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A febre é uma situação temida por muitas pessoas, entretanto, essa condição não se trata de uma doença, e sim de um sintoma de que nosso organismo não está bem. Geralmente a febre está associada a quadros infecciosos e inflamatórios, e há pesquisadores que, inclusive, acreditam que a febre possui um efeito benéfico no organismo, no combate a agentes causadores de doença.
Entretanto, apesar de existir um possível benefício imunológico, a febre normalmente causa desconforto no paciente. Dentre as alterações que ela provoca, destacam-se falta de apetite, irritabilidade, sensação de calor e indisposição.
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Tópicos deste artigo
→ Medicamento para febre
Para controlar a febre, os médicos recomendam, normalmente, o uso de antitérmicos, como dipirona, ibuprofeno e paracetamol. Esses são usados geralmente para reduzir a temperatura e, consequentemente, as manifestações desagradáveis que a febre pode gerar.
Vale destacar que esses medicamentos não combatem o agente causador da doença, portanto, é fundamental tratar o que está causando a febre, para que esse sintoma não retorne.
A pessoa com febre pode sentir-se indisposta e apresentar falta de apetite.
O uso de medicamentos para a febre é um tema muito controverso, e há muito debate a respeito de quando esse sintoma deve ser tratado. É importante destacar que o uso de antitérmicos não deve ser feito de maneira descontrolada.
Na adaptação autorizada do artigo “Uso de antitérmicos: quando e como”, de Danilo Blank, destaca-se, por exemplo, que as drogas antipiréticas não devem ser utilizadas para reduzir temperatura das crianças que estão sentindo-se bem e que o uso desses medicamentos deve ser reservado para aquelas que estão sentindo desconforto.
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No artigo “Febre: mitos que determinam condutas”, de Lenita Wannmacher e Maria Beatriz Cardoso Ferreira, as autoras relatam também que evidências atuais sugerem que a febre é uma manifestação de defesa do organismo e não deve prontamente atacar quando há ausência de comprometimento do estado geral do paciente. Elas alertam ainda que o uso de medicamentos antitérmicos não previne as convulsões, condição tão temida por muitos pais, pois essas podem acontecer mesmo com temperaturas baixas.
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→ Banho abaixa a febre?
Muitas pessoas perguntam-se se medidas caseiras podem ser utilizadas para o controle da febre. A resposta é sim, porém muitos autores discutem a eficácia desses métodos, que geralmente apresentam efeito de curta duração.
Dentre os métodos físicos para resfriamento do corpo, podemos citar: remoção de roupas, banho com água morna, esponjas mornas e arejamento do corpo.
Alguns métodos físicos podem ajudar na redução da temperatura do corpo.
O banho está entre os métodos mais utilizados, podendo ajudar na redução da temperatura do corpo, por exemplo, enquanto os medicamentos não fazem efeito no organismo. Geralmente os banhos são responsáveis por reduzir a temperatura entre 0,2 °C e 0,4 °C. Essa é uma medida física de resfriamento do corpo que ajuda principalmente a aliviar o mal estar causado pela febre.
Vale salientar, no entanto, que o banho deve ser sempre morno e nunca frio. A utilização de água fria leva à constrição vascular periférica, e isso leva a um aumento da conservação de calor do corpo. Além disso, a pessoa pode ainda começar a tremer de frio em decorrência desse processo, gerando ainda mais desconforto.
Atenção: O uso de álcool para abaixar a febre é completamente contraindicado e pode causar intoxicação. |
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Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos