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Alegorias e Adereços

Alegorias e adereços – polêmicas no carnaval
Alegorias e adereços – polêmicas no carnaval
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Quando uma escola de samba entra na avenida, chama a atenção através da comissão de frente, das alas que compõem um conjunto de diferentes cores, pela alegria do samba, mas também pelas alegorias e adereços.

As alegorias são compostas pelo cenário organizado em cima dos carros alegóricos, que deve ser movido com recursos simples, empurrados pelos componentes da escola. As metragens das alegorias não podem ultrapassar as estabelecidas pelo regulamento, sendo oito metros e meio de largura e nove metros e oitenta centímetros de altura.

Os adereços são todos os cenários que apareçam no chão, ou seja, que não estão dispostos nos carros alegóricos, normalmente aparecendo nas cabeças e nas mãos dos integrantes da escola. De longe, fazem uma linda composição de cores e movimento, principalmente se o grupo se apresenta com uma coreografia bem ensaiada, no mesmo ritmo e cadência do samba. Os jurados avaliam esse quesito, observando a adequação do grupo ao enredo do samba, pois devem ajudar a plateia a compreender o que se conta na história do samba.

A criatividade da criação dos adereços também é avaliada, através da impressão expressa, suas formas e cores, da riqueza dos materiais utilizados, os detalhes dos acabamentos – que causam um efeito visual diferenciado quando bem feito.

Além desses, os passistas, destaques, rainhas de bateria, também contam como elementos de composição dos adereços, devendo estar de acordo com o enredo desenvolvido pela escola.

Esse quesito é responsável por grande perda de pontos, pois as escolas não podem deixar objetos que não fazem parte do enredo aparecerem, como: geradores, isopores, escadas, caixas, fantasias rasgadas e estragadas, dentre outros.

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Existe um número determinado de alegorias e adereços que podem fazer parte da escola, num limite mínimo e máximo, fixados pelo regulamento.

As alegorias e adereços têm um histórico de polêmicas com a igreja católica. Em 1989 o carnavalesco Joãozinho Trinta idealizou o Cristo mendigo, retratando o enredo da escola, que não pode desfilar. Decidiram cobrir a imagem de Cristo com um pano preto e penduraram uma faixa com os dizeres “Mesmo proibido, olhai por nós”.

Com o enredo “Terra dos Papagaios... Navegar foi Preciso”, a Unidos da Tijuca enfrentou problemas em 2000, ao tentar desfilar com uma cruz e um painel com a imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança, que também teve que ser coberta.

Em 2009 a Porto da Pedra foi polemizada ao tentar desfilar com um carro que falava da inquisição, na Idade Média, limitando a liberdade de expressão do homem.

A proibição do uso de imagens religiosas não é só da I0greja Católica, consta no regulamento da Liga das Escolas de Samba.

Dessa forma, os carnavalescos é que devem evitar o uso de tais objetos, pois, segundo a arquidiocese do Rio de Janeiro, as imagens são elementos do catolicismo voltados para a oração e o sambódromo não é lugar para isso.

 

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia

Escritor do artigo
Escrito por : Jussara de Barros Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

BARROS, Jussara de. "Alegorias e Adereços"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/carnaval/alegorias.htm. Acesso em 28 de novembro de 2023.

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