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Quando a dor de cabeça chega, logo procuramos um remédio para aliviar o mal-estar, não é mesmo? Pode parecer um gesto simples e sem grandes problemas, mas a automedicação pode desencadear consequências graves para saúde e, portanto, deve ser evitada.
→ O que é a automedicação?
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a automedicação é “a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, para tratamento de doenças cujos sintomas são percebidos pelo usuário, sem a avaliação prévia de um profissional de saúde (médico ou odontólogo).” A automedicação diz respeito, portanto, ao uso de medicamentos sem prescrição de um profissional habilitado.
→ Consequências da automedicação
O uso de medicamentos sem prescrição médica pode causar diversos problemas, sendo um deles a intoxicação. De acordo com a Anvisa, os medicamentos que mais causam intoxicação são os analgésicos, antitérmicos e anti-inflamatórios.
A falta de conhecimento a respeito de um medicamento pode também levar ao uso de substâncias que causam alergia. Algumas reações alérgicas podem ser graves e desencadear até mesmo a morte.
Além desse problema, o uso de medicamentos por conta própria pode causar uma melhora falsa nos sintomas. Apesar de aliviar os problemas imediatos, o medicamento pode apenas mascarar a doença, causando um agravamento no caso e dificultando um diagnóstico por parte dos profissionais da área.
A combinação de medicamentos também é um grave problema. Muitas pessoas não sabem que um remédio pode anular o efeito de outro e acabam fazendo combinações inadequadas que podem ocasionar problemas cada vez maiores.
Apesar de todos os problemas citados, o maior deles está, sem dúvidas, relacionado com o uso de antibióticos. Esses medicamentos, utilizados para controlar infecções bacterianas, devem ser usados de maneira bastante cautelosa. O período de uso, por exemplo, deve ser obedecido mesmo que os sintomas da infecção tenham acabado. O uso incorreto e indiscriminado pode resultar no desenvolvimento de cepas bacterianas resistentes a antibióticos, contribuindo para que as infecções se tornem cada vez mais difíceis de serem tratadas.
→ Medicamentos nas residências
Na maioria dos casos, as pessoas conservam em suas casas vários medicamentos, como se fosse um pequena farmácia. O risco da permanência de medicamentos em casa está no fato de que pode ocorrer ingestão acidental por crianças, além de o armazenamento poder diminuir a eficiência do produto.
O armazenamento inadequado, como a exposição a temperaturas altas ou à umidade, pode fazer com que o medicamento perca completamente sua eficácia ou cause outros efeitos em razão da alteração de suas propriedades. Além disso, muitas pessoas armazenam remédios por um período de tempo superior ao prazo de validade e acabam fazendo uso de medicamentos vencidos.
Por Ma. Vanessa dos Santos