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Ostra

Ostra é um nome utilizado para se referir a diferentes espécies de moluscos bivalves. Esses animais podem ser usados na alimentação, sendo muitas vezes ingeridos crus.

As ostras são moluscos muito apreciados na nossa alimentação.
As ostras são moluscos muito apreciados na nossa alimentação.
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Ostra é um nome utilizado para se referir a diferentes espécies de moluscos que se destacam pela presença de uma concha dividida em duas valvas, fazendo parte, portanto, do grupo dos moluscos bivalves. Nesse grupo, além das ostras, estão os mexilhões, mariscos, berbigões, vieiras, e lambretas.

Muito utilizadas na alimentação, as ostras são comumente ingeridas cruas. Seu consumo pode ser prejudicial em algumas situações, uma vez que esses animais podem reter em seus corpos micro-organismos causadores de doenças e compostos químicos prejudiciais, caso se desenvolvam em águas contaminadas.

Leia também: Classificação dos moluscos — animais que possuem sete classes distintas

Tópicos deste artigo

Resumo sobre a ostra

  • Ostras são moluscos do grupo dos bivalves que se destacam por apresentarem uma concha dividida em duas valvas.

  • Se alimentam por meio de filtração.

  • São cultivadas em larga escala para consumo humano.

  • Algumas ostras são responsáveis por formar pérolas, materiais de grande valor econômico.

O que são ostras?

Ostras são moluscos do grupo dos bivalves, ou seja, que apresentam concha dividida em duas valvas. As valvas das ostras são unidas por um ligamento, e a abertura das valvas é controlada pelo músculo adutor, que é muito forte. As conchas são formadas basicamente por carbonato de cálcio.

Apesar da aparência, as ostras são animais complexos que possuem vários órgãos. Apresentam sistema digestório completo e respiram por meio de brânquias. Vale destacar que as brânquias são estruturas usadas para a respiração e também para a captura de alimentos.

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As ostras alimentam-se por meio de filtração. Filamentos presentes nas brânquias permitem a captura de partículas de alimento presentes na água. Essas partículas são então levadas até a boca, sendo as partículas maiores eliminadas. Antes da boca, estão presentes os palpos labiais, que atuam selecionando o alimento.

Outra parte importante das ostras é o manto, o qual recobre todas as suas partes moles, com exceção do músculo adutor, sendo o seu órgão mais externo. O manto é responsável por secretar o material usado para a construção das valvas e garantir seu crescimento. É também o manto o responsável por formar as pérolas.

Algumas ostras possuem sexo separados, enquanto outras são hermafroditas. Há ainda espécies que podem mudar de sexo, apresentando uma fase masculina ou feminina ativa a cada ano. As ostras são animais que possuem desenvolvimento indireto, sendo observada a formação de diferentes estágios larvais antes da maturação em indivíduo adulto.

  • Videoaula sobre moluscos

Alimentação das ostras

Como destacando anteriormente, as ostras são organismos que se alimentam por meio de filtração. A água entra em seu corpo quando as valvas se abrem e passa pelas brânquias, as quais filtram aquilo que será consumido. Fazem parte de sua dieta o fitoplâncton, micro-organismos como bactérias e fungos e pequenos pedaços de animais e vegetais em decomposição.

Importância econômica das ostras

As ostras são animais que apresentam grande importância econômica, sendo, por exemplo, utilizadas na alimentação humana. Esse molusco é muito apreciado na culinária, muitas vezes ingerido cru.

Além da alimentação, as ostras também são importantes para joalherias de todo o mundo. Nesse caso, estamos falando das ostras perlíferas, ou seja, as espécies capazes de formar pérolas, um material de grande importância econômica que é admirado desde o tempo das antigas civilizações.

  • Como as pérolas são formadas?

Pérola sendo retirada de ostra
As ostras produzem o que conhecemos como pérolas.

As pérolas são produzidas nas chamadas ostras perlíferas em resposta a alguma irritação provocada por agentes externos que entram na concha — um grão de areia, por exemplo. Como resposta a essa irritação, a ostra começa a produzir nácar, ou madrepérola, ao redor do corpo estranho, formando o que conhecemos como pérola.

Essas concreções calcárias podem ser encontradas em ostras que estão no ambiente natural, porém também podem ser cultivadas. A fim de garantir a produção de pérolas, os seres humanos introduzem nas ostras perlíferas elementos específicos. As ostras iniciam, então, a deposição do nácar, dando origem a uma pérola obtida de maneira cultivada. As principais regiões que cultivam pérolas são Japão, Austrália e Polinésia Francesa.

Leia também: Polvos — moluscos cefalópodes que chamam a atenção pela sua impressionante inteligência

As ostras podem fazer mal para a saúde?

Infelizmente, o consumo de ostras pode, sim, fazer mal à saúde. Quando consumimos o alimento cru, estamos sujeitos, por exemplo, ao desenvolvimento de infecções por vírus e bactérias e contaminação por pesticidas ou metais pesados.

O problema está relacionado ao local onde as ostras são cultivadas. Caso as águas estejam contaminadas, as ostras também podem estar. Vale salientar que as ostras conseguem acumular toxinas em seu corpo, sendo assim, uma ostra pode armazenar uma grande quantidade de substâncias tóxicas em seu corpo com o passar do tempo. Uma das soluções para minimizar esse problema é priorizar o consumo de ostras cozidas, uma medida que evita a contaminação por alguns vírus e bactérias (mas não elimina, por exemplo, metais pesados).

 

Por Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

Escritor do artigo
Escrito por: Vanessa Sardinha dos Santos Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2008) e mestrado em Biodiversidade Vegetal pela Universidade Federal de Goiás (2013). Atua como professora de Ciências e Biologia da Educação Básica desde 2008.

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Ostra"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/animais/ostra.htm. Acesso em 28 de março de 2024.

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