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Início do uso:
O óxi ou oxidado é uma droga que inicialmente era produzida e consumida na Bolívia e no Peru. No ano de 2005, segundo registros, ela chegou ao Brasil, no estado do Acre, por meio de suas fronteiras. No entanto, há especulações de que ela é usada nesse Estado desde a década de 1980. Hoje essa droga já se espalhou por diversos estados brasileiros como Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Rondônia e São Paulo.
A primeira apreensão desta droga em São Paulo foi em março de 2011. Houve também apreensões e registros de usuários em Goiás, Distrito Federal, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Piauí. Há também rumores de que o óxi esteja em circulação no Mato Grosso, Maranhão e Paraná, no entanto, não há registros oficiais.
Composição:
O óxi é inicialmente feito a partir da pasta base das folhas da cocaína, que normalmente são conseguidas nos países andinos (Bolívia, Peru, Colômbia e Equador). Esta pasta base é misturada com combustíveis tóxicos e corrosivos, como querosene, ácido sulfúrico (água de bateria de carros) e gasolina; também com cal virgem e até cimento.
O crack também utiliza a pasta base da folha da coca, no entanto, ela é queimada e triturada com bicarbonato de sódio e amoníaco ou éter, que também são nocivos à saúde, mas que são mais caros e menos tóxicos, letais e danosos ao organismo que os componentes do óxi citados anteriormente. Esta preparação mais bruta e mais barata da cocaína é que a torna bem mais devastadora que o crack.
Sintomas:
A sensação de euforia causada por esta droga é bastante passageira, durando cerca de 10 minutos apenas. O que faz o usuário usá-la ainda mais e ter efeitos nocivos ao organismo mais rapidamente. Ela chega ao cérebro entre 7 a 9 segundos e causa, além da euforia, depressão, paranoia e medo, pois o metabolismo da pessoa é acelerado.
Efeitos Nocivos:
Por conter componentes tão tóxicos, como o ácido sulfúrico, esta droga queima tudo por onde passa, incluindo boca, garganta, brônquio, pulmões e sistema cardiorrespiratório; por isso há dificuldades na respiração, fibroses e endurecimento do pulmão.
O querosene queimado ao se fumar o óxi provoca náuseas, vômitos, tosse, sensação de sufocamento, tremores e até convulsões. Os vapores de cal usados na composição do óxi causam irritação aos olhos, perda parcial da visão e, por fim, cegueira.
Outro efeito bastante grave, que os médicos afirmam que ocorre, é a perda da consciência, o que ocasiona uma parada cardíaca e o coma.
Esta droga é tão nociva que segundo estudos feitos no Acre, 30% dos usuários morreram após um ano de uso, em razão de seus efeitos. No estado do Piauí foram confirmadas 18 mortes só neste ano por conta do uso do óxi. Entretanto, muitos usuários padecem de outras doenças como AIDS, tuberculose e assim por diante; nestes casos, os malefícios e o índice de morte são piores.
Além disso, muitos utilizam de álcool intercalado com esta droga para evitar os efeitos de sua abstinência; assim, o fígado é atacado, a pessoa fica com aparência amarelada e é produzida no organismo uma substância chamada cocaetileno (produzida a partir da reação do álcool com a cocaína). Este composto pode provocar esteatose hepática (gordura no fígado), cirrose e é uma substância tóxica para o miocárdio, o que pode também provocar morte súbita.
Considerações Finais:
É hora de todos nós - professores, alunos, governantes e a sociedade em geral – tomarmos iniciativas de conscientização, prevenção e medidas médicas contra esta droga. Tudo começa por meio da informação e, em seguida, ação. Se não for tomada uma atitude essa droga representará o fim de muitas famílias e vidas.
Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química
Equipe Brasil Escola