Sabemos que os termos essenciais de uma oração são o sujeito e o predicado. Entretanto, há orações que apresentam verbos impessoais, ou seja, que não se referem a uma pessoa do discurso e, por isso, não admitem sujeito.
Observe alguns exemplos de oração sem sujeito:
Os verbos grifados de cor vermelha são exemplos de verbos impessoais, já que não têm sua flexão de número-pessoa determinada por um termo específico da oração. Observe que a mensagem centra-se na ação verbal, a qual não é atribuída a nenhum ser (sujeito).
Tópicos deste artigo
Observe alguns casos mais comuns de orações sem sujeito da Língua Portuguesa:
1) Verbos que indicam fenômenos da natureza (verbos intransitivos): chover, relampear, nevar, trovejar, amanhecer, anoitecer, entre outros.
Exemplos:
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Chove muito no Nordeste nesta época do ano.
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Aqui anoitece sempre às 18h.
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Nevou bastante nessa madrugada.
2) Verbos ser, estar, fazer, haver quando estão relacionados com fenômenos da natureza ou com expressões temporais.
Exemplos:
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É cedo ainda ou tarde demais?
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Faz seis meses que não encontro com ele.
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Está anoitecendo.
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Há dois anos não chove nessa região.
Concordância verbal nas orações sem sujeito
Como você pôde observar, os verbos impessoais permitem a existência de orações sem sujeito. Entretanto, é preciso que tenhamos bastante atenção para realizar o processo de concordância verbal, o qual é necessário de acordo com a Gramática da Língua Portuguesa. Veja a concordância do verbo haver quando este tem o sentido de “existir”:
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Há pessoas que nunca aprendem a lição.
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Havia 120 pessoas conformadas para o evento.
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A polícia disse que houve muitos casos semelhantes nesta semana.
Note que, como não há sujeito nas orações, o verbo impessoal “haver” deve permanecer na terceira pessoa do singular.
Dica:
Lembre-se de que, diferentemente do verbo “haver”, o verbo “existir” é pessoal. Isso significa que, ao utilizá-lo, devemos realizar a concordância com o sujeito a que se refere. Observe o exemplo:
Por Ma. Luciana Kuchenbecker Araújo