Notificações
Você não tem notificações no momento.
Novo canal do Brasil Escola no
WhatsApp!
Siga agora!
Whatsapp icon Whatsapp
Copy icon

Consequências da Galvanoplastia para o Meio Ambiente

A galvanoplastia e a galvanização são processos que utilizam substâncias tóxicas, como o cianeto, e geram íons metálicos tóxicos, como os cátions níquel e cobre.

Para evitar o enferrujamento de peças metálicas, como essa lata, usa-se a galvanoplastia, mas esse processo pode acabar prejudicando o meio ambiente
Para evitar o enferrujamento de peças metálicas, como essa lata, usa-se a galvanoplastia, mas esse processo pode acabar prejudicando o meio ambiente
Imprimir
Texto:
A+
A-
Ouça o texto abaixo!

PUBLICIDADE

Conforme explicado no texto Proteção Contra a Corrosão do Ferro, alguns dos métodos mais utilizados para proteger o ferro e o aço, e assim diminuir os enormes prejuízos causados pela enferrujamento é a galvanoplastia e a galvanização.

A galvanoplastia é um processo em que a peça metálica que se quer proteger é revestida por um metal mais nobre, que funciona como um metal de sacrifício, isto é, esse metal possuirá um potencial de oxidação maior que o ferro e, dessa forma, irá oxidar em seu lugar.

Os metais de sacrifício usados podem ser o ouro, a prata, o níquel, o cobre, entre outros. Se o metal usado for o zinco, o processo denomina-se galvanização.

Esses processos podem ser bastante prejudiciais para o meio ambiente, pois além de se usar uma quantidade muito grande de água, eles geram também resíduos tóxicos.

Por exemplo, na eletrodeposição do zinco, do ouro e da prata, usa-se o cianeto, que é extremamente tóxico.

Os efluentes desse processo também geram íons metálicos tóxicos como os cátions níquel (Ni2+) e cobre (Cu2+).

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Um metal pesado altamente tóxico, mesmo em pequenas quantidades, e que é encontrado nos resíduos da galvanoplastia é o cádmio. Ele é bioacumulativo, isto é, vai se acumulando progressivamente ao longo da cadeia alimentar e não é eliminado com o tempo. Ao contaminar o ser humano, o cádmio pode causar disfunção renal, problemas pulmonares, dores reumáticas e miálgicas, distúrbios metabólicos levando à osteoporose, além de ser agente cancerígeno, provocando mutações genéticas, como a mudança das funções do sistema genital.

Para diminuir os impactos ambientais dos efluentes da galvanoplastia, o cianeto é geralmente oxidado a cianato, que é menos tóxico e se hidrolisa, produzindo os íons amônio e bicarbonato, além de ser feita também a precipitação dos íons metálicos.

Esse procedimento produz um resíduo sólido numa quantidade muito alta e de descarte com custos elevados.   Por isso, na prática, a maioria das empresas estoca esse resíduo, pois há um grande déficit de aterros de classe I, que são para resíduos perigosos.


Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química

Escritor do artigo
Escrito por: Jennifer Rocha Vargas Fogaça Escritor oficial Brasil Escola

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:

FOGAçA, Jennifer Rocha Vargas. "Consequências da Galvanoplastia para o Meio Ambiente"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/consequencias-galvanoplastia-para-meio-ambiente.htm. Acesso em 02 de novembro de 2024.

De estudante para estudante