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Constituição Química e Efeitos da Morfina

A morfina é um alcaloide (amina cíclica com anel heterocíclico contendo nitrogênio) extraído da flor da papoula e usado como medicamento para aliviar dores intensas.

Na cápsula da flor de papoula existe uma seiva da qual se extrai a morfina
Na cápsula da flor de papoula existe uma seiva da qual se extrai a morfina
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A fórmula estrutural da morfina, que está representada logo abaixo, nos mostra que ela é um composto orgânico do grupo dos alcaloides. Esse é um subgrupo das aminas caracterizado pela presença de um anel heterocíclico contendo nitrogênio (em azul na imagem abaixo).   

Fórmula estrutural da morfina

Os alcaloides são compostos encontrados em folhas, raízes ou cascas, portanto, a morfina também é de origem vegetal. A sua descoberta se deu graças ao estudo do ópio, que é extraído de uma das plantas mais antigas empregadas pelo homem, a flor da papoula (Papaver somniferum).

Flor da papoula e cápsulas das quais se extraem a morfina

O ópio e substâncias de caráter básico, como a morfina, são extraídos de uma seiva que escorre quando essa flor é cortada. O ópio é conhecido desde a época dos sumérios há 4000 anos a.C., sendo usado principalmente como analgésico.

Em 1804, Armand Séquin conseguiu isolar o principal componente do ópio, que recebeu o nome de morfina (nome derivado do deus grego do sono, Morpheu), pois ela podia ser usada como medicamento para induzir o sono.  No entanto, o seu uso principal passou a ser para aliviar dores intensas. Em 1853, a morfina já era o mais poderoso e potente analgésico do mundo.

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A partir da morfina, identificaram-se potentes analgésicos centrais representados pela classe das 4-fenilpiperidinas, que podem ser usados com maior segurança, uma vez que os alcaloides, em geral, agem profundamente em nosso organismo, causando dependência física e psíquica. Por isso, o uso inadequado da morfina pode fazer com que a pessoa se torne dependente, levando-a até mesmo à morte.  

Desse modo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o uso desse medicamento somente em casos específicos, como no alívio de dores de certos tumores centrais em pacientes com câncer terminal. Seu uso só é permitido com prescrição e acompanhamento médico.

Uso de morfina para aliviar dor de paciente com câncer terminal


Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química

Escritor do artigo
Escrito por: Jennifer Rocha Vargas Fogaça Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

FOGAçA, Jennifer Rocha Vargas. "Constituição Química e Efeitos da Morfina"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/constituicao-quimica-efeitos-morfina.htm. Acesso em 16 de abril de 2024.

De estudante para estudante


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