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A Gonadotrofina Coriônica humana é um hormônio glicoproteico, conhecido comumente como hCG, que é produzido pela placenta durante a gestação. Esse hormônio é exclusivo da gravidez e por isso é usado para a confirmação de tal condição. Entretanto, em algumas doenças, tais como mola hidatiforme e coriocarcinoma, o hCG também é produzido. Além disso, ele é um importante indicador de tumores testiculares.
O hCG possui características estruturais que o tornam semelhante ao FSH, LH e TSH, uma vez que é formado por duas subunidades, a chamada cadeia α e cadeia β. A cadeia α é bastante semelhante nesses quatro hormônios, diferentemente da cadeia β, que confere especificidade.
A função fisiológica do hCG é manter o corpo lúteo durante o início da gestação, aproximadamente por 10 semanas, e estimular a produção de esteroides. Com isso, impede-se que ocorra a perda do endométrio e haja o fim da gravidez. Sua produção começa no momento em que ocorre a implantação e possui seu pico quando a gestação completa nove semanas. É possível observar o hormônio no sangue da paciente em aproximadamente sete dias após o dia da concepção. Após o pico do hCG, os valores tendem a cair progressivamente até desaparecerem por completo um mês após o parto.
A dosagem sérica do β-hCG é um dos métodos mais sensíveis para confirmar e observar a viabilidade de uma gestação e o que deve ser feito em casos de Doença Trofoblástica Gestacional, como a mola hidatiforme. O β-hCG também pode ser observado na urina, entretanto, nesses casos, geralmente o objetivo não é verificar a quantidade do hormônio, e sim a sua presença, como nos casos de confirmação de uma gravidez.
É importante destacar que algumas vezes o exame de gravidez pode ser negativo, em razão da idade gestacional ser muito baixa. Se os sintomas da gravidez mantiverem-se, pode-se fazer um novo exame a fim de dosar o hormônio, uma vez que no início da gestação os valores de β-hCG duplicam a cada 48 horas.
Em casos de gravidez ectópica, os valores de β-hCG tendem a ser mais baixos quando comparados com gestações normais, tendo um aumento pequeno no período de dois dias. Em casos de doença trofoblástica gestacional, o quadro que se observa é de valores muito elevados quando comparados a uma gravidez normal.
O hCG pode ser vendido como fármaco para ser usado no tratamento de algumas doenças, como em casos de infertilidade feminina, criptorquidismo, hipogonadismo hipogonadotrófico e puberdade tardia.
Curiosidade: Você já ouviu falar da dieta do hCG? Ela consiste na administração do hCG associada a uma dieta restritiva com poucas calorias. Apesar de bastante difundida, não há evidências científicas de que o hCG tenha alguma ação no metabolismo de lipídios ou que seja um controlador de apetite, sendo assim, não é indicado em tratamento contra perda de peso.
Por Ma. Vanessa dos Santos