à risca todas as recomendações. Caso necessite usar outro medicamento, consulte antes seu médico para saber das possíveis reações.
Por Vanessa dos Santos
Graduada em Biologia