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Sigmund Freud

Famosa personalidade do século XX, médico neurologista é mundialmente conhecido como pai da psicanálise.

Sigmund Freud
Freud é considerado o fundador da psicanálise. [1]
Crédito da Imagem: shutterstock
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Um dos nomes mais influentes e polêmicos do século XX, Sigmund Freud foi um médico neurologista que morou em Viena, capital da Áustria, por quase todos os seus 83 anos de vida.

O doutor realizou diversas contribuições para as áreas de medicina, psicologia, literatura, filosofia, política, entre outras. No entanto, seu principal feito, enquanto profissional da área de saúde e especialmente da mente humana, é ter criado uma importante teoria, a psicanálise ou teoria freudiana.

Desde a criação desse estudo, o procedimento psicoterápico é um dos mais usados em pacientes de todo o mundo.

Veja também: Carl Jung e a construção da psicologia analítica

Tópicos deste artigo

Vida de Sigmund Freud

Sigmund Schlomo Freud nasceu no dia 6 de maio de 1856, na cidade de Freiberg, na Morávia (hoje Tchéquia), a 160 km de Viena, capital da Áustria.

Os pais de Freud chamavam-se Jacob e Amália. Ele foi o primeiro dos oito filhos do casal. Seu pai era judeu e trabalhava como comerciante de lã. A família enfrentava dificuldades econômicas.

Quando o futuro pai da psicanálise tinha quatro anos, sua família mudou-se para Viena — à época berço de grandes produções nas áreas de cultura, arte, música, literatura e ciências.

Desde criança, os pais de Freud dedicavam-lhe tratamento especial em relação aos irmãos. Sua mãe chamava-o de “meu Sig de ouro”. Ele sempre foi muito estudioso, tirava notas altas e estudava línguas estrangeiras por conta própria.

Autodidata, quando tinha 12 anos Freud já lia obras de William Shakespeare. Na adolescência, ele começou a escrever um diário dos seus sonhos.

Entrou na Faculdade de Medicina da Universidade de Viena em 1873. Depois de formar-se, em 1881, queria trabalhar com pesquisa, mas, para juntar dinheiro para o seu casamento, escolheu atender em um consultório situado na capital (hoje, o Museu Freud de Viena).

Sigmund Freud com 29 anos de idade, em 1885
Sigmund Freud com 29 anos de idade,
em 1885. [2]

Aos 26 anos, Freud apaixonou-se por uma moça chamada Martha Bernays. Com dois meses de relacionamento, ficaram noivos. O médico casou-se com ela aos 30 anos e, juntos, tiveram seis filhos.

O médico austríaco era um homem reservado, tímido e discreto. Tinha fobia de viajar, era viciado em charutos e chegava a fumar de 20 a 25 desses por dia. Segundo ele, precisava fumar o charuto para manter-se criativo.

Em 1923, Freud foi diagnosticado com câncer na mandíbula e na boca. Passou por várias cirurgias para retirar tumores. Tirou também parte da sua mandíbula e passou a usar uma prótese. Nos 16 anos seguintes, continuou sofrendo com a doença.

Quando os nazistas chegaram à Áustria em 1938, Freud e sua família tiveram que fugir para Londres. No entanto, quatro das suas irmãs morreram, mais tarde, em campos de concentração. Na ocasião, alguns livros de Freud foram queimados.

Sigmund Freud morreu em 23 de setembro 1939, na sua casa, em Londres, onde hoje funciona o Museu Freud de Londres. Relatos apontam que ele faleceu depois que seu médico aplicou-lhe três doses de morfina.

Veja também: As reflexões de Freud sobre a guerra

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Obra de Sigmund Freud

Em 1885, antes de tornar-se famoso, Sigmund Freud ingressou como interno no Hospital Geral de Viena. Ele escolheu especializar-se em doenças nervosas (neurologia), por ser uma área pouco procurada e por questões práticas.

Enquanto estudante e profissional, Freud fez diversas pesquisas que contribuíram para áreas da medicina e da biologia, tais como fisiologia, anatomia, histologia, anestesia e pediatria.

Outras de suas contribuições foram investigações sobre temas como a natureza das afasias (distúrbios de linguagem), a paralisia cerebral na infância e as propriedades anestésicas da cocaína. Uma curiosidade é que, na época, ele chegou fazer uso constante dessa droga.

No início da carreira, Freud passou uma temporada em Paris para estudar com o neurologista francês Jean-Martin Charcot, que hipnotizava pacientes considerados histéricos diante do público.

Na ocasião, Freud passou a questionar-se sobre doenças que não estavam somente no corpo mas também na mente, mais especificamente em uma parte chamada segunda mente. Posteriormente, ele denominou essa parte de inconsciente.

  • Psicanálise

Em 1886, Freud abriu seu consultório em Viena para atender pacientes com distúrbios nervosos. Ele tentou usar a hipnose de forma terapêutica, mas acabou desenvolvendo outra técnica: tratar pessoas com a chamada talking cure (tratamento pela palavra), que se tornou a base de toda psicoterapia.

Após diversos estudos e aplicações sobre o referido tratamento, Freud desenvolveu a teoria da psicanálise, cujo objetivo era entender como funcionava a mente dos homens, em especial daqueles que tinham sofrimento mental.

Freud entendeu que as pessoas que não expressavam seus sentimentos tinham a mente doente, e que, ao aplicar técnicas da psicanálise, como a livre associação e a interpretação dos sonhos, por exemplo, os pacientes eram estimulados a externar seus pensamentos e memórias que causavam as neuroses.

Para que seus pacientes sentissem-se à vontade, o médico pedia para que se deitassem em um sofá, conhecido hoje como o famoso divã de Freud.

Sigmund Freud e seu divã, representados no Museu Madame Tussauds de Londres. [3]
Sigmund Freud e seu divã, representados no Museu Madame Tussauds de Londres. [3]

Segundo pesquisas, a teoria freudiana explica ainda que o comportamento humano pode ser determinado por motivações inconscientes provindas de experiências da infância, especificamente relacionadas com o amor, a perda, a sexualidade e a morte, e de atitudes emocionais complexas por parte de familiares.

Estudos apontam também que Freud tinha uma visão esclarecida sobre a homossexualidade. Segundo ele, muitos indivíduos da história eram homossexuais e seria grande injustiça e crueldade persegui-los como se estivessem cometendo um crime.

Confira as obras mais famosas de Sigmund Freud:

  • Estudos sobre a histeria (1895)

  • A interpretação dos sonhos (1900)

  • A psicopatologia da vida cotidiana (1901)

  • Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905)

  • Piadas e sua relação com o inconsciente (1905)

  • Além do princípio do prazer (1920)

  • O mal-estar na civilização (1930)

  • Civilização e seus descontentes (1931)

Leia mais: Fase de latência — intervalo entre a organização sexual infantil e a adulta

Museus de Sigmund Freud

  • Museu Sigmund Freud de Viena

A casa onde viveu e trabalhou situa-se em Bergasse 19, em Viena. Hoje, o local é um museu aberto ao público. Nele os visitantes podem apreciar diversas fotos, objetos e móveis, também há uma biblioteca.

Como Freud inclusive atendia seus pacientes no imóvel, pode-se conferir nele a sala de espera e o consultório. Estima-se que o médico tenha tratado mais de 500 pacientes.

Explore o museu clicando aqui.

  • Museu Freud de Londres

No último ano de sua vida, Freud morou em uma casa situada no número 20 da Maresfield Gardens, em Hampstead, em Londres. Em 1986, o espaço tornou-se um museu dedicado ao antigo morador.

Na casa, os visitantes podem verificar o famoso divã usado por seus pacientes. No local, há vários de seus pertences, entre os quais está sua enorme coleção de civilizações antigas, com mais de duas mil peças.

Depois que Freud morreu, sua filha Anna continuou a morar na casa, por 44 anos, trabalhando como psicanalista, especialmente com crianças.

Conheça o museu clicando aqui.

Créditos das imagens

[1] Domínio Público / Wikimedia Commons

[2] Sigmund Freud, c. 1885. © Freud Museum London

[3] Massimo Todaro / Shutterstock.com

Escritor do artigo
Escrito por: Silvia Tancredi Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

TANCREDI, Silvia. "Sigmund Freud"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biografia/sigmund-freud.htm. Acesso em 21 de novembro de 2024.

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