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As angiospermas são plantas que se caracterizam por apresentar flor e fruto. Esse grupo vegetal é o que apresenta maior diversidade de espécies, sendo estimado um total de mais de 450.000 espécies diferentes. Entre exemplos de angiospermas, podemos citar: a roseira, a mangueira, o arrozeiro, o feijoeiro, a grama, os lírios, as orquídeas, o coqueiro, entre várias outras.
Tópicos deste artigo
- 1 - → Características das angiospermas
- 2 - → Ciclo de vida das angiospermas
- 3 - → Flor
- 4 - → Fruto
- 5 - → Classificação das angiospermas
- 6 - → Diferença entre angiospermas e gimnospermas
- 7 - → Curiosidades
→ Características das angiospermas
As angiospermas são plantas vasculares (apresentam vasos condutores) com sementes que apresentam como característica mais marcante a presença de flores e frutos. O termo angiosperma vem do grego angeion, que significa urna, e sperma, que significa semente. Analisando seu nome, podemos concluir, portanto, que ele está relacionado a uma de suas características exclusivas: a presença de fruto envolvendo a semente.
Os frutos são formados a partir do desenvolvimento do ovário das flores após o processo de fecundação. Eles são importantes para o sucesso desse grupo de plantas, uma vez que atuam protegendo a semente e auxiliam na dispersão dessas estruturas.
Leia também: Dispersores de sementes
Além dos frutos, as flores foram importantes para garantir que as angiospermas tornassem-se o grupo de plantas com maior número de representantes. Essa estrutura, que será discutida mais profundamente a seguir, está relacionada com o processo de polinização. Flores vistosas e que liberam odores são essenciais para garantir a atração de polinizadores.
→ Ciclo de vida das angiospermas
O ciclo de vida das angiospermas é complexo e envolve o processo de dupla fecundação.
O ciclo de vida das angiospermas é complexo, quando comparado ao de outros grupos vegetais. Iniciaremos esse ciclo pelo processo de polinização, ou seja, o momento em que ocorre a transferência do pólen produzido na antera para o estigma.
Quando grão de pólen é liberado na antera, ele possui uma célula vegetativa e uma célula geradora, a qual se divide e forma os dois gametas masculinos (núcleos espermáticos). A célula vegetativa será responsável pela formação do tubo polínico, que garantirá a transferência dos gametas até a parte feminina da flor.
O gametófito feminino maduro de uma angiosperma é chamado saco embrionário. Nele, são encontradas geralmente sete células, as quais possuem oito núcleos. Essas sete células são a oosfera (gameta feminino), duas sinérgides, três antípodas e uma célula central com dois núcleos.
O grão de pólen, ao chegar no estigma da flor, germina e produz o tubo polínico, que cresce pelo estilete até chegar no ovário, penetra no óvulo pela micrópila (abertura do óvulo) e encontra o saco embrionário.
No momento da fecundação, os dois gametas masculinos atuarão (dupla fecundação). Um une-se à oosfera, produzindo o embrião, e o outro une-se aos dois núcleos polares, formando o endosperma, uma estrutura triploide. Esse endosperma fornecerá nutrientes ao embrião durante o desenvolvimento.
Leia também: Dupla fecundação
O embrião desenvolve-se e os tegumentos do óvulo originam os envoltórios da semente. O ovário da flor, então, desenvolve-se em fruto. Caso a semente encontre um local adequado para a sua germinação, ela originará um novo indivíduo (esporófito).
→ Flor
A flor é uma estrutura extremamente importante para as angiospermas, sendo essa estrutura um ramo muito modificado que cresce por tempo limitado. Uma flor apresenta partes estéreis e partes reprodutivas, as quais emergem no receptáculo (região dilatada).
Observe atentamente as partes da flor.
Os apêndices estéreis são as pétalas e as sépalas. Geralmente, as sépalas apresentam a cor verde, e as pétalas apresentam cores variadas, comumente vistosas. O conjunto de sépalas de uma flor, formam um cálice, enquanto o conjunto de pétalas forma a corola. Sépalas e pétalas, juntas, formam o perianto.
Temos ainda as partes reprodutivas: estames e carpelos. Os estames são a porção da planta onde são produzidos o pólen. O estame é formado pelo filete e pela antera, sendo, esse último, o local onde o pólen é produzido. O conjunto de estames forma o androceu.
O carpelo é a parte da flor onde estão os óvulos. Cada carpelo apresenta três partes básicas: o estigma, o estilete e o ovário. O estigma é o local onde o grão de pólen é depositado, o estilete é a porção por onde o tubo polínico cresce, e o ovário é o local onde estão os óvulos. O conjunto de carpelos forma o gineceu.
→ Fruto
O limão é um fruto do limoeiro.
Os frutos são formados a partir do desenvolvimento do ovário após o processo de fecundação. Em alguns casos, outros tecidos, além do ovário, desenvolvem-se e formam partes carnosas. Nesse último caso, temos um fruto acessório, anteriormente chamado de pseudofruto.
No fruto, é possível observar três importantes camadas, o exocarpo, o mesocarpo e o endocarpo. O exocarpo é a camada mais externa; o mesocarpo, a camada intermediária; e o endocarpo, a mais interna.
De uma maneira geral, os frutos podem ser classificados em simples, agregados e múltiplos. Os frutos simples são aqueles que se desenvolvem a partir de um único carpelo ou vários carpelos que estão unidos. Como exemplo, podemos citar o abacate.
Os chamados de frutos agregados são aqueles formados a partir de uma flor que possui carpelos separados. Como exemplo, podemos citar a framboesa. Os frutos múltiplos, por sua vez, são aqueles que se formam a partir de uma inflorescência. Como exemplo, podemos citar o abacaxi.
→ Classificação das angiospermas
A classificação das angiospermas está em constante mudança, uma vez que, conforme a tecnologia desenvolve-se fica mais fácil compreender as relações de parentesco entre as espécies. Atualmente, costuma-se classificar as angiospermas em monocotiledôneas, eudicotiledôneas, magnolídeas e um grupo com plantas denominado de “angiospermas basais”.
Os maiores grupos de angiospermas são as monocotiledôneas e as eudicotiledôneas. Esses dois grupos possuem algumas características que auxiliam na sua diferenciação. São elas:
CARACTERÍSTICAS |
MONOCOTILEDÔNEAS |
EUDICOTILEDÔNEAS |
Cotilédones |
Um |
Dois |
Venação foliar |
Geralmente paralela |
Geralmente reticulada |
Caule |
Feixes vasculares dispostos de forma dispersa |
Feixes vasculares dispostos em anel |
Raízes |
Fasciculada |
Pivotante |
Grão de pólen |
Com uma única abertura |
Com três aberturas |
Flores |
Órgãos florais geralmente em múltiplos de três |
Órgãos florais geralmente em múltiplos de quatro ou cinco |
Crescimento secundário verdadeiro |
Raro |
Comumente presente |
→ Diferença entre angiospermas e gimnospermas
A araucária é um exemplo de gimnosperma.
A principal diferença entre gimnospermas e angiospermas é o fato de que nas gimnospermas ocorre a produção de sementes, porém elas são sementes nuas, ou seja, sem fruto envolvendo essa estrutura. Além da ausência de frutos, nas gimnospermas também não se observa a presença de flores. São exemplos de gimnospermas as araucárias e os pinheiros.
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→ Curiosidades
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Estima-se que aproximadamente 90% de todas as espécies de plantas sejam angiospermas.
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Acredita-se que as angiospermas tenham surgido há cerca de 140 milhões de anos, no período Cretáceo.
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Grãos de pólen já foram identificados em rochas do Jurássico, porém nenhum característico de angiospermas.
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Mais de dois terços de angiospermas são eudicotiledôneas.
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Existem aproximadamente 170 mil espécies de eudicotiledôneas.
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Existem cerca de 70 mil espécies de monocotiledôneas.
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Cerca de 8 mil espécies são classificadas como magnolídeas.
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Cerca de 100 espécies estão no grupo das angiospermas basais.
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Algumas angiospermas são parasitas e apresentam estruturas que garantem a penetração no tecido dos hospedeiros.
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Existem mais de 3000 angiospermas parasitas.
Por Ma. Vanessa dos Santos