PUBLICIDADE
Pablo Emílio Escobar Gaviria, popularmente chamado de Pablo Escobar (Rio Negro, 1949 - Medellín, 1993), foi o narcotraficante mais famoso e rico do narcotráfico mundial. Nascido na Colômbia, Escobar comandava o tráfico de cocaína para diversos países e ordenou milhares de mortes. Ele ficou conhecido como “El patrón” por comandar o chamado “Cartel de Medellín”, organização criminosa mantida pelo dinheiro do tráfico de drogas.
Tópicos deste artigo
- 1 - Infância e adolescência
- 2 - Ingresso no crime
- 3 - El Patrón
- 4 - Prisão
- 5 - Morte
- 6 - Filmes e séries
- 7 - Família
Infância e adolescência
Pablo Escobar teve uma infância pobre na cidade de Rio Negro, na Colômbia. Filho de um agricultor e uma professora de escola primária, o colombiano foi uma criança que passou por dificuldades financeiras.
Já no início da fase adulta, Escobar entrou no curso de Ciências Políticas. No entanto, Pablo e sua família não conseguiram pagar as mensalidades da faculdade e, por isso, ele teve que abandonar a universidade.
Ingresso no crime
Pablo largou a faculdade, mas sua ambição não foi deixada de lado. O jovem Escobar encontrou no mundo do crime a possibilidade de ganhar dinheiro e conquistar o poder. Seu primeiro delito foi o comércio de cigarros contrabandeados e de bilhetes de loteria falsificados. Há boatos de que Escobar tenha ingressado na criminalidade roubando e vendendo lápides de cemitérios.
Escobar colecionava diferentes tipos de crime já no início de sua vida adulta. Pablo furtava carros nas ruas de Medellín e, em 1974, chegou a ser preso ao dirigir um automóvel furtado. Nessa mesma década, ele dividiu sua rotina entre roubos e o trabalho de guarda-costas.
Foi na década de 1970 que Pablo ganhou sua primeira grande quantia de dinheiro no crime. Ele sequestrou um político colombiano e recebeu 100 mil dólares pela libertação.
Ainda na década de 1970, Escobar encontrou na cocaína uma forma de ganhar dinheiro. Aos 22 anos, ficou milionário com o narcotráfico e, posteriormente, iniciou um esquema de produção e distribuição da droga, o que se tornaria o Cartel de Medellín.
El Patrón
Pablo Escobar usava a intimidação e o suborno para conseguir o silêncio de jornalistas, políticos e membros da Justiça colombiana. Ele ficou conhecido pela frase “Plata o plomo” (“dinheiro ou chumbo”), forma como ele persuadia as pessoas. Quem não aceitava suas condições acabava torturado e morto pelo Cartel de Medellín.
Escobar tinha seu próprio exército, o qual era composto por militares que eram conhecidos como sicarios. A estimativa é de mais de 5 mil mortes sob suas ordens.
Pablo Escobar também financiou campanhas políticas, formando o grupo denominado Civismo em Marcha. Com o objetivo de ter mais poder sobre a população, El Patrón entrou para a política e foi eleito deputado suplente no ano de 1982.
Em 1989, o ranking da Revista Forbes contou com a presença de Pablo Escobar como o sétimo homem mais rico do mundo.
Em contrapartida, Pablo era conhecido pela sua figura populista. Escobar fazia obras em áreas periféricas de Medellín e dava dinheiro aos pobres como forma de coagir a população a não denunciá-lo. Muitos, inclusive, reforçavam a ideia de que ele tirava dinheiro dos ricos para distribuir aos pobres, sendo que esta renda provinha do crime organizado.
Prisão
Em 1989, Pablo Escobar foi ameaçado de extradição para o território norte-americano, juntamente a outros criminosos. Em resposta, o narcotraficante mandou o Cartel de Medellín bombardear cidades para que o Governo de Virgílio Basco, que foi presidente de 1986 a 1990, retirasse a ameaça.
Gerou-se uma onda de ataques que resultaram em diversas mortes, sendo 70 no atentado à sede Departamento Administrativo da Segurança Pública de Bogotá. Além disso, três candidatos à presidência também foram assassinados em 1990. Outros assassinatos foram resultado dos conflitos de Escobar contra o Cartel de Cali.
Ainda em 1989, Pablo Escobar teve informações de que o então candidato à presidência, César Gaviria, estaria em um voo. Planejando a morte do político, o narcotraficante mandou implantar uma bomba na aeronave. O atentado resultou na morte de 107 pessoas, mas Gaviria não estava no avião, acabando com o que foi planejado por Escobar.
Em 1991, foi aprovada a nova Constituição Federal, na qual foi proibida a extradição de colombianos. Com isso, Pablo Escobar entregou-se junto a outros membros do Cartel de Medellín, após negociação para que fosse para sua própria prisão, uma propriedade luxuosa que ganhou o nome de “La Catedral”, de onde continuava comandando o tráfico de cocaína. No entanto, ele fugiu em 1992.
Morte
A inteligência policial colombiana localizou o paradeiro de Pablo Escobar no dia 2 de dezembro de 1993. O narcotraficante tentou se esconder em um telhado de uma casa, mas foi morto a tiros. Seus comparsas também foram mortos na troca de tiros com os militares.
Pablo Escobar está enterrado em Medellín, na Colômbia. Seu túmulo tornou-se atração turística no local.
Túmulo de Pablo Escobar é ponto turístico de Medellín*
Filmes e séries
Figura que ganhou status pop, Pablo Escobar despertou a curiosidade em sua vida e também após a morte. Foi representado diversas vezes na dramaturgia.
Alguns documentários foram produzidos sobre Pablo Escobar, abordando diferentes aspectos da vida do narcotraficante. The King of Coke (2007); Pablo: Ángel o Demonio (2007) e Pablo Escobar, el terror de Colombia (2008) são alguns exemplos.
Pablo também foi interpretado por diferentes atores como Benício del Toro, em Escobar: Paraíso Perdido (2014), e Javier Bardem, em Amando Pablo (2017). No entanto, a figura do narcotraficante colombiano ficou mais conhecida entre as novas gerações com a série Narcos, estrelada pelo ator brasileiro Wagner Moura.
Família
Pablo Escobar casou-se com Maria Victoria Henao, em 1976, com quem teve dois filhos: Juan Pablo e Manuela Escobar.
O narcotraficante viveu com sua família em uma propriedade luxuosa chamada de Fazenda Nápoles. O terreno contava com uma fazenda, um zoológico e um povoado.
Após a morte de Escobar, a família mudou-se para a Argentina e trocou de nome para evitar perseguição.
* Crédito: mundosemfim / Shutterstock.com
Por Lorraine Vilela
Jornalista